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O USO DO MÉTODO PILATES NO TRATAMENTO DO EQUILIBRIO EM PACIENTES COM LESÕES DE JOELHO

Por:   •  27/11/2018  •  4.047 Palavras (17 Páginas)  •  355 Visualizações

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 ANATOMIA DO JOELHO

A articulação do joelho é a maior do corpo e, estruturalmente, a mais complexa. O joelho é uma articulação de carga, de grande amplitude de movimento, situada na porção central do membro inferior e tem como função a locomoção e a sustentação do peso corporal (MAGEE 2010, p. 727).

Segundo Norkin ( 2001, p. 334):

O joelho é composto de duas articulações distintas localizadas no interior de uma única capsula articular: a articulação tibiofemoral e a articulação patelofemoral. A articulação tibiofemoral é a articulação entre o fêmur distal e tíbia proximal. A articulação patelofemoral é a articulação entre a patela e o fêmur.

O joelho é uma articulação do tipo gínglimo (ou dobradiça), realiza flexão-extensão e de forma acessória, possui um segundo grau de liberdade, a rotação sobre o eixo longitudinal da perna que só aparece quando o joelho está flexionado. É uma articulação com um só grau de liberdade com os movimentos de flexão-extensão. De forma acessória, a articulação do joelho possui um segundo grau de liberdade, que trata-se do movimento de rotação (interna e externa) sobre o eixo longitudinal da perna, que só aparece quando o joelho está flexionado (DE CASTRO, 2010).

Segundo Netter (2008), a articulação do joelho é relativamente fraca, do ponto de vista mecânico, devido às configurações de suas superfícies articulares. Sua resistência depende dos ligamentos que unem o fêmur e a tíbia.

O fêmur é o maior osso do esqueleto, na extremidade proximal se articula com o quadril e na extremidade distal com a tíbia, ele dirige-se inferior, medial e anterior e convergindo para os joelhos e se expande em duas massas volumosas, os côndilos; medial e lateral do fêmur. A tíbia é também um osso longo, próximo à fíbula, entretanto, apenas a porção proximal da tíbia articula-se com o fêmur; a fíbula não faz parte da articulação do joelho. (DANGELO, 2004)

A tíbia possui uma plataforma destinada a articular-se com a extremidade distal do fêmur e é constituída pelos côndilos medial e lateral, que são dois platôs côncavos, com faces articulares na sua parte superior, separadas pela eminência intercondilar que possui o tubérculo intercondilar medial e intercondilar lateral que penetram na eminência intercondilar do fêmur quando o joelho se estende. A tíbia possui ainda uma projeção óssea, a tuberosidade da tíbia, a qual se destina à fixação do músculo quadríceps pelo tendão patelar, (DANGELO, 2004).

A patela ou rótula é, habitualmente, denominada de maior osso sesamóide que é capaz de resistir à compressão exercida, sobre o tendão do músculo quadrÍceps durante o ato de ajoelhar-se e ao atrito que ocorre quando o joelho é fletido e estendido. A patela também fornece uma alavanca adicional para o músculo quadríceps femoral, situando o tendão mais anteriormente, longe da articulação e levando-o a aproximar-se da tíbia, a partir de uma posição de maior vantagem mecânica (DE CASTRO, 2009).

A patela tem duas funções biomecânicas importantes no joelho. Em primeiro lugar, ajuda a extensão do joelho, fazendo o deslocamento na direção anterior do tendão dos músculos quadríceps, através de toda a amplitude de movimento e, desta forma, aumenta o momento de força produzido pelo músculo quadríceps sobre a tíbia. Em segundo lugar, permite uma maior área de distribuição das tensões de compressão sobre o fémur, que resultam do aumento da área de contato entre a patela e o fémur. A contribuição da patela para o comprimento do braço de força, exercida pelo músculo quadríceps, varia da flexão total para a extensão total Em flexão total, quando a patela se situa no interior da fossa intercondiliana do fémur, origina um pequeno deslocamento anterior do tendão dos músculos quadríceps, dando menor contributo para o aumento do momento de força gerado pelo músculo quadríceps. Com o joelho em extensão, a patela sobe da fossa intercondiliana, produzindo um deslocamento significativo na direção anterior do tendão e, desta forma, aumenta ao máximo o momento gerado pela força do músculo quadríceps. (MAGEE 2010).

2.1.1 BIOMECÂNICA DO JOELHO

A cinemática define a amplitude do movimento e descreve a superfície de movimento de uma articulação em três planos: frontal, sagital e transversal (horizontal). Os movimento podem ser realizados para ambas as articulações tibiofemoral e patelofemoral (FIGUEIREDO 2006).

Segundo Netter (2008), Na articulação tíbiofemoral, o movimento desenvolve-se nos três planos, mas a amplitude de movimento é bastante superior no plano sagital. O movimento neste plano, da extensão máxima para a flexão máxima, varia dos 0º para aproximadamente 140º. O movimento no plano transversal, rotação interna-externa, é influenciado pela posição da articulação no plano sagital. A extensão completa do joelho limita praticamente a totalidade do movimento no plano frontal. O movimento, no plano transversal é o de rotação da tíbia.

Na articulação patelofemoral o movimento pode ser descrito no plano sagital. Esta articulação revela um movimento de deslizamento. No movimento de extensão-flexão do joelho a patela desliza nos côndilos do fémur, ambas as facetas, medial e lateral do fémur, articulam-se com a patela em todo o movimento de flexão. Na flexão completa do joelho, a patela entra dentro da fossa intercondiliana e a área de contato aumenta com a flexão do joelho e com a força exercida pelo grupo de músculos quadríceps (NETTER, 2008).

2.1.2 LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA)

O ligamento cruzado anterior é considerado o mais fraco dos dois ligamentos cruzados, tem origem na área intercondiliana anterior da tíbia, atrás da fixação do menisco medial ele estende-se para cima, para trás e lateralmente para se fixar à parte posterior do lado medial do côndilo lateral do fémur. O LCA possui um suprimento sanguíneo relativamente escasso. É afrouxado quando o joelho é fletido e tenso quando está completamente estendido, impedindo o deslocamento posterior do fémur sobre a tíbia e a hiperextensão da articulação da joelho. Quando a articulação é fletida, formando um ângulo reto, a tíbia não pode ser tracionada anteriormente porque é contida pelo mesmo. (FIGUEIREDO, 2006).

2.1.3 LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR (LCP)

O ligamento cruzado posterior o mais forte dos

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