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O sujeito na análise de Pecheux

Por:   •  1/3/2018  •  1.050 Palavras (5 Páginas)  •  306 Visualizações

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Isso demonstra que os modos de dizer mudam e os efeitos de sentido também, permitindo ao sujeito defender o seu discurso como "a verdade" – que está mais de acordo com a ideologia que se aproxime[1]. Ainda mais, o sujeito analisado na charge é ao mesmo tempo livre e submisso e determinado pela exterioridade. Ele é livre no momento em que o escolhe qual discurso ele vai se apropriar e reproduzir – nesse caso, ele escolhe um discurso machista oriundo dos adultos que convivem com o garoto – e se torna submisso ao discurso, pois se torna refém dele, não abre opção para pensar em possibilidades diferentes. É determinado pela exterioridade porque o discurso é vindo de fora do garoto, do meio que freqüenta e para participar desse meio ele deve reproduzir o mesmo discurso - para não se sentir "excluído".

Entretanto, o sujeito demonstra um assujeitamento sobre o que ele diz em relação ao machismo, mas embasado em um inconsciente imaginário, pois o ilude. Ele acredita ser a fonte originária do seu dizer. Porém , existe uma memória discursiva por trás da fala desse indivíduo. Assim, a formação discursiva apresentada acarreta uma ideologia sobre a temática machismo, marcada por elementos do interdiscurso. O que permite ao indivíduo a ser dona da sua fala, conforme sua identificação ideológica e sócio-histórico diante desse determinado discurso.

CONCLUSÃO

Portanto, permanece nítida que o sujeito discursivo apropria da sua fala mas, o sujeito interpelado pelo discurso se constitui pelo próprio discurso. Assim, está assujeitado pela formação discursiva, o que ressalta não existência de sujeitos sem assujeitamento. A interpelação se dá pela não consciência, o mesmo acredita que é a origem do dizer. O que lhe constitui como sujeito ideológico, pois assume um discurso como seu embasado no plano do inconsciente.

Assim, o objeto de estudo em análise comprovou as visões da autora Orlandi, pois a charge destacou como o sujeito está submisso a memória discursiva, ao já dito, mas o mesmo crê que é dono da sua fala ou fonte originária do seu discurso. O que está atrelado a ideologia e elementos do interdiscurso, isso claro, vai depreender da sua existência ao longo da sua formação sócio- histórica.

REFERÊNCIA

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