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Economia Política, Passado e Presente – Resumo

Por:   •  27/1/2018  •  1.796 Palavras (8 Páginas)  •  383 Visualizações

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Segundo, Marx expandiu as ideias de Adam Smith sobre auto-interesse ao observar que as classes, tanto quanto os indivíduos podem agir em conjunto para promover e defender seus interesses comuns e individuais. Marx argumentou que o capitalismo em si é um obstáculo ao pleno desenvolvimento do potencial produtivo de uma sociedade. Em sua perspectiva, a relação conflituosa capitalista-trabalhador numa economia bloqueia a adoção de vários avanços tecnológicos e no conhecimento. Mesmo com o aumento da produtividade, reduziria a taxa de lucro de certas companhias ou eliminaria empregos, gerando resistência por parte dos sindicatos que representam os trabalhadores que seriam demitidos.

Terceiro Marx enfatizou que os sistemas econômicos mudam com o tempo, especialmente em resposta a suas próprias operações. Ele insistia que a própria operação do sistema econômico tende a alterar as condições de cada atividade econômica realizada. Marx apontava que o capitalismo, abastece mudanças econômicas, leva ao crescimento das cidades, impulsiona a abundância material, induz migrações globais, promove mudanças na vida familiar e irá, por fim, provocar sua própria destruição.

Joseph A. Schumpeter, um advogado, financista, empresário e influente economista do início do século XX, atacou grandes problemas na ciência econômica. Sua obra mais famosa “Capitalismo, Socialismo e Democracia”, indica a abrangência de seu intelecto e interesses. Ele acrescenta à nossa compreensão do capitalismo de três maneiras.

Primeiro, ele aprofundou o argumento de Marx que o capitalismo cria mudança. Para Schumpeter, a mudança tinha que ser central em qualquer teoria econômica. Entre suas diversas ideias novas, as mais poderosas são suas teorias a respeito da inovação e da mudança estrutural. Ele chamava a conexão entre ambas de “destruição criativa” e aplicava o termo não apenas à inovação tecnológica, mas a alterações organizacionais e sociais também, no qual a competição incentiva inovações revolucionarias, e na busca continua por lucro.

Segundo, Schumpeter argumentou que inovações combinadas à dimensão competitiva conferida por vantagens de produção em larga escala resultaram em uma tendência dos grandes negócios dominarem os pequenos em uma economia capitalista. Sua perspectiva sobre inovação e destruição criativa fez com que o autor visse empresas que produzem em larga escala de uma maneira inédita.

Terceiro Schumpeter olhava para a história do capitalismo e escreveu sobre o que viria a ser chamado de “ondas longas na atividade econômica”. Uma onda longa é um período estendido de “boom”, que dura em torno de 20 a 30 anos e é seguido por um prolongado período de estagnação econômica.

John Maynard Keynes, autor do livro “A Teoria Geral do Emprego, Juro e da Moeda”, importantíssimo economista do século XX, aconselhou o governo britânico antes e durante a Segunda Guerra Mundial, entre outros papeis importantes, influenciou fortemente tanto a economia neoclássica quanto a economia política. A principal contribuição de Keynes foi elaborar um modelo da economia capitalista como um todo, observando que numa economia capitalista moderna geralmente há pessoas desempregadas buscando emprego enquanto, ao mesmo tempo, há fábricas desativadas. Assim, concluiu que a intervenção governamental é necessária para superar o desemprego crônico.

Keynes argumentava que o desemprego é resultado não apenas de salários altos demais, mas também do fato de a demanda pelos bens que o trabalho produz estar muito baixa. E se o problema é demanda insuficiente por produtos, a cura pode ser elevar em vez de cortar os salários. Seu raciocínio era que uma vez que os salários compram os bens consumidos pelas pessoas e assim torna possível uma grande parte da demanda por produtos da economia, altos salários poderiam levar a um aumento da demanda que, por sua vez, levaria a uma expansão da produção, reativando as fábricas, assim, reduzindo o desemprego.

Keynes explicou que o processo de investimento e crescimento de uma economia capitalista depende das condições de custo e as condições de demanda que afetam o investimento. Keynes argumentou que uma economia capitalista não tem muitas chances de atingir o equilíbrio de maneira que forneça empregos a todos que precisam. Por essa razão, ele sugeria a adoção de políticas que, quando necessárias, aumentariam a demanda do governo por bens e serviços.

Ronald Coase foi um grande pensador do século XX e fez duas importantes contribuições à economia política. Primeiro, ele mostrou que, com seu foco exclusivo nas interações de mercado, a economia neoclássica não pode explicar alguns aspectos extremamente importantes da economia moderna, a menos que sua abordagem seja ampliada. Segundo, ele encontrou uma maneira de especificar precisamente as condições sob as quais uma economia de mercado completamente desregulada alcançaria soluções eficientes aos problemas.

Coase percebeu em seus estudos a similaridade entre a organização hierárquica das firmas capitalistas, com sua dependência de relações de comando, com os então existentes sistemas de planejamento econômico centralizado nos países comunistas, nos quais a produção era realizada de acordo com ordens de autoridades superiores e a competição de mercado cumpria um pequeno papel.

Coase apontou que há custos para executar trocas, no qual traz um custo que seria encontrar alguém com quem fazer trocas, barganhar preços e assegurar que o contrato é cumprido, chamando esses custos de “custos de transação”. Ele argumenta que a barganha entre indivíduos pode, às vezes, resolver problemas que os governos falham em solucionar, e que as firmas são organizações políticas, além de econômicas.

A ideia de custos de transação tornou-se central para nossa compreensão de como os mercados funcionam, por que não operam satisfatoriamente em determinadas situações diferindo das transações não mercantis e mercantis.

Amartya Sen, um escritor e economista motivado por preocupações sobre o mundo como ele realmente é, analisando precisamente os problemas de justiça. Sen em seu artigo: “A Economia da Vida e da Morte” declara que a economia não está apenas preocupada

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