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A EDUCAÇÃO DO CAMPO

Por:   •  2/8/2018  •  1.991 Palavras (8 Páginas)  •  288 Visualizações

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Inspirados em movimentos pedagógicos em processo no país e mais recentemente na Pedagogia do Movimento e no debate da Educação do Campo, percebe um o grande desafio de produzir a teoria pedagógica, compreendendo que dentro dela teremos a organização do trabalho pedagógico, da escola de modo geral e da sala de aula. Sabe-se que esse é um longo trajeto a ser percorrido e que envolve diferentes atores

O projeto político pedagógico da Escola do Campo pode pautar-se nesse referencial, ou seja, produzir a Escola do Campo, no vínculo permanente entre o campo e seu desenvolvimento, a educação e a forma escolar.

A Escola do Campo, portanto, precisa arrumar-se para trabalhar com o desenvolvimento humano, que exige da organização do trabalho pedagógico e do trabalho pedagógico propriamente dito, essa constituição.

É preciso priorizar o acompanhamento aos coletivos de educadores e educadoras da escola, coletivo dos ciclos e séries, coletivo de famílias, de núcleos, de comunidades e fundamentalmente aos coletivos de educação das comunidades, aos quais coloca-se o desafio de criar.

O processo pedagógico deve trazer não somente os educandos como também as famílias para a escola, para discutir propor e auxiliar na organização e construção da educação, pois deve haver uma parceria entre as duas, a escola deve ser o projeto de vida das famílias e suas práticas. Não se deve ter a visão de escola como instituição do governou da diretora e professores. Uma Escola do Campo precisa assumir o movimento do campo como sua pedagogia, e por isso precisa criar um currículo e um projeto político pedagógico que possibilite sair das suas paredes e mergulhar no mundo da vida dos trabalhadores do campo, que são as crianças, os adolescentes, jovens e adultos.

O currículo é uma ferramenta muito importante, pois é a estrutura da cultura. Se faz necessário que o aluno estude a sua realidade, que no caso do mesmo se dá como protagonista de movimentos sociais.

É necessário que o currículo na educação do campo traduza concepções culturas e valores que são produzidos em movimentos sociais indígenas, quilombolas, não somente incorporações ausentes no currículo. Os currículos devem ser uma síntese das concepções e práticas de educação dos conhecimentos,

Os conhecimentos sobre os processos de construção histórica deveriam ser destacados nos mesmo, pois o alunos tem o direito a conhecer a produção de sua própria história. Devem dar a consciência de que são sujeitos trabalhadores, como também buscar entender os processos formadores e valores culturais, todas as práticas educativas decorrentes do trabalho, nas ações coletivas, sociais, mostrar que podemos aprender fora das grades.

O currículo precisa se abrir aos processos de mudanças que acontecem nas lutas sociais e culturais dos trabalhadores. Se não ocorrer essa incorporação, a educação não ocorrera no cotidiano das escolas.

Deve ser a prioridade na construção dos currículos de formação docente e de educação, estar abertos a mudanças, inovação das grades, sair fora dos padrões tradicionais curriculares e de grades a respeito dos conhecimentos aprendidos nas escolas, pois há uma construção histórica, mudanças sociais ocorrem constantemente, então é preciso uma plasticidade tanto na construção do currículo como na formação dos professor. Não se deve ocorrer as práticas da velha e antiga educação rural, aonde não se mostre a realidade do povo do campo, ou uma escola capitalizada que resiste a consciência de mudança e o currículo seja só centralizado na alfabetização e letramento, é necessário uma escola do campo aonde os alunos precisam aprender sobre sua história, suas lutas, sua realidade. Os conhecimentos dessas histórias que os movimentos sociais revelam deverá ser incorporado nos currículos de formação de professores e trabalhadores.

Os movimentos sociais afirmam que os currículos tem a necessidade de serem densos em conhecimento, cultura e valores e não currículos pobres de conhecimento que apenas centralizem em conhecimentos e habilidades primarias da leitura e escrita, contas, noções de ciências é necessário que sejam fartos em conselhos moralizantes para que lutem pelos conhecimentos, à cultura, às artes, aos valores.

É preciso que vá muito além de um currículo padrão, deverá dar toda a centralidade à história do trabalho tanto no seu padrão classista, sexista, racista, explorador como nas lutas históricas do movimento operário e especificamente dos trabalhadores do campo por outras relações de trabalho. Lutar pela ocupação do “latifúndio do saber” é lutar pelo direito a conhecimentos sobre essa história do trabalho e especificamente do trabalho no campo

É necessário que mostre a história, tudo o que esteve atrelado a inexistência e fraqueza do sistema educacional, desde a apropriação das elites pela terra, da velha e precária educação rural, e a inexistência da esfera públicas para esses trabalhadores.

É preciso entender essas historiais. Só assim podemos ver o porquê da fraqueza e inexistência dessa educação e entender o processo de apropriação e expropriação da terra, da renda, do trabalho e das relações sociais políticas, o estado e até o sistema escolas a serviço dessas relações.

É necessário que o currículo garante o direito ao conhecimento, deve estar ligado a luta pelo direito das bases materiais do viver, território de apropriação do saber hegemônico, que os trabalhadores tem direito e que foi negado e apropriado pelas elites. O conhecimento tem sido apropriado, é para poucos, foi negado ao povo do campo.

Quando tratamos de educação desses grupos vistos como desiguais precisamos levar alguns aspectos em conta como em nossa história social, política cultural e até pedagógica.

Esses movimentos lutam pela educação que é direito de todo cidadão e dever do estado,

Os movimentos sociais procura desconstruir essa história, e daqueles que veem os mesmo como subsidiados por não serem escolarizados.

Para os currículos da educação do campo é necessário que aprendam as conquistas exercida nas lutas pelo direito. Currículos que os reconheçam cidadãos já e que incorporem essa história de formação política de sua cidadania.

Politizam a cultura para além de concepções, que os pensam submissos, passivos ou partilhando da cultura hegemônica

É preciso reconhecer e valorizar suas culturas, os movimentos sociais, as marcha,

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