A Produção Individual
Por: Jose.Nascimento • 24/5/2018 • 3.349 Palavras (14 Páginas) • 291 Visualizações
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Deste modo, o modelo DCA, “apesar de proporcionar uma plataforma para entender o trabalho de praticamente todos os sistemas de informações contábeis, estes não são utilizados pela maioria dos sistemas computadorizados” (FISHER, 2009, p. 34). Isso resulta “da incompatibilidade entre as partidas dobradas e o processamento de dados em si” (MATHEWS, 2007, p.133). E além, do fato desse modelo não ser baseado em uma estrutura de banco de dados, mas em uma forma de registro em livros, muito engenhosa por sinal, criada para auxiliar os contadores e que, com o advento da informática, não foi aperfeiçoada em sua forma, apenas evoluiu na automação do processo.
O modelo REA (Economic Resources, Economic Events e Economic Agents), “parte do princípio de que cada evento econômico dentro da entidade é realizado por agentes econômicos internos e externos em relação à entidade e gera consigo modificações nos recursos econômicos” (MORAES; NAGANO, 2011, p. 10).
Deste modo, o modelo REA pode ser vislumbrado como uma forma de se eliminar os problemas do modelo tradicional, que se limita apenas à mensuração monetária, sem poder contar com informações multidimensionais, muitas vezes classificada de maneira inapropriada, armazenando informações demasiadamente agregadas e sem integração com as outras áreas da empresa (MCCARTHY, 2002).
Em outras palavras, pode-se afirmar que o modelo em análise tem os requisitos necessários para que possa ser considerado mais expressivo, sobretudo, porque utiliza os fenômenos reais do mundo dos negócios ao invés de sua interpretação sob a forma de partidas dobradas. E além, este modelo analisa o evento como um todo, assim como sua relação com os recursos e agentes econômicos, corroborando o fato de que o modelo REA possui um maior detalhamento da informação.
Sobretudo, quando se considerada o fato de que a contabilidade tem como objetivo principal a geração de informações de natureza econômica, financeira, física e de produtividade acerca do patrimônio das entidades, bem como suas mutações a fim de auxiliar os usuários nas tomadas de decisões. É por isso que Iudícibus (2004, p. 32) leciona que “o objetivo principal da Contabilidade é fornecer informação econômica, física, de produtividade e social relevante para que cada usuário possa tomar suas decisões e realizar seus julgamentos com segurança”.
Neste sentido, o aspecto econômico está intimamente ligado ao processo de formação de resultado, ou seja, receitas e despesas, por exemplo, por sua vez o aspecto financeiro deve se referir aos fluxos de caixa, já o aspecto físico, às informações quantitativas ligadas à operações e, finalmente, o aspecto de produtividade deve compreender a utilização mista de conceitos financeiros e físicos, ou seja, de valores e quantitativos (CREPALDI, 2010).
Não se pode deixar de salientar que “a informação deve ser sistematizada para que possa atender plenamente aos usuários, através da construção de relatórios com enfoques diferentes para as diferentes necessidades de cada um” (IUDÚCIBUS, 2004).
Como frisado anteriormente, existe a necessidade de que as informações contábeis possuam qualidade e precisão, sobretudo, porque são imprescindíveis à tomada de decisões corretas. Acerca da qualidade das informações contábeis Martins (2013, p. 74) leciona que “a qualidade das informações contábeis está associada aos seguintes atributos: compreensibilidade, confiabilidade, relevância, tempestividade e comparabilidade”.
Logo, pode-se afirmar que os sistemas de informações contábeis demonstram-se extremamente relevantes sob o aspecto informacional dentro das entidades e também para profissionais como os contadores, por exemplo. Deste modo, apenas possuir dados não é mais tido como suficiente para suprir as necessidades mercadológicas, sendo imprescindível que o profissional saiba como transformar os dados contábeis, financeiros e não financeiros, em informação considerada relevante mais diversos tipos de usuário, sobretudo, em um mundo globalizado.
Em vista disto, a maneira com a qual o sistema de informações é desenvolvido passa a ser um fator determinante para a formatação da informação, especialmente, porque a modificação da informação é considerada mais complexa do que a simples realocação dos dados originais (MORAES; NAGANO, 2011).
Considerando a importância da informação contábil no mundo globalizado, não se pode deixar de fazer menção às teorias que buscam explicar a dinâmica econômica da sociedade. Neste contexto, são várias as teorias que surgem com o intuito de definir o modo como a sociedade, seus bens e valores são administrados. A importância de desvelar as principais características destas teorias se mostra imprescindível para a compreensão da natureza da própria sociedade, para tanto é importante conhecê-las, senão vejamos:
Ênfase
Teorias Administrativas
Enfoques
Tarefas
Teoria Científica
Racionalização do Trabalho no nível operacional
Estrutura
Teoria Clássica
Organização Formal;
Princípios gerais da Administração;
Funções do Administrador
Quadro 1: Teorias da Administração
Fonte: Chiavenato (2012, p. 393) adaptado.
Considerando o Quadro 1, percebe-se que cada uma das teorias têm abordagens diferentes, e consequentemente, a sociedade se vê influenciada pelos vieses que são criados por elas. Neste contexto, a teoria científica parte do pressuposto do trabalho coordenado e racionalizado, em que cada produtor tinha seus movimentos decompostos para que se pudesse compreender o todo. (FERNANDES, 2010).
Assim, a teoria científica preconiza que se um operário produzia menos, este iria influenciar aos demais operários a também produzir menos, diante disto, foi desenvolvido um sistema que consistia em pagar mais ao funcionário que produzisse mais, motivando-o individualmente a aumentar a produção em troca de pagamentos maiores e assim, aumentar o lucro da atividade econômica e, consequentemente, dispor à sociedade mais produtos para compra.
Neste sentido, a teoria científica visa alcançar
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