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A História da Comunidade São Pedro

Por:   •  5/11/2018  •  4.456 Palavras (18 Páginas)  •  420 Visualizações

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Este espaço Escolar fica localizado na zona rural a 7 km da sede do município de Anapu, na vicinal da Cibrazem, conhecida hoje por Vicinal do Santana, na comunidade São Pedro.

O terreno foi comprado por um morador que reside nesta comunidade, no valor de um salário mínimo, que na época era uma quantia considerada grande, o vereador, pai e morador da comunidade, Romero Batista de Medeiros, que doou este terreno em 2007, pois a comunidade não tinha recursos suficientes para a compra e o prefeito da época só construiria a escola se houvesse um espaço adequado para a construção do prédio.

Este espaço escolar foi inaugurado em dezembro de 2007, com duas salas de aula, uma cozinha, e uma sala da coordenação, e dois banheiros; em 2008, na outra gestão municipal, foi ampliado com a construção de mais duas salas, ficando um total de 3 (três) salas de aula, ao invés de quatro porque uma das salas foi utilizada para o laboratório, mas devido o espaço ser bom, conseguiram dividir o laboratório com sala da coordenação e a antiga sala se tornou sala do pré-escolar mas ainda assim os espaços não eram suficientes foi necessário utilizar a cozinha como sala de aula e foi improvisada outra cozinha temporária feita em madeira; há (dois) 2 banheiros, mas um deles está desativado, funcionando como um pequeno depósito de livros, pois não há biblioteca para que os alunos possam fazer suas pesquisas, o que seria de grande importância para ampliar os seus conhecimentos; não há quadra esportiva, utiliza-se um campo da comunidade para realizar estas atividades de recreações e educação física, que foi doado por um morador da comunidade; há uma horta que está sendo preparada para receber plantio e melhorar a qualidade da alimentação.

Neste momento a escola dispõe de recursos básicos para secretaria e docência (giz, pincel para quadro branco, papel A4, impressora, computadores, livros paradidáticos, dentre outros).

A escola recebe em número total de 186 alunos, distribuídos nos dois níveis de ensino fundamental. Sendo que na parte da manhã funciona apenas o fundamental menor, e a tarde o fundamental maior.

A escola recebe PDDE escola (Programa Dinheiro direto na Escola) PDDE Estrutura, (Programa Dinheiro Direto Estrutura), Atleta na Escola e Mais Educação. E decide o uso de recursos através de reuniões com funcionários da escola e representantes do conselho escolar.

A escola possui um conselho, quem compõe o conselho são funcionários da escola, pais de alunos e membros da comunidade.

Isto garante um diálogo com a comunidade extraescolar mas não em sua totalidade, pelo fato de não estar inserido nesse diálogo todos os pais.

E essa inserção maior dos pais seria de muita importância para a escola estreitando os laços entre ambas as partes, relação escola e comunidade.

1.2 RELAÇÃO ESCOLA- SECRETARIA DE EDUCAÇÃO – MOVIMENTOS SOCIAIS E FAMÍLIAS

A participação da comunidade na escola se dá através das reuniões escolares, pouco participativas, dos convites individuais feitos pela coordenadora da escola, nas festas comemorativas (dias das mães, dos pais, dia das crianças, formaturas, festejos juninos, que é uma das comemorações que tem uma grande participação tanto da comunidade como também de grande parte das pessoas que vêm da cidade). Mas algo me chamou atenção este ano em relação aos festejos juninos, pois fiquei sabendo que agora esses festejos acontecerão um ano sim e outro não na escola, o porquê de ser assim, não ficou definido por parte da coordenação, mas isso foi algo que muitos da comunidade e evidentemente os alunos não gostaram desta decisão, como a comunidade gosta desta época acontecerá um festejo junino por parte da comunidade em outra localidade fora da escola. Segundo Flávia Alessandra Vieira Silva aluna do 9º ano do nível fundamental, “as participações dos pais em reuniões estão um pouco enfraquecidas, embora a participação em eventos que acontecem na escola seja bem participativa”. (FLÁVIA, 2015). Talvez isso fosse uma boa forma de colocar os assuntos em dias com os pais aproveitando esse tempo de confraternização entre professores e comunidade, pois participam apenas de algumas reuniões e quando são de fundamental importância mesmo, o que dificulta muito o diálogo com os pais; a coordenadora da escola também afirma que essa é uma grande dificuldade encontrada: a ausência dos pais nas reuniões. Em uma pergunta feita à mãe da aluna, eu quis saber um pouco mais sobre o porquê de muitas vezes não participar das reuniões: Ela afirma que; “por não gostar e também porque têm muitos problemas que acontecem dentro do ambiente escolar que a coordenação não leva em conta a opinião dos pais”. (ALESSANDRA, 2015). Esta afirmação tem relação com um problema recente na escola sobre a conduta de um aluno.

A EMEF Santa Júlia possui também uma coordenadora própria, ou seja, os coordenadores da SEMED não assistem a escola; quem avalia o trabalho técnico-pedagógico (coordenadora) é o diretor de ensino que trabalha na SEMED e visita a escola esporadicamente, sendo que a coordenadora sempre leva as problemáticas da escola até este diretor de ensino. A relação entre escola e secretaria de educação é boa e constante, quem intermedeia o contato entre as duas, na maioria das vezes, é a coordenadora da escola. Segundo a coordenadora da escola: “Não há a participação ativa de movimentos sociais e sindicatos na escola”. Ela se refere a participação constante dentro da escola. Mas sabemos que a escola é fruto de uma grande luta dos pais e lideranças da comunidade, para conseguir erguer um espaço para o funcionamento das aulas, os pais que foram protagonistas dessa história de criação da comunidade junto com algumas lideranças, construíram numa organização comunitária os primeiros espaços escolares, professores que buscam melhorar cada vez mais, com didáticas diferentes aprimorando o conhecimento e buscando uma melhoria de vida – uma consequência disso é a qualidade do ensino que tende a melhorar cada vez mais.

Esta escola já foi multiseriada, depois de muitos anos está com a estrutura de hoje, passando por problemas como muitas outras escolas da zona rural, mas buscando superar com a participação de algumas lideranças, lideranças essas que podemos dizer isoladas, como por exemplo, pessoas que defendem questões a respeito da escola que se preocupam com a qualidade do ensino que está sendo transmitido para o alunado, e colocando isso em reuniões na câmara municipal, por exemplo, vejo discursos

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