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A Ciranda de Leitura

Por:   •  17/9/2018  •  1.458 Palavras (6 Páginas)  •  339 Visualizações

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[...] caberia ao professor um papel radicalmente diferente do que anteriormente exercia: de agente transformador de informações em selecionador dessas informações, seu decodificador, mostrando como descobri-las e selecioná-las e de que maneira transformá-las em saberes. (ANTUNES, 2001, p.12).

Sabemos, evidentemente, o papel que o profissional da educação e a instituição escolar desempenha e deseja, bem como somos conscientes dos esforços que são travados contra os problemas que a educação enfrenta. Não nos cabe aqui, no entanto, lamentar e nem buscar de forma simplista culpados, mas sim enveredar por caminhos solúveis, práticas criativas que minimizem o distanciamento entre o jovem e a leitura, cativando-o e seduzindo-o para o interesse pelo mundo infinito das histórias. Um enriquecimento de valor sem cifras, mas de resultados infinitamente grandiosos. Segundo Lerner:

O necessário é fazer da escola uma comunidade de leitores que recorrem aos textos buscando respostas para os problemas que necessitam resolver, tratando de encontrar informação para compreender melhor algum aspecto do mundo que é objeto de suas preocupações [...] (2002, p.17).

Este projeto, busca quebrar o preconceito em relação à leitura como uma prática estritamente escolar, como uma obrigação para obtenção de notas ou pontos nas cadernetas. Por outro lado, tencionamos mostrar que a leitura é um momento de real lazer e enriquecimento, que esta guarda despretensiosamente um universo imensurável de conhecimento e, acima de tudo, prazer. Pois os livros estão no mundo para essa função. Desejosos e ávidos para serem tocados, apreciados, lidos...

PROPOSTA METODOLÓGICA

O projeto se configura pelas muitas possibilidades metodológicas que a leitura pode proporcionar ao estudante e aos professores envolvidos. Deixamos aberto, portanto, a criação de novas metodologias no decorrer do desenvolvimento deste.

Para a implementação e início pensamos em metodologias criativas, assim especificadas:

Oficina de leitura e escrita criativa: a partir de um texto inicial, os alunos deverão criar suas próprias histórias. Pode ser apresentado apenas o início de uma narrativa envolvente e misteriosa. Os alunos buscarão um final para tal narrativa. Após isso, o professor pode selecionar os melhores finais e depois produzir vídeos ou peças teatrais a serem apresentadas para outras turmas;

Ciranda de leitura: os alunos podem escolher qualquer livro da sala de leitura ou biblioteca. O professor anota em um diário de leitura o nome do aluno e o livro escolhido. Este deve ler e ao final da leitura, por tempo determinado ou não, pedir para que o aluno faça uma pequena resenha crítica ou texto expondo seu ponto de vista sobre o que leu e apresentar à professora. Após isso, o professor deve redistribuir os livros a outros leitores, e iniciar o mesmo processo. Assim, os mesmos livros, passam pelas mãos de leitores variados com críticas e visões variadas sobre o mesmo objeto de leitura. No final o professor pode compilar todas as resenhas e usá-las como “chamariz” e incentivo a alunos futuros, curiosos com as críticas apresentadas por seus antecessores.

Leitura e cultura: buscando valorizar a cultura do país, o professor pode se utilizar elementos de nossa cultura ou de outros Estado como incentivo à leitura e conhecimento de mundo. Por exemplo, utilizar o cordel para conhecer a cultura nordestina; a música amapaense que retrata elementos da nossa história e da nossa região; a escolha dos temas fica a critério do(s) professor(es) envolvidos no projeto.

Jornal: ler para crescer: A cada mês, o professor pode selecionar alguns alunos para a criação de um jornal mensal. Cada mês o professor pode escolher novos alunos e assumiram o papel de jornalistas, entrevistadores e colaboradores. Nesse espaço jornalístico, o editor chefe pode ser o próprio professor da disciplina que seleciona e escolhe como será desenvolvido o projeto do mês. No jornal pode ser contemplado espaço para: entrevistas, arte e poesia dos alunos, notícias do mundo, recados, matéria de capa e outros que geralmente compõe o jornal escrito.

REFERENCIAL TEÓRICO:

AGUIAR, Vera Teixeira de; BORDINI, Maria da Glória. Literatura, a formação do leitor: alternativas metodológicas. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1998.

ANTUNES, Celso. Como desenvolver as competências em sala de aula. 2 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. Trad. Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed, 2002.

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