É POSSÍVEL ESCREVER UMA HISTÓRIA DA HISTORIOGRAFIA GERAL TENDO EM PERSPECTIVA CULTURAS QUE SE RELACIONAM COM DIFERENTES CONSCIÊNCIAS HISTÓRICAS?
Por: Juliana2017 • 14/4/2018 • 1.357 Palavras (6 Páginas) • 435 Visualizações
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Rüsen coloca em perspectiva um relevante conceito, para uma analise de uma teoria geral da memoria cultural, que possibilita comparações de consciências históricas diferentes. Sociedades diferentes quando relembram o seu passado tem por objetivo compreender o presente, e ter expectativas individuais e coletivas para o futuro.
“Uma teoria que explica esse procedimento fundamental e elementar de dar sentido ao passado consoante à orientação cultural no presente é um ponto de partida para comparação intercultural. Tal teoria tematiza a memória cultural ou a consciência histórica que define o objeto de comparação em geral. Ela serve como definição categórica do campo cultural no qual a historiografia toma forma.” [5]
Princípios de sentido expostos pelo autor determinam como as analises historiográficas podem ajudar no sentido de suportar as mudanças durante o tempo, a eventualidade, o acaso, a contingencia. São princípios como “simbolismo orientador”, “uma interpretação geral da vida e do mundo”. “Esse simbolismo esta relacionado a três fatores principais: o eu, a sociedade e o cosmos.” [6]
Rüsen levanta questionamentos sobre as comparações interculturais, a respeito do método comparativo como devem ser estabelecidos, cuidando para não atribuir historiografia europeia como dominante, e contribui para uma tentativa de resposta a indagação da proposta inicial do trabalho.
O autor demonstra que a contingência é uma categoria universal na experiência do tempo, e a pratica da narrativa desempenha uma função de organizar as eventualidades, o acaso para manter uma organização do presente. Mesmo em sociedades diferentes, culturas distintas a busca por uma interpretação do passado no sentido ordenar, entender o presente permanece a mesma.
“ O mundo está fora dos eixos; - AH! Transcurso perverso / de que eu nasci para eternamente pô-lo no lugar. Pô-lo no lugar significa desenvolver um conceito do curso do tempo, da mudança e da progressão temporais, que tornam as ocorrências contingentes significativas em relação ás atividades humanas cotidianas e a uma ordem estável de mudança de um grupo. Nós encontramos a mesma idéia em uma expressão chinesa no comentário de Kung-yang aos Anais da Primavera e do Outono: Colocar no lugar as coisa que foram arremessadas ao caos e restaurar o mundo à ordem.” [7]
“Critérios de sentidos e significados históricos” identificando esses critérios e significados é possível como às historiografias são formadas, estruturadas. “Tal sistema desvenda a semântica da história e cria as bases para a comparação.” [8] Entender se o tempo é pensado como divino, ideias de progresso, decadência, continuidade, descontinuidade. “Para fins comparativos e necessário encontrar conceitos básicos correspondentes em todas as outras historiografias.” [9]
Quando analisamos uma periodização de uma historia da historiografia geral fica a incerteza se a Europa pode servir de parâmetro a outras sociedades, e uma discussão. Mas os conceitos de uma periodização e importante serem mantidos em outras culturas, conceitos que diferenciam períodos, “definidas por três meios: oralidade, escritura e eletronalidade”.
Rüsen desenvolve uma periodização universal do pensamento histórico, pode contribuir a se escrever uma historia da historiografia geral no sentido de compreender o pensamento histórico desenvolvido em cada época em diferentes sociedades.
“ Pré-histórico fina distinção entre tempo cósmico paradigmático ( tempo “arcaico do mito) e tempo mundano; o ultimo não tem sentido para ordem do mundo e do eu. Histórica intermediação de ambos os “tempos”. Fatos contingentes (eventos) são carregados com sentido a respeito da ordem temporal do mundo. Pós-histórico Nenhuma ordem compreensiva de tempo incluído passado, presente e futuro. Tradicional a ordem do tempo tem um caráter divino. A religião é a fonte principal para o sentido da mudança temporal. Moderno minimização da dimensão transcendente da ordem de tempo. Todo o senso de história tende a torna-se mundano.”[10]
A partir de um estudo geral da história da historiografia identificamos que aspectos positivos e negativos de realiza-la, colocar em risco uma interpretação etnocêntrica categorizando uma cultura superior. O desafio também de uma menor analise de uma historiografia oriental, uma menor tradução, um interesse de historiadores orientais em produzir narrativas com temas ocidentais, essa dicotomia pode ocasionar perda de especificidades da cultura local. Aspectos positivos obter uma pluralidade na interpretação cultural, uma perspectiva de narrar história não só a partir de concepções europeias, não posicionar uma sociedade uma sociedade acima as demais.
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