Relatório de Estágio Supervisionado III

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Com relação aos estudantes durante esse período observei que muitos estudantes ficam na quadra de esporte jogando bola ou sentados nos bancos que ficam no entorno da quadra conversando nos horários das aulas. Eu chegava ao colégio na metade do 1° horário e percebia que as salas estavam praticamente vazias, os professores davam aula pras “cadeiras” pois a maioria dos estudantes estavam de conversar pelos corredores ou ainda não haviam chegado ao colégio. Durante as aulas eles ficavam entrando e saindo da sala a todo momento, muitos não se importavam com o que estava sendo passado e ficavam a aula toda no celular.

O colégio possui uma estrutura ampla com bancos próximos a quadra de esportes e algumas arvores plantadas que servem como local para os estudantes conversarem e passarem momentos de lazer como o intervalo por exemplo. Porém não é uma estrutura que favoreça aos estudantes no processo de ensino e aprendizagem em alguns aspectos como por exemplo: o pavimento onde ficam as turmas de ensino médio é muito quente e mal ventilado por isso é conhecido como “inferninho”. E as portas das salas não fecham sem que se coloque uma cadeira atrás da porta o que ocasiona um barulho irritante, toda vez que alguém entra ou sai da sala. As salas são quentes e se deixar a porta aberta para evitar o calor, não se consegue dar aula por causa do barulho que as pessoas fazem no corredor. A estrutura não favorece a estudantes cadeirantes devido as pouquíssimas rampas e banheiros que se adequem a esse tipo de deficiência.

A sala do movimento estudantil estava em um estado deplorável cheia de lixo, caixas e um monte de cadeiras quebradas. Confesso que este cenário não foi tão surpreendente porque desde quando era estudante do CEC, o movimento estudantil nunca “existiu” a sala do ME do CEC funcionava como um local que os estudante usavam para fazer festa quando a direção não estava e até bebidas eram levadas para o local. O que me surpreendeu é o fato do descaso da direção com relação a isso prosseguir.

Balanço resumido da execução do plano de unidade e das aulas

Quando comecei a pensar sobre o plano de unidade. Fiz meu planejamento em torno de três assuntos que ao me ver seriam centrais: Colonização portuguesa no Brasil, Invasões holandesas ao Brasil e Resistencia negra.

Consegui aplicar 80% do meu plano e isso se deu pelo fato de que como as minhas aulas eram no 2° e 3° horário não tinha a pressão dos estudante de terminar a aula mas cedo porque tinham que pegar o transporte como aconteceu no estágio passado em que as minhas aulas eram nos dois últimos horários e nem a questão de ter pouquíssimos estudantes em sala como acontece no primeiro horário e também ao fato dos que 3 estudantes sempre participavam das aulas fazendo perguntas que possibilitavam o avanço nos assuntos.

Eu não consegui aplicar o plano de unidade como tinha planejado pois alguns empecilhos: o fato de que eu fiquei duas semanas sem dar aula na primeira semana que não dei aula foi porque eu fui para o encontro de história, mais no meu lugar a colega Marcia Evangelista ministrou uma aula sobre “resistência indígena” e foi uma aula rica ela falou com eles sobre a PEC55 também e isso fez com que a aula enriquece-se. Outra semana que eu não dei aula foi no dia 06 de dezembro que não teve aula porque os estudantes fizeram um ensaio geral para o sarau que ocorreu no dia seguinte.

Acabei deixando de lado a vida nos engenhos pois vi que não daria tempo e por isso dei preferência a outros temas como a resistência negra. Fiquei chateada a princípio por não ter conseguido da as 4 aulas sobre esse tema como havia planejado, só que refletindo sobre todo o processo do estágio III eu contemplei o tema e dei mais do que 4 aulas pois, em quase todas as minhas aulas eu falei com eles sobre os negros as irmandades, como o caso da irmandade da boa morte que tinha a ideia inicial de conseguir dinheiro para libertar escravizados e dessa forme fui abordando a resistência negra a escravização.

No dia 04 de outubro assisti a uma aula no segundo B e 2 aulas no segundo A, e nessa aulas percebi o perfil dessas turmas. No 2° A percebi que a maioria dos estudantes só chegavam no final da 1° aula, que eles são inquietos ficavam entrando e saindo da sala de aula a todo tempo. Mas também notei que eles participavam das aulas questionavam a professora e isso fazia com que as aulas fossem mais enriquecedoras e nesse dia fiz a entrevista com o estudante Iranildo.

No dia 11 de outubro ministrei duas aulas sobre a colonização no Brasil e foi o tema das minhas primeiras aulas e consegui fazer exatamente como tinha planejado consegui colocar em pratica a minha avaliação diagnostica que consistia em, discutir a questão do “descobrimento do Brasil”, foi uma aula bastante rica e foi o momento em que comecei a perceber quem realmente tava prestando atenção na aula e quem apenas estava se preocupando em não levar falta. E eu consegui falar um pouco sobre o tema da próxima aula que foi a administração colonial. No dia 18 de outubro discutimos sobre a administração colonial foram duas aulas que não saíram como planejado mais no fim deu tudo certo. Pois pretendia utilizar slides com imagens do mapa das capitanias hereditárias e das câmeras municipais, mais devido ao fato de que a tomada da sala não estar funcionando e não ter uma sala vazia disponível, eu optei por usar imagem do livro que trazia o mapa das capitanias e aparte disso mostrei para os estudantes a ligação das capitanias hereditárias com os estados e capitais brasileiros e comparei as câmaras municipais ao que seria a câmera de vereadores e na segunda aula falei um pouco sobre o 3 governos gerais e no finalzinho da aula pedi que eles lessem um pouco sobre a economia colonial. Apenas três estudantes leram e foram os que contribuíram falando nas aulas do dia 25 de outubro, que discutimos a economia açucareira, levei algumas imagens que foram analisadas e discutidas por eles.

No dia 08 de novembro trabalhei o ultimo assunto para a prova que foi realizada no dia 29 de novembro que foi a ocupação no nordeste pelos holandeses. Discutimos nessas aulas a chegada dos holandeses ao Brasil, o governo de Mauricio de Nassau e usamos o livro didático respondendo a atividade do livro.

Aula de revisão no dia 22 de novembro dei duas aulas, que foram para revisar os assuntos trabalhados para a prova da IV unidade, e nessa semana o professor Leandro foi assistir as minhas aulas. Essa foi uma das poucas aulas que eu não planejei, pois eu não iria dar aula porque a minha avó estava adoentada e eu iria acompanha-la ao médico, mais a minha prima foi no meu lugar.