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Resenha critica: CONCEPÇÃO DO ENSINO MÉDIO INTEGRADO

Por:   •  3/12/2017  •  2.156 Palavras (9 Páginas)  •  727 Visualizações

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é imposto, que vise o desenvolvimento humano como formação fundamental para o trabalho, formando-o para que consiga um trabalho digno capaz de propor a ele o direito de viver em sociedade, que tenha o trabalho como princípio educacional aceitando a concepção do econômico, social, histórico, político e cultural das ciências e dos métodos, que seja fundamentado numa epistemologia que alcance a unidade de informações gerais e específicos admitindo a assimilação das especificidades quanto a sua historicidade, alvo e potencialidades, que seja aprimorado numa pedagogia que vise a constituição conjunta de conhecimentos gerais e específicos no sentido de que os primeiros se baseiam nos segundos e esses confirmam o caráter dos primeiros e que seja centralizado nos alicerces das distintas metodologias do processo de afazeres contemporâneo, tendo como linhas o trabalho, a ciência e a cultura.

O primeiro ítem vem tratar do papel da escola e da formação profissional sob a cultura industrializada, dizendo que a pedagogia aproxima de um governo liberal por isso ela não é neoliberal.

No primeiro tópico Raymond Willians fala da existência de três grupos os educadores públicos, os humanistas e os industrialistas, sendo que cada um defendia sua visão de ensino. A partir dessas discussões eram definidos critérios para seleção de saberes escolar. Com o avanço das relações capitalistas de produção a escola é obrigada a aderir a uma formação que atendesse à cultura industrialista no intuito de formar pessoas capacitadas para o exercício do trabalho gerando assim diversas profissões, o que trouxe a divisão entre o trabalho manual e o intelectual.

A força produtiva atingiu seu ápice após a guerra mundial durante o movimento de Taylor/fordista, se alastrando para todas as dimensões incluindo a educação escolar, fazendo com que fossem elaborados currículos voltados para os campos de formação profissional, ou seja, no sentido de que os trabalhadores adquirissem competências que os tornasse empregáveis.

Nesse sentido surge a teoria subjacente, a qual diz que o homem não pode se tornar um profissional sozinho, para isso ele precisa da mediação, ou seja, precisa ser treinado por outras pessoas para saírem capacitadas e poderem exercer a atividade com sabedoria, daí surge à necessidade de se teorizar e de se praticar levando uma aproximação da ciência com a formação técnica baseada no positivismo. Com tudo isso as disciplinas tomaram um caráter abstrato de um currículo fragmentado. Por isso é que a autora critica e sugere a proposta de um currículo integrado.

Sobre essa cultura industrialista a educação esteve o tempo todo centrada no trabalho, ou seja, apenas formando para o mercado de trabalho, um ser totalmente profissional e não o de se preparar para a vida, resumindo o processo de educação nunca esteve centrado na formação humana.

O segundo relata a relação conteúdo e método no currículo integrado: uma abordagem epistemológica em confronto com a pedagogia das competências, se tratando desse assunto à autora começa falando das pedagogias de competências visando converter o currículo em ensino integral. Em síntese essa pedagogia estava centrada na aprendizagem do que no ensino, sua visão era de que os problemas não eram exclusivos da pedagogia, mas epistemológicos, ou seja, da ciência, teoria do conhecimento. Surgiram argumentos para a integração de diferentes disciplinas difundindo assim a pedagogia das competências, devido ao fato de que integrando as disciplinas e os cursos, teremos maior iniciativa de professores e alunos, no que se refere aos saberes escolares e o saber do dia a dia Marise Ramos defende a integração incorporando alguns elementos que já foram analisados nesse texto, mas que vai bem mais além do que já vimos até agora; ou seja, um compreendimento além da realidade material e social; mais aprofundado. Para isso ela defende uma perspectiva que incluem dois pressupostos filosóficos.

O primeiro é aquele que o homem, como ser histórico agindo sobre a natureza transformando-a para a sua sobrevivência, o segundo é de que podemos compreender o real em sua concretude e sua totalidade através do abstrato chegando à produção do concreto, ou seja, a partir do que pensou produzir o objeto, tornando o concretizado. Desses dois pressupostos decorre o terceiro principio que é o conhecimento, a teoria da ciência, o epistemológico.

Quando Ramos fala do real em sua totalidade, isto é conhecer as partes de um todo e as relações existentes entre eles para assim constituir relações tematizadas, chegando ao conhecimento sistematizado, ou seja, sintetizar tudo aquilo que abstraímos do conhecimento.

Enfim compreendemos que um currículo integrado é o que assume uma compreensão do real como totalidade, capaz de levar o conhecimento abrangendo todas as especificidades, formando o ser humano para a vida.

A segunda parte do item dois, fala da pedagogia das competências na (dês) integração curricular; propiciando uma mobilização continuada e contextualizada do saber, ou seja, apenas desenvolve a competência no ser humano e não ensina pelos conteúdos. O que se desenvolve é a cognição a partir da ação do pensamento e a atividade que vem orientada por essa. Enfim chega-se a conclusão que a pedagogia das competências é aceitar o desenvolvimento de competências, seguido por uma consequência, ou seja, só através do trabalho da prática do dia a dia, voltado somente para ação e não para o saber, nesse sentido não se trabalha o conteúdo em si, apenas as competências.

O terceiro mostra a (re) construção de conhecimento na escola e os fundamentos do currículo integrado, ou seja, acompanhando a perspectiva dialética e seus eixos fazendo uma relação entre o conhecimento já adquirido com o conhecimento produzido em sala de aula, ou seja, a escola tem a função de incorporar o conhecimento cientifico ao conhecimento empírico aquele que o ser humano trás de sua cultura do seu dia a dia. Essa integração de conhecimentos se faz com a finalidade de reconstruir as partes do todo para compreender o real em seu contexto, ou seja, incluir disciplinas, conteúdos, problemas, projetos, etc. Isto é afeiçoarem-se os fatos sobre o cerne do autêntico e ainda apontar o que é eficaz do secundário.

Por isso a autora comunga com Gramsci de que a formação é baseada no processo histórico e ontológico de produzir da existência humana, devido ao fato de que o trabalho é a intervenção entre homem e objeto, um exemplo é o da energia elétrica que a força natural já existia porem não operava era só uma hipótese e só depois de ocorrer à produção da tecnologia feita pelo homem é que se tornou uma ação concreta.

Por tudo isso

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