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Relação História e Música no livro didático no ensino médio

Por:   •  2/6/2018  •  12.229 Palavras (49 Páginas)  •  333 Visualizações

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Palavras-chave: História; Música; Livro Didático; Ensino Médio; Brasil; Séc. XXI.

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SUMÁRIO

RESUMO.............................................................................................................5

INTRODUÇÃO.....................................................................................................7

CAPITULO 1 - SOBRE MÚSICA & HISTÓRIA: SERÁ QUE DÁ SAMBA?........11

1.1 Aspectos gerais da trajetória da MPB na história nacional (1920/1990).....12

1.2 A inserção da produção musical no livro didático de História......................17

CAPÍTULO 2 - A MÚSICA ENQUANTO RECURSO PARA AS AULAS DE HISTÓRIA NO ENSINO MÉDIO........................................................................29

2.1 A música como recurso didático na prática docente em História................30

2.2 A abordagem musical na sala de aula.........................................................35

CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................41

REFERENCIAS.................................................................................................44

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INTRODUÇÃO

Ressalto inicialmente a relevância de iniciativas que promovem estudos inerentes às temáticas propostas neste TCC, visto que durante o meu processo de formação no Ensino Médio uma professora de história trabalhou a questão do período da ditadura militar no Brasil utilizando músicas do período como suporte, trazendo diferentes interpretações e visões a respeito do que os compositores das letras daquelas músicas queriam expressar, seja a favor ou contra a ditadura, fornecendo dessa maneira uma pequena noção do benefício da música enquanto recurso didático.

É importante salientar que na atualidade as mídias estão presentes a todo o instante no cotidiano das sociedades, e que tal questão sobressai nas discussões a respeito da utilização de novas metodologias ancoradas nesses tipos de recursos didáticos, posto que os mesmos visam melhor viabilizar o processo de ensino-aprendizagem, sobretudo no que tange à disciplina de História, objeto de análise nesse estudo monográfico.

Nessa perspectiva, o presente trabalho intenciona evidenciar parte da discussão acerca da utilização da música nas aulas de história no Ensino Médio na última década (2006–2016), tendo como referência tanto a promulgação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases) quanto a publicação dos PCN´s (Parâmetros Curriculares Nacionais) por volta de meados dos anos de 1990, considerando que tais instrumentos normativos estimularam o uso, por parte dos professores, de novas formas de linguagens/metodologias e fontes para o ensino da história, dentre as quais procuro destacar aqui de que forma a música vem sendo trabalhada em sala de aula nos últimos dez anos.

A relevância da abordagem desse tema se justifica pela existência de leis que estimulam o uso da música em práticas docentes no ensino da história, além da percepção de que, ao longo do processo histórico envolvendo fatos, eventos e acontecimentos que marcaram a História do Brasil, a música é algo presente e que se entrelaça à mesma, marcando a sociedade da época e se tornando fonte de estudo. Por outro lado, a música um elemento integrador, que ajuda e estimula tanto o professor quanto o aluno na compreensão do período histórico abordado nas aulas, contribuindo para o reconhecimento do aluno enquanto sujeito histórico que reflete sobre os temas estudados, não se tornando apenas um mero memorizador ou repetidor daquilo que está nos livros didáticos ou do conteúdo que lhe é repassado em sala de aula.

Levando em consideração a relevância teórica e pratica desse tema, cabe também neste estudo analisar como o livro didático tem incorporado a questão da música enquanto recurso complementar ao ensino da história, bem como procurar mostrar as transformações que ocorreram ao longo dos últimos dez anos nos livros didáticos pós LDB e PCN, visto que há diferentes edições dos mesmos lançadas recentemente com o intuito de contemplar tal questão.

Vale ressaltar que o processo de inserção da música no livro didático e que será observado neste estudo é recente, logo pertence a chamada história recente, que em sua pesquisa tenta reunir as ideologias positivista e da Escola dos Annales, usando o acontecimento, o escrito, mas alinhando-os a outros períodos da história, bem como a utilização de outras fontes de pesquisa, como é o caso da música, não tratando o fato enquanto algo absoluto e isolado ao contexto em que ele está inserido.

Assim, a escolha pelo conceito da história imediata se dá por essa atentar ao tempo histórico como processo social, sendo responsável pelos processos vividos, ainda não acabados. Esta leitura é contraposta com a história do tempo presente que designa seus objetos em relação à distância temporal do pesquisador. Seriam objetos da história do tempo presente acontecimentos, fenômenos e processos que distam do historiador até cerca de vinte ou trinta anos no tempo, enquanto a história próxima daria conta dos mesmos em um recorte de cerca de quarenta ou cinquenta anos de distância.

O historiador estuda as sociedades humanas (passadas ou presentes) no tempo e, por tal razão, traz aos estudos da História Imediata uma perspectiva bem-vinda por ser diferente da dos outros cientistas sociais: em especial, o historiador tem uma sensibilidade maior para o processo de transformação em sua fluidez; não sente tão fortemente a tentação de recortar o tempo em momentos imóveis comparados entre si. A história imediata faz parte do cabedal de possibilidades de análise do historiador a longo tempo, mesmo com todas as dificuldades e problemas que a história imediata supostamente suscita, já que a prática da história imediata envolve a análise pelos historiadores dos processos vividos, ou se já,“quando se tratava de acontecimentos nos quais havíamos estado mais ou menos envolvidos, dos quais havíamos sido testemunhas, observadores, os quais haviam suscitado em nós reações,

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