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Resenha crítica da interface: linguística e ensino

Por:   •  26/10/2018  •  1.765 Palavras (8 Páginas)  •  279 Visualizações

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- Gramática reflexiva.

Este tipo de gramática é focada nos efeitos de sentido que os elementos linguísticos escolhidos pelo interlocutor podem vir a ter em uma interação. Aqui os alunos são desafiados a tentar entender as escolhas do interlocutor. Como exemplo de exercícios, temos o uso de textos juntamente com perguntas sobre como a diferença na ordem das palavras, pode sim influenciar um certo entendimento.

- Análise linguística.

Nesta parte do texto, Teixeira e Santos (2005), introduzem considerações feitas pelos PCN de Língua Portuguesa. Nos PCNs do ensino médio, por exemplo, é afirmado que toda análise gramatical, deve considerar o texto como base. Os PCNs do ensino fundamental, favorecem um ensino de gramática pautado no uso e na reflexão sobre a língua e a linguagem.

De acordo com os PCNs, é com a prática da análise linguística que se espera que os alunos sejam capazes de construir conhecimentos sobre o sistema linguístico para práticas de escuta, leitura e produção de textos, assim como se apropriem das ferramentas necessárias para fazerem análises e reflexões linguísticas e reconheçam as mais diversas variantes da Língua Portuguesa.

A análise linguística nada mais é que uma nova perspectiva de reflexão sobre a língua e seus usos, com vistas ao tratamento escolar de fenômenos gramaticais, textuais e discursivas, como afirma Mendonça (2006: 205). Para Travaglia (2009) a análise linguística que se identifica com a proposta de gramática reflexiva, tem como objetivo ampliar a consciência dos alunos sobre fenômenos gramaticais e textual-discursivos. Tal reflexão pode ser feita com textos retirados da mídia social cotidiana, por exemplo.

Tavares e Santos (2005), alguma características da análise linguística valem ser destacadas, tais como: integração da análise linguística com a leitura e a produção de texto, a ênfase nos efeitos dos sentidos associados aos gêneros textuais, entre outras... Uma vez que a análise linguística está diretamente ligada à leitura e produção de textos, é apropriado também que o estudo sobre gêneros textuais se amplie.

- Propostas de atividades.

A partir deste momento do texto, Teixeira e Santos (2005) sugerem duas maneiras de trabalhar a análise linguística: (a) atividades de linguística classificatória e/ou explicativa em que se pode usar uma metalinguagem técnica; (b) atividades de análise linguística que enfocam a significação e as funções dos recursos linguísticos e suas possibilidades de funcionamento textual-discursivo. Estas duas maneiras citadas vão de acordo com o Guia de livros didáticos, que tem como expectativa o baseamento do ensino da Língua Portuguesa pautado na observação do uso, para assim o uso como objeto de estudo de reflexão.

Além disso, vale ressaltar que a análise linguística classificatória/explicativa se aproxima de um ensino teórico, porém ela se diferencia por apresentar uma maneira mais indutiva de o aluno aprender conceitos e regras após analisar exemplos presentes em textos. No entanto, esta prática de ensino não colabora muito no desenvolvimento de habilidades do uso da língua.

Por outro lado, a análise linguística que tem como enfoque a significação e as funções dos recursos linguísticos, ajuda sim no desenvolvimento da competência comunicativa, e assim se torna a melhor escolha para uma sala de aula.

Em seguida, temos Teixeira e Santos (2005) sugerindo atividades para se trabalhar a análise linguística em sala. São propostos diferentes exercícios, mas o importante é ter em mente que o ponto principal de qualquer que seja o exercício, o fundamental é levar o aluno a compreensão dos sentidos e das intenções dos elementos usados no contexto do texto e levar esse entendimento para outras situações de interação comunicativa.

- Crítica e conclusão.

Nossa opinião como futuras professoras de Língua Portuguesa, atuais estudantes da língua em suas mais diversas formas, e ex-alunas do modo de ensino normativo, descritivo, prescritivo e teórico da língua portuguesa, concordamos com os estudos, propostas e conclusões chegadas pelos autores. Aulas de caráter altamente normativo são maçantes para os alunos, e não os levam ao objetivo principal que é formar alunos capazes de compreender os diferentes gêneros textuais em diversos cenários sociocomunicaticos. Aulas teóricas acompanhadas de reflexão e conexão com os significados, e que fazem o aluno aprender o real significado das palavras e não somente decorar nomenclaturas deveria ser a forma padrão de ensino da língua portuguesa.

Levando em consideração tudo que foi dito anteriormente, podemos concluir que o objetivo do texto é levar a reflexão sobre a forma que a Língua Portuguesa ainda é ensinada nas escolas. O texto também tem como objetivo apresentar possíveis melhorias no ensino, melhorias tais que capacitem o aluno a produzir e compreender todos os tipos de gêneros textuais em qualquer âmbito sociocomunicativo. É possível notar a preferência que os autores dão quanto a abordagem produtiva de ensino da Língua Portuguesa, ao invés da prescritiva que impõe o padrão de “certo” e “errado”, ignorando muitas vezes as possíveis variações linguísticas, e a descritiva que tem como foco a nomenclatura e a parte estritamente teórica.

Quanto ao ensino da gramática, chegamos a conclusão que é com um acordo entre as gramáticas teórica, normativa, de uso, e reflexiva que começa a coexistir um balanço. Porém, o foco nas duas últimas deve ser maior do que nas duas primeiras, levando em consideração que elas abordam de forma mais abrangente as diferentes variações possíveis da língua e que ocorrem com maior frequência do que o chamado padrão, norma culta. O texto é concluído com propostas de atividades que visam estabelecer

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