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VALE DO GUAPORE

Por:   •  7/5/2018  •  1.282 Palavras (6 Páginas)  •  335 Visualizações

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quando foram expulsos de Portugal e suas colônias, pelo Marques de Pombal. A predominância do catolicismo será desafiada apenas a partir da segunda metade do século XX, quando no contexto do pós Vaticano II, a Teologia da Libertação ganha muito espaço e força no interior da Igreja. Preocupados com tal situação, os generais solicitam aos Estados Unidos o apoio religioso. Dessa forma, o Brasil dos anos 1970 torna-se um laboratório de religiões, onde tudo fazia sucesso. Percebeu-se que o modelo que mais faria sucesso seria o Pentecostal e o Neo-pentecostal. As duas igrejas, alem das Batistas, que fizeram sucesso foram a Assembleia de Deus (na cidade e no campo) e a Universal (na cidade). Prega-se a partir delas a Teologia da Prosperidade, oponente da Teologia da Libertação. Existem também outras vertentes religiosas não cristãs como o espiritismo, as religiões de matriz indígena e/ou africanas e o sincretismo.

Os estereótipos regionais (tipos gerais), que também remetem a era Vargas e possuem relação com o meio geográfico, processo histórico e origens étnicas da população. Assim temos o malandro carioca, o gaucho com bombacha, o cangaceiro nordestino. E temos ao mesmo tempo o caboclo amazônico. Esse elemento da cultura nortista e que é considerado também população tradicional (apesar dos estereótipos). Define-se por populações tradicionais, segundo a ótica marxista, grupo que não quer se integrar ao sistema econômico dominante. Dentre as problemáticas que envolvem estes grupos, encontra-se a situação de miserabilidade das populações ribeirinhas e perda da memória e das tradições culturais, sobretudo em Rondônia.

Considera-se Patrimônio como “conjunto de interpretações e símbolos que marcam a sociedade”, sua origem conceitual remete aos romanos antigos. Sem dúvida alguma, a questão da preservação do patrimônio histórico em Rondônia é de descaso quase que completo. As cheias históricas do rio Madeira, em 2014, contribuíram para o agravamento da situação. Não houve nenhum reparo ou limpeza dos espaços do Pátio da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Também as famosas Caixas d’água necessitam de reparo. O Cemitério da Candelária está desaparecendo, seja pela ação natural, seja pela falta de ação dos órgãos públicos. O Marco Rondon foi praticamente destruído pelas águas do Madeira, por ocasião da abertura das comportas da Hidrelétrica de Santo Antonio. São poucos os prédios históricos na capital, Porto Velho em bom estado de conservação. A própria Catedral do Sagrado Coração de Jesus, passa periodicamente por reformas, e cada qual ajuda a desconfigurar seus traços originais. A capela de Santa Bárbara passa pelo mesmo problema. E em virtude da elevada taxa de violência, já não é seguro visitar o antigo Pátio Ferroviário. Percebe-se nitidamente o abandono do Patrimônio Cultural e sua deteriorização.

Conclusão

Ao analisar a identidade cultural regional, percebe-se um caráter mais dinâmico da história e das culturas locais. As heranças culturais que formam as identidades têm sido fragilizadas e em muitos casos, correm o risco de desaparecer. O mesmo pode ser dito com relação ao patrimônio regional. Dessa forma, as raízes e memórias que formam a identidade da população da região encontram-se em condições criticas, talvez sem condições de prosseguir pelas próximas décadas.

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