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A Formação Pedagógica

Por:   •  16/5/2018  •  2.502 Palavras (11 Páginas)  •  266 Visualizações

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A população da pesquisa compôs-se, por professores e alunos de 5ª a 8ª séries de duas escolas pertencentes ao município de Osasco, o resultado foi de um número total de 04 professores e 15 alunos pesquisados.

A entrevista foi estruturada para obter informações sobre dados dos professores, como tempo de serviço, formação, carga horária, e satisfação salarial, número de turmas, de alunos por turma, interesse dos alunos, metodologia das avaliações, materiais utilizados para as aulas práticas, também informações dos alunos, como a série e escola em que estudam, se concordam com as avaliações, as notas e os recursos utilizados em aula e, ainda quanto a integração dos conteúdos.

- O Professor e a sua Prática

A partir da entrevista realizada nas escolas, obtivemos as seguintes informações da professora de Matemática. Possuí dez anos de serviço. A 5 anos trabalha na escola cuja pesquisa foi realizada. É formada em Licenciatura em Matemática pela Universidade de Campinas – UNICAMP. Possui carga horária total de trinta horas semanais. A professora é efetiva. A hora/aula na escola é de 60 minutos, ou seja, uma hora/relógio.

Quanto a sua satisfação salarial a professora relatou que, em relação às outras profissões e aos salários dos professores no país, o seu salário está bom, mas, quanto ao tempo de formação (curso superior), e por trabalhar com crianças dos mais variados níveis intelectuais, emocionais, financeiros e por se tratar de seres humanos, onde nenhum é igual ao outro, o salário é insuficiente. Sua perspectiva para o futuro é de que essa situação tenha melhorias. Ela acredita que se houvesse um aumento nos salários os profissionais poderiam investir mais em cursos de qualificação

A aula de Matemática é preparada a partir de vários livros. Também, a professora utiliza jogos, filmes, e questiona os alunos durante suas aulas, a fim de provocá-los para que queiram conhecer e exercitar mais.

Assim, a professora vê que a maioria dos alunos, não gostam da disciplina, segundo ela. A professora utiliza como avaliação trabalhos feitos em aula e para fazer em casa, testes com diversos tipos de questões, todas já trabalhadas em aula.

A escola não adotou livro didático para a disciplina, no entanto a professora utiliza alguns que a mesma adquire por conta própria. A biblioteca da escola possui um acervo básico, mas não é muito procurada pelos alunos. Fica aberta durante o intervalo, pois essa se encontra em uma dependência separada, no pátio da escola.

A professora relatou que ao participar de congressos, sente-se "um peixe fora d’água", pois o assunto é interdisciplinaridade, novas propostas pedagógicas, e quando volta para sua escola vê que a realidade é outra, diferente do exposto nesses encontros, pois há vários problemas como falta de verbas para a escola, e interesse dos alunos que fazem com que esse trabalho não seja realizado.

Na concepção de Huberman (1995) a professora investigada estaria no quarto ciclo, a fase do colocar-se em questão, da crise na profissão, questionando-se quanto ao andamento de sua carreira.

Quanto aos alunos esses relataram-nos que gostam da disciplina de Matemática porque há um interesse por parte deles pelo conteúdo. Apenas um disse que não gosta porque não se interessa pela disciplina, estuda por que tem que passar de ano. Mas, quando questionados em relação à opinião do restante da turma, sobre o que falaram, disseram que não, pois a turma em geral não gosta da disciplina, por que não se sente atraída pelo conteúdo.

Sobre a professora os alunos responderam que ela é legal, porque explica bem o conteúdo, não briga, ajuda nas provas, e esclarece o que está sendo avaliado. Na sua explicação envolve o real com o conteúdo. Um aluno disse que a "professora deixa um pouco a desejar", em relação aos recursos utilizados em aula.

Questionados sobre a avaliação, todos disseram que concordam com os instrumentos que a professora utiliza, pois ela é flexível e propõe várias avaliações. A turma participa na decisão sobre qual avaliação será a melhor, e que além de testes e provas são realizados trabalhos em aula e em casa. A professora corrige e devolve, sem comentar em aula para o grande grupo o conteúdo dos trabalhos. Sobre a nota, disseram que ela avalia tudo, quem está ou não trabalhando, e procura ser justa na correção.

Os materiais utilizados pela professora, segundo os alunos são claros, ajudam no entendimento, são de acordo com o que está sendo estudado. Ela utiliza todos os recursos disponíveis na escola e trás alguns de casa.

Analisaremos a partir de então, a opinião das duas professoras de outra escola. A professora A (assim referida neste trabalho), trabalha a 10 anos, sendo 05 anos na mesma escola. É formada em Licenciatura em Matemática. Carga horária de 40 horas semanais. Nesta escola são 20 horas aula por semana frente aos alunos.

Em relação ao salário, a professora relatou-nos que no Brasil os docentes têm que trabalhar em mais de uma escola para poder viver com dignidade. Mas, afirma que os baixos salários não influenciam no seu trabalho e no seu convívio com as demais pessoas.

Quanto ao interesse dos alunos a professora percebe que esses interessam-se pela disciplina, sentem necessidade de aprender, e há aceitação dos trabalhos propostos pela mesma.

Para as aulas práticas são utilizados livros didáticos (a escola adotou livro para todos os alunos), vídeo, retroprojetor.

A professora comentou também sobre sua formação acadêmica, onde segundo ela, deixou a desejar. No que se refere à teoria relacionada com a prática, há uma necessidade de preparar melhor os futuros professores para o ingresso na vida profissional. Ocorrendo ainda na formação, com uma maior aproximação entre acadêmicos e escolas.

Ela disse que atinge os objetivos aos quais propõe-se, avaliando os alunos diariamente e dialogando com eles sobre suas propostas. Segundo a proposta de Huberman (1995), estaria inserida no terceiro ciclo, denominado fase da diversificação, onde o professor busca provocar mudanças representativas que se contraponham às imposições autoritárias do sistema ou da burocracia, mostrando-se mais dinâmicos, mais motivados às mudanças, mais comprometidos com os planos da escola e com o seu projeto político pedagógico.

Já a professora B, possui apenas 4 meses de serviço. É formada em Licenciatura em Matemática pelo Centro Universitário Franciscano. Trabalha pelo

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