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O Dom Quixote na presença das artes no hoje e passado.

Por:   •  5/12/2018  •  1.517 Palavras (7 Páginas)  •  448 Visualizações

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Dom Quixote que é o modelo de todos os heróis solitários que batalham pelas suas causas, pelos seus ideais, ou que simplesmente vagueiam pelo mundo em busca da sua alma gêmea, mesmo tendo todo o mundo, e até a crueldade dos fatos contra si, Sancho Pança que é considerada a voz da sabedoria simples e pragmática, a voz da razão, por vezes desarrazoada, daqueles que seguem com admiração os que ousam mudar o mundo.

De modo geral é possível dizer que a presença do Quixote se deu tanto na cultura quanto na literatura. No âmbito da cultura a grande obra de Cervantes se difundiu por intermédio do mito; na literatura, por meio das formas literárias.

Alguns exemplos na literatura: O mito do cavaleiro e os três mosqueteiros.

Na cultura temos: Salvador Dali e Pablo Picasso entre outros, que foram alguns dos pintores que tentaram dar forma aos personagens de Cervantes.

O que fez Dom Quixote flutuar pela Historia

Um dos conceitos que Todorov dá para literatura é: “a literatura não é teoria, é paixão”. A literatura vai além das teorias, pois ela nos permite enxergar além do que os nossos olhos podem ver, viajar sem sair do lugar, exercitar a nossa alma, nos permite entender o mundo melhor, ela aumenta a nossa esperança, faz o tempo passar depressa, nos diverte, compartilha ideias, sonhos, conhecimentos , um misto de sentimentos, ela comove, perturba, transforma, ela nos permite ser humanamente melhor. Isto é, a literatura é uma das artes que melhor recria a realidade, ela é carregada de plurisignificados, mostra o homem com seus anseios, sonhos, aspirações, com todos os sentimentos temporais e existenciais, ela é um ser vivo em meio à sociedade permeando por todas as esferas do cotidiano, não importa a época; a literatura não pode ser definida por conceitos engessados, ela ultrapassa fronteiras: “A literatura abre ao infinito essas possibilidades de interação com os outros, e por isso nos enriquece infinitamente”. Ou seja, em uma obra literária todos os seus elementos tornam-se um objeto de consenso, a mente do leitor que vai criar os significados. “A imaginação é a rainha do verdadeiro.” A partir daí, pode-se concluir que os autores criam uma realidade imaginária e utilizam-se dos fatos do cotidiano, da sua experiência de vida, e unem ao universo fictício-real. Assim, cabe ao leitor interpretar o mundo e a si mesmo como propõem a literatura. “A função da literatura é criar, partindo do material bruto da existência real”, segundo Todorov. citação

Dessa maneira, podemos nos esbarrar coma à literatura nas vias, indentificar personagens de um livro, do poema, da poesia, no banco de uma praça, na mesa de um tabalho. A arte da literatura tem a força de resgatar quem está no fundo do poço ou talvez para aquele que não se tem mais saída. Pois à literatura! À literatura! Devolve o sorriso nos lábios, nos dar esperança, podemos nos reconhecer através de algum personagem o qual passa pelos mesmos problemas, possui mesmo defeitos, até mesmo poder possuir idealismo e loucas semelhantes. Talvez possas ser um Dom quixote? Ou Sancho? Porque A literatura nos deperta termos interreses por nós mesmo e pelo outro, além do desejo intenso de viver. Uma vez que uma ou um personagem assume inúmeras concepções, para cada leitor que o lê produz uma leitura apenas observadora, sem identificações, afeições, sem deixar-se seduzir pelas semelhanças. Pode-se, entretanto, adotar um ponto de vista próprio, seja de si mesmo ou do mundo, ampliando os horizontes, os seus conhecimentos, pois a literatura tem o seu sentido amplo: “A literatura refere-se a tudo”. Podemos observar no momento em que Quixote insiste com Sancho Pança de que os moinhos de vento são gigantes, o seu escudeiro de senso realista tenta desfazer essa ilusão de seu amo, pois ele vê apenas moinhos de vento e nada mais. Quixote o questiona e insiste em sua visão ilusória e sai para batalhar com os gigantes, embora derrotado com o golpe da realidade e da vida cotidiana, aqueles moinhos de vento têm algo comum e corriqueiro nos campos daquele lugar; a preocupação de Sancho ao ver Quixote sendo arremessado ao longe é real. A dor física que Dom Quixote sentirá em seu corpo por causa da queda será real, mesmo ele negando-se a sentir, pois cavaleiros andantes, segundo ele, não são dados a se lastimarem de feridas, ainda que por elas lhes saiam as tripas.

Assim, torna-se notório o embate da ilusão com a realidade que de certa forma atinge o ser humano, lutando contra os moinhos de vento e os acontecimentos da vida real.

Fonte e pesquisas:

http://literatura.uol.com.br/dom-quixote-de-la-mancha/

http://homoliteratus.com/7-grandes-livros-que-fazem-referencia-dom-quixote/

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