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A religiosidade como propulsora da leitura e oralidade

Por:   •  20/4/2018  •  3.431 Palavras (14 Páginas)  •  344 Visualizações

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4-Formando leitores críticos.................................................12

5-Língua falada..........................................................................14

6-Considerações Finais............................................................15

7-Referências bibliográficas....................................................16

1-INTRODUÇÃO

Observamos em algumas reuniões da igreja local , que muitas pessoas não possuem um grau de instrução considerado adequado, no entanto desenvolveram habilidades dignas de grandes oradores , considerando que a religiosidade incentiva a leitura, e essa produz conhecimentos , o trabalho em questão é uma tentativa de entender a importância da leitura na vida dessas pessoas que foram privadas do ensino formal dentro de uma sala de aula.

Ao longo do trabalho refletiremos sobre a importância da leitura no mundo em que vivemos, caracterizado pela circulação social de um grande e diversificado volume de informações ,onde a capacidade de ler e interpretar textos em múltiplas linguagens é imprescindível.

Vivemos um tempo de comunicação rápida, e que exige dos indivíduos cada vez mais, o pleno domínio de diferentes linguagens. Entre as linguagens, sem dúvida, a linguagem verbal –a língua falada e escrita- ocupa posição de destaque no universo da comunicação. Partindo desse pressuposto podemos inferir então que o indivíduo que domina a arte da comunicação , provavelmente será aquele que terá uma maior ascensão social . A leitura é um instrumento valioso para a apropriação de conhecimentos do mundo que nos cerca e não apenas isso, mais que ela pode se constituir também em um poderoso instrumento para o autoconhecimento.

Mas, como podemos avaliar se esses leitores somente decodificam , ou entendem , relacionam aquilo que leem ou são apenas “analfabetos funcionais” ? Diferentemente de muitas leituras superficiais a leitura de um texto bíblico provoca o leitor a uma análise e interpretação, o leitor exercita sua liberdade porque o texto literário é estruturado de maneira lacunar, sendo marcado, simultaneamente, pela determinação de significados e pela abertura a pluralidade dos sentidos. Ele se oferece ao leitor como trabalho ou prática significante que exige o preenchimento dos “pontos de indeterminação” (Ingarden, 1965,p.269), “ dos espaços em branco ‘’, dos “interstícios” para que seu “mecanismo preguiçoso”(Eco, 1979, p.37) possa funcionar.

(...) as leituras são plurais, são elas que constroem de maneira diferente o sentido dos textos, mesmo se esses textos inscrevem no interior de si mesmos o sentido de que desejariam ver-se atribuídos. (Chartier e Bourdieu, apud Chartier, 1996, p.241)

1.1-SITUAÇÃO PROBLEMA

Moramos em uma cidade que ainda retém muitos dos costumes lusitanos e açorianos, a um observador mais atento não é difícil notar , em qualquer comunidade desse lugar , que a índole desse povo é o mar, isso é histórico, está evidente no espírito aventureiro de seus jovens , traços ibérico-açorianos que os tiraram precocemente das escolas , sem que atingissem uma proficiência em leitura .(BRENUVIDA ,Adilson, Aspectos históricos e culturais G.C.R ,2013)

1.2-ENSINO FORMAL

Aspectos históricos, socioeconômicos e culturais

A história da educação em Governador Celso Ramos começa em 1850, quando é nomeado o professor Inácio Francisco Brito para lecionar na chamada escola de primeiras letras na localidade da Caieira do Norte. Um ano depois, Inácio foi lecionar na comunidade de Ganchos. Ligada por laços culturais e políticos ao distrito de Biguaçu, a primeira escola oficial da comunidade de Ganchos foi a “ Escola Mista de Ganchos”, fundada em 1947, funcionando as séries primárias. Um ano depois, em 1948, era instalada uma escola rural em terras de Francisco Wollinger, no bairro de Areias do Meio ( onde hoje funciona a escola de educação básica Alaíde Mafra), sendo sua professora Ana Simas.

Em fevereiro de 1963, começa a funcionar a Escola Dr. Aderbal Ramos da Silva , denominação em homenagem ao ex-governador de Santa Catarina . Atualmente a Escola de Educação Básica Dr. Aderbal Ramos da Silva, situada na Avenida Ganchos, 1050, Ganchos do Meio, Governador Celso Ramos, desenvolve suas atividades educacionais no Ensino Fundamental, séries iniciais e finais, bem como no Ensino Médio nos períodos vespertino e noturno.

O município tem sua economia ligada ao setor primário na atividade pesqueira , entretanto nas últimas décadas demonstrou grande tendência as atividades turísticas.

A história do lugar lembra os primeiros povoadores açorianos que desembarcaram no litoral catarinense em meados do século XVIII.

Dentro desse contexto encontramos uma população onde muito poucos frequentaram todas as séries do ensino básico , mais da maioria cursaram apenas as séries primárias. E de acordo com essa pesquisa, na maioria dos casos somente aqueles que possuem um vínculo religioso desenvolveram o hábito da leitura.

2-PESQUISA REALIZADA NO MUNICIPIO DE GOGERNADOR CELSO RAMOS S.C

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Desses que cursaram o primário, alguns deles só tiveram um novo contato com um livro, depois de adulto e estimulados pela religiosidade, alguns ainda possuem certa dificuldades para uma leitura coletiva, no entanto a maioria tem uma boa desenvoltura e habilidade na hora de ler. Muitos desses, adquiriram um vocabular mais culto, conseguindo desempenhar várias funções de cunho social e cultural , tanto dentro da religião, quanto na vida secular.

É notório que o “IDEAL DE LEITURA IMAGINADO” ainda está muito longe de ser conquistado, no entanto podemos afirmar que muitos escritores e amantes da leitura como: Sóror Juana Inés de la Cruz, Padre Antônio Vieira e muitos outros justificaram seus grandes conhecimentos em várias áreas do saber, como uma consequência de uma busca para melhor entendimento dos “textos sagrados” mostrando implicitamente que também foram inspirados pela religiosidade.

3- INDICADORES E MITOS SOBRE A LEITURA NA SOCIEDADE BRASILEIRA

Por várias vezes ouve-se dizer “que o brasileiro não gosta de ler”. O que percebemos é que poucas pesquisas tem

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