A LITERATURA DE CORDEL: SUAS ORIGENS E USO EM SALA DE AULA
Por: Jose.Nascimento • 24/12/2018 • 10.836 Palavras (44 Páginas) • 531 Visualizações
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Palabras – clave: Literatura de Cordel, dialéctica, cultura, transversalidad, lingüística, conocimiento y capacidad.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 9
CAPITULO I ........................................................................................................................... 10 1.1 PRIMEIROS REGISTROS DA LITERATURA DE CORDEL.............................................. 10
II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................ 13
2.1 PRIMEIROS REGISTROS DA LITERATURA DE CORDEL .............................................. 13
2.1.1 História da Literatura de Cordel................................................................................. 15 2.1.2 Cordel chega ao Brasil ................................................................................................ 16 2.1.3 Cordel e sua estrutura...................................................................................................... 21
Capitulo III .............................................................................................................................. 25 3.1 USO DA LITERATURA DE CORDEL NA SALA DE AULA....................................... 25
3.2 Cordel no ensino de Língua Portuguesa .................................................................... 28 3.3 Preconceito Linguístico no ambiente escolar .................................................................... 30
Capitulo VI .............................................................................................................................. 32
4.1Metodologia.........................................................................................................................32
4.2 TRABALHO COM O CORDEL EM SALA DE AULA ............................................... 32
4.2.1 METODOLOGIA DE PESQUISA................................................................................ 34
4.2.2 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA PESQUISA............................................................... 34
V CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................... 35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................... 36
INTRODUÇÃO
A leitura em sala de aula muitas vezes é imposta ao estudante como cumprimento de um programa curricular, com a justificativa de que o estudante precisa estar preparado para enfrentar o vestibular, os concursos públicos (seja para estudar, seja para trabalhar), os processos seletivos para estágio e/ou para uma colocação em uma empresa privada. Além de objetivos muitas vezes distantes da realidade e das perspectivas dos estudantes, frequentemente, a leitura é trabalhada como um processo de decodificação como um processo analítico voltado predominantemente a aspectos linguístico-textuais, a partir de uma concepção de língua como uma estrutura, sem levar em conta a questão de que a leitura pode ser muito mais que uma simples decodificação, transformando-se em uma viajem que vai muito além das barreiras das regras impostas e transmitidas.
Segundo KLEIMAN, 2004, p. 13-22, nessa perspectiva, os usos da leitura estão ligados à situação; são determinados pelas histórias dos participantes, pelas características da instituição em que se encontram pelo grau de formalidade ou informalidade da situação, pelo objetivo da atividade de leitura, diferindo segundo o grupo social. Tudo isso revela a diferença e a multiplicidade dos discursos que envolvem e constituem os sujeitos que determinam esses diferentes modos de ler.
Tendo em vista que o ensino da língua portuguesa baseia-se em gênero discursivo, deve-se considerar não somente a estrutura da língua em seus aspectos formais, mas também os processos de interação social que se realizam por meio das produções de linguagem nas diversas esferas da atuação social.
Busca-se no referido trabalho um estudo à cerca da literatura de cordel, mostrando como essa é uma literatura escrita de forma simples, mas que apesar disso, constitui-se em rico material referente ao folclore e a cultura popular nordestina, onde ao valorizar uma obra como o cordel faz-se também um instrumento importante para a derrubada de barreiras referentes ao preconceito linguístico-cultural presentes na sociedade elitista.
Assim o trabalho com a literatura de cordel pode vir a auxiliar os alunos a relacionar-se de forma menos preconceituosa com as diferenças regionais. O que é cada vez mais importante em uma sociedade onde existe uma pluralidade muito grande das práticas culturais que devem se integrar num movimento de multiculturalismo que vivemos. (Grillo, 2003).
Uma das questões que chama a atenção foi à maneira simplificada que os PCN tratam a literatura de cordel ao classificá-la apenas como um gênero oral, deixando de lado os fatores discursivos, as vozes sociais presentes nos textos, sua composição e o estilo. Com isso, delimita-se o trabalho pedagógico e, ao mesmo tempo, a reflexão do estudante no tocante à discussão e compreensão sobre os discursos literários populares.
Terei como objetivos principais, as origens e uso em sala de aula da literatura Cordel, com surgiu e a importância do seu uso em sala de aula.
Desse modo, levantam-se os seguintes questionamentos: como surgiu e quais foram os primeiros registros da literatura de cordel? Como se deu sua chegada em território brasileiro e em qual região se fez mais marcante seu uso? Como inserir a literatura de cordel nos trabalhos em sala de aula?
O primeiro capítulo destina-se a nos apresentar o surgimento da literatura de cordel juntamente com seus primeiros passos e as formas de difusão da mesma numa época de imprensa escassa e grande contingente de analfabetismo.
No segundo capítulo observaremos como se deu a chegada dessa cultura em terras brasileiras e como a mesma foi aceita e multiplicada tornando-se marca registrada de uma região.
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