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Pratica de Ensino: Introdução à Docência - Postagem - Reflexão Textos

Por:   •  25/4/2018  •  3.341 Palavras (14 Páginas)  •  493 Visualizações

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1.2 O fax do Nirso

Sempre nos foi dito que a educação nos levaria a altos patamares, que para conseguirmos algum sucesso profissional, mínimo que fosse, deveríamos estudar e se profissionalizar com cursos e todo o possível. Claro que nada disso deixa de ser verdade ainda hoje em dia, porém o que temos visto cada vez mais no mercado de trabalho são pessoas que seriam consideradas iletradas, incapazes por falta de uma escolaridade mínima. Mas, será mesmo que essas pessoas são incapazes? Será mesmo que elas estariam “abaixo” de pessoas realmente letradas que aprenderam – na teoria – como agir no mercado de trabalho?

A partir do que podemos notar hoje em dia, sobretudo em meio à crise, é que a resposta para essas perguntas é, claramente, não. A escolarização é sim importante e conta muito em diversos processos seletivos, principalmente em grandes empresas, porém não são os diplomas, mas sim o conhecimento, a experiência e, sim, a humildade, que farão de uma pessoa a escolhida para determinado cargo e que a farão crescer profissionalmente.

Obviamente buscamos na educação esse conhecimento e toda informação necessária para se construir uma carreira sólida, através do ensino superior e cursos especializados, na maioria das vezes. Porém o que notamos é que a educação tem evoluído muito lentamente em relação ao mercado de trabalho, como afirmam alguns estudiosos e, por esse motivo, vemos muita mão-de-obra “qualificada” (ou escolarizada) dando lugar a pessoas sem escolarização que se destacam pela sua capacidade de reaprender, de inovar, de alcançar aquilo que as empresas buscam para atingir o sucesso. Essas pessoas aprenderam a ser resilientes na escola da vida.

Aspectos como o real envolvimento com a sociedade, a práxis social, a psicologia, o desenvolver da resiliência e, principalmente a ética deveriam então constar no currículo desde a educação básica até a educação superior, não perdendo o foco, principalmente ao chegar na faculdade, pois esta está muito próxima ao mercado de trabalho. Deveríamos aprender sobre ética, sobre a mente humana, sobre preconceito social muito antes de sermos considerados “prontos” para o mercado de trabalho, na faculdade.

O Seu Nirso, do texto, mostra, de forma engraçada, como a falta de escolarização não o impediu de virar o melhor vendedor da empresa, porém essa falta de conhecimento, sobretudo da língua portuguesa como vemos no texto, o levará, muito provavelmente, a ser para sempre “apenas” vendedor.

1.3 A História de Chapeuzinho Vermelho (na versão do lobo)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos diz que “todo ser humano tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e ideias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras”.

Se o direito de opinar, e optar, consta nos direitos humanos porque existe ainda uma educação tão engessada que acredita em verdades absolutas como a que temos até hoje em dia? A desconstrução das noções de verdadeiro/falso, certo/errado, bonito/feio, etc. deve ser estimulada aos alunos nas escolas, mostrando-lhes que não há uma só verdade e nem apenas verdades, mas sim diferentes visões de determinado assunto. Mesmo que seja uma opinião tão diferente, que represente uma minoria, ela não deve ser desconsiderada e desencorajada a expor.

Há professores que negam ao aluno o direito de ter uma opinião diferente com relação ao conteúdo passado em sala de aula, tirando dele o direito e oportunidade inclusive de desenvolver um pensamento crítico, que o levará a analisar e avaliar problemas e situações por toda sua vida.

O aluno que é estimulado a pensar por conta própria, não apenas respondendo questões objetivas impostas pelo professor, sobre um conteúdo apresentado a ele, aprenderá a desenvolver um pensamento analítico e a estimular a própria mente a ser criativa e ter uma visão progressista. Dessa forma, teremos futuros cidadãos mais questionadores e menos passivos com relação às imposições políticas e sociais desse mundo, não deixando, no entanto, de ser empático, aceitando que sua liberdade termina onde a do seu próximo começa.

1.4 Uma Pescaria Inesquecível

Hoje vemos tantos atos de corrupção e falta de ética, e a impunidade a estes atos fazendo com que se tornem cada vez mais corriqueiros, praticados sem nenhum peso na consciência, sem nenhuma preocupação com a consequência à coisa pública ou ao próximo. Estes “exemplos” – geralmente vindos de líderes, sejam políticos ou não – que temos visto deturpam o ensino, mínimo que seja, de boas maneiras e bons costumes que recebemos desde a infância, isso porque o errado muitas vezes acaba se tornando certo à medida em que é praticado, e o que é correto acaba sendo taxado de antiquado e ridículo.

Rui Barbosa escreveu que “de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. Quanto tempo ainda ouviremos e nos consolaremos com tais afirmações? Que educação temos dado aos nossos alunos para que no futuro perpetuem com esse pensamento e continuem acreditando que tirar vantagem em tudo é o mais importante? Ou que, sendo corretos, terão vergonha de o admitirem?

Ética é base, assim como numa construção, é fundamento que mantém a estrutura de pé. E deve vir desde o berço; não nascemos com ética e moral, mas aprendemos a agir corretamente através dos valores que nos são passados desde o nascimento, dentro do ambiente familiar e na escola, principalmente. Por essas e tantas outras razões que a ética deveria ser uma disciplina a ser estudada desde os primeiros anos do ensino fundamental, para restaurar os valores e princípios da nossa sociedade não os deixando tornarem-se obsoletos para nossas crianças e adolescentes e para formar adultos que se preocupam se suas atitudes estão dentro das regras de ética e moral. Adultos que sejam como o personagem do texto, que desde criança aprendeu a “devolver o peixe à água”, fazendo aquilo que era correto, mesmo sem ninguém olhando e mesmo sabendo que perderia a oportunidade única da vida dele de pegar um peixe tão grande quanto aquele que ele devolveu ao lago.

1.5 A Folha Amassada

Assim como no texto o professor mostrou de maneira

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