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Resumo Fabricação Do Rei, Peter Burke

Por:   •  23/11/2018  •  1.355 Palavras (6 Páginas)  •  511 Visualizações

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Capítulo IV – A Construção do Sistema

Após a morte do cardeal, em março de 1661, Luis declarou sua intenção de governar sem primeiro ministro. Queria exercer poder absoluto, em outras palavras, poder não dividido com outros. Isso não significava, é claro, que o rei governasse sem orientação ou auxílio. Entre seus auxiliares, a figura mais importante foi Colbert. ( pagina 61)

Colbert queria restabelecer a preeminência do rei como patrocinador das artes. Sua ampla preocupação com a gloria do monarca é revelada em sua correspondência oficial, em especial a trocada com Jean Chapelian. Chapelian escreveu-lhe um relatório em 1662sobre o uso das artes “para conservar o esplendor das realizações do rei.”

Outros tipos de instituições faziam parte do sistema. A fabrica nacional de Gobelins para produzir o mobiliário dos palácios reais. Houve também o Journal dês Savants, que imprimia obtuarios eruditos, resenhas de livros. O Journal que era editado por homens de letras do circulo de Colbert, difundia novidades sobre o mundo do conhecimento, ao mesmo tempo em que fazia propaganda do patrocínio do rei. A censura a literatura tornou-se mais rigorosa em 1667, por orientação do novo chefe de policia, La Reynie. (pag. 63)

Poetas, juristas e filósofos naturais eram todos cultivados por diferentes razões, mas os historiadores eram objeto de uma atenção especial. A nomeação de historiógrafos reais já era a essa altura uma tradição na França.

O patrocínio governamental estendia-se as ciências naturais, como atesta a fundação de uma Académie dês Sciences, a construção de um observatório astronômico e o lançamento de uma publicação cientifica. (pag. 65)

Para mostrar ao mundo que Luis era um homem culto, Colbert empenhou em aumentar as coleções reais de pinturas, estatuas, medalhas, manuscritos, livros, etc. herdadas por seus predecessores. Charles Perrault, um protegido seu, foi encarregado de publicar volumes com gravuras das coleções abrigadas no Cabinet Du Roi, tornando públicos assim o gosto e a magnificência do rei. A outro protegido de Colbert, o erudito Pierre Carcavy, foi confiada a Biblioteca Real. (pag. 65)

Parece ter havido um programa deliberado para incentivar estrangeiros a por seus talentos a serviço do rei. Sábios estrangeiros recebiam pensão. (pag. 69)

A importância de Colbert reside em sua visão geral da contribuição de todas as artes para a gloria do rei. Recorria a especialistas para sugestõe concretas, especialmente Chapelian, Perrault e Le Brun. No entanto, foi o próprio ministro o responsável pla organização do patrocínio oficial, na verdade por sua burocratização. (pag. 69)

Com a administração do Estado, a criação da imagem publica do rei era organizada a partir do centro. Equipes de artistas eram dirigidas por comitês de patrocinadores. Seria possível representar o sistema – de modo bastante apropriado para uma época de burocratização crescente – na forma de um organograma. No topo estava o próprio rei, que intervinha eventualmente para encomendar determinadas obras, ou pelo menos par escolher entre projetos alternativos. Imediatamente abaixo de Luis vinha Colbert, que gostava de segurar pessoalmente todos os cordões, a despeito de suas outras ocupações. Em seguida vinham os homens de Colbert, especialmente três deles. Chapelain o aconselhava no plano da literatura, Lebrun no da pintura e da escultura, e Charles Perrault no da arquitetura. A música estava fora do domínio de Colbert. Era controlada por Lully. (pag. 70)

Em suma, o que já se chamou de departamento de gloria foi fundado para organizar a apresentação da imagem do rei ou, mais exatamente, I’histoire di roi, um quadro em movimento dos principais eventos do reinado.

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