A IMPORTÂNCIA DOS TUTORES NOS CURSOS DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

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autores da modalidade Educação a Distância, ressaltando a evolução no contexto educacional no Brasil.

Visando alcançar ao objetivo proposto, este artigo está estruturado em quatro tópicos, esta primeira introdutória. No tópico 2 serão apresentados elementos que demonstrem a trajetória de evolução e características da Educação a Distância no Brasil, na tópico 3 dar-se-á ênfase à discussão sobre o papel e importância do tutor, finalmente o tópico 4 são realizadas as considerações finais.

2. Evolução e características da educação à distância no Brasil

A história da educação a distância no Brasil se deu a partir do século XX, sempre esteve voltada para a formação profissional, capacitando pessoas para o exercício profissional. Em 1930 é instaurado o Ministério da Educação e Saúde com o escopo de elaborar um novo plano para a educação, que pudesse auxiliar o novo modelo econômico do país. Segundo Freitag (2005):

De um fator secundário no contexto do modelo agroexportador brasileiro, a educação foi sendo crescentemente valorizada, na medida em que se passava do modelo de substituição das importações ao modelo de internacionalização do mercado interno, que comporta o funcionamento de um núcleo econômico altamente produtivo, baseada no know how e na tecnologia das modernas sociedades capitalistas. (Freitag.2005, p. 212)

As políticas públicas passaram a ver a Educação como um meio para alcançar uma parcela significativa de pessoas analfabetas sem permitir que houvesse grandes reflexões sobre as expressões da questão social, a educação passou a ter o papel de “preparar” o trabalhador para atividades de modernização administrativa.

Dentro deste contexto de formação profissional é que surgem alguns programas que marcaram a história, destacam-se na década de 30 a 40: a fundação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro Roquette-Pinto (1930); a Rádio-Escola Municipal Rio de Janeiro (1934); o Instituto Rádio Técnico Monitor, em São Paulo, instituição privada que ofertava cursos profissionalizantes (1939); a Universidade do Ar, da Rádio Nacional voltada para o professor leigo/ Instituto Universal Brasileiro (1941).

Em 1954 é criada com objetivo de treinar comerciantes e empregados em técnicas comerciais o Serviço Social do Comércio (SESC) e o Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAC) a Universidade do Ar. No ano de 1957 o Sistema Rádio Educativo Nacional (SIRENA) passa a produzir programas transmitidos por diversas emissoras. Com a iniciativa da Arquidiocese de Natal no Rio grande do Norte acontece o lançamento do sistema de radiodifusão, que inspira em 1958 a criação do Movimento Nacional de Educação Básica (MEB).

Na década de 1960 foi destaque: o Movimento Nacional de Educação de Base; a criação da Fundação Centro Brasileiro de Televisão Educativa na UFRJ/ Fundação Padre Landell de Moura - FEPLAM - RGS/ TV Universitária de Recife – Pernambuco (1967); a Fundação Maranhense de Televisão Educativa (1969).

No final da década de 70 e início dos anos 80, surgiu com uma proposta semelhante a do Projeto Minerva, os telecursos de 1º e 2º graus, com o apoio da Fundação Roberto Marinho (Rede Globo de TV) e convênio com a Fundação Padre Anchieta (TV Cultura de São Paulo).

Nos anos 80 é a Universidade de Brasília concebe os primeiros cursos de extensão à distância; Curso de Pós-Graduação Tutorial à distância. Na década de 90 a Fundação Roberto Marinho e SENAI criam o Telecurso 2000 e Telecurso Profissionalizante.

Ainda em 1992, com apoio do Governo Federal, foi lançada a TV Escola, com o objetivo de aperfeiçoar e atualizar os professores das redes públicas de ensino. Torres (2004,p.03) faz um resgate da história da Educação a Distância brasileira:

• 1904 – Mídia impressa e correio – ensino por correspondência privado

• 1923 – Rádio Educativo Comunitário

• 1965 – 1970 – Criação das TVs Educativas pelo poder público

• 1980 – Oferta de supletivos via telecursos (televisão e matérias impressos), por fundações sem fins lucrativos

• 1985 – Uso do computador “stand alone” ou rede local nas universidades

• 1985 -1998 – Uso de mídias de armazenamento (vídeo-aulas, disquetes, CD – ROM, etc.) como meios complementares

• 1989 – Criação da Rede Nacional de Pesquisa (uso do BBS, Bitnet, e e-mail)

• 1990 – Uso intensivo de teleconferência (cursos via satélite) em programas de capacitação a distância

• 1994 – Início da oferta de cursos superiores a distância por mídia impressa

• 1995 – Disseminação da Internet nas Instituições de Ensino Superior via RNP

• 1996 – Rede de videoconferência – Início de mestrado a distância, por universidade pública em parceria com empresa privada

• 1997 – Criação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem – Inicio da oferta de especialização a distância, via internet, em universidades públicas e particulares

• 1999 – 2001 – Criação de redes públicas, privadas e confessionais para a cooperação em tecnologias e metodologia para o das NTIC na EAD

• 1999 – 2002 – Credenciamento oficial de instituições universitárias para atuar em educação à distância.

A Educação à Distância no Brasil foi normatizada no ano de 1996 com a Lei 9394 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regulamentada pelo Decreto n.º 5.622, publicado no Diário Oficial daUnião de 20/12/05 (que revogou o Decreto n.º 2.494, de 10 de fevereiro de 1998, e o Decreto n.º 2.561, de 27 de abril de 1998), com normatização definida na Portaria Ministerial n.º 4.361, de 2004 (que revogou a Portaria Ministerial n.º 301, de 07 de abril de 1998).

No artigo 80 fica claro que os governos devem promover a educação a distância quando diz: O Poder Público incentivará o desenvolvimento e a veiculação de programas de ensino a distância, em todos os níveis e modalidades de ensino, e de educação continuada.

§ 1º. A educação a distância,