RESENHA DO LIVRO MONARQUIA DE DANTE ALIGHIERI
Por: Kleber.Oliveira • 20/12/2018 • 730 Palavras (3 Páginas) • 405 Visualizações
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Na última questão, podemos dizer que aqui está o núcleo da discussão de Alighieri. Primeiramente, o autor faz uma breve retomada das questões anteriores do livro para mostrar a terceira que seria se a legitimidade do monarca romano depende diretamente de Deus ou se seria fruto do intermédio de algum ministro ou vigário. O ponto chave das discussões carregadas na obra é a separação da ordem ética. Há uma dualidade das esferas terrena e espiritual, cada qual com uma missão a cumprir, esteja no monarca a preparação da vida e organização terrena, seja no papa a preparação espiritual na humanidade, e estas não estão subordinadas uma na outra. Para Alighieri, o monarca que ele apregoa retira sua autoridade embora temporal, de uma fonte espiritual, porque essa é uma lei que todos devem reconhecer que depende de forças espirituais divinas. Segundo essa lei, o monarca é inspirado a governar sob o influxo da divindade.
O autor apresenta um capítulo de conclusão e de reafirmação, deixando claro todos os seus embasamentos em princípios religiosos, tanto para comparar quanto para exemplificar. Vale ressaltar a insistência e persuasão de Alighieri no discorrer dos seus argumentos para o leitor, utilizando técnica de repetição de frases, por exemplo. O tempo todo utilizasse trechos bíblicos para tal justificativa e importante destacar a aplicação do filosofo grego Aristóteles do autor, um ponto consistente do contexto histórico de renascimento (entre século XV e XVI). Dante não desacredita ou questiona o poder e a importância da Igreja como instituição, porém demostra como a dissociação dela do meio político se faz necessária. Com tal pensamento utópico, colaborou com a filosofia política da época, expondo os primeiros princípios de laicidade – separação do Estado a Igreja -, contribuindo no ponto da construção de Estados modernos.
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Referências Bibliográficas
ALIGHIERI, Dante. Monarquia. Lisboa: Guimarães Editores, 1984. 75 p. Tradução de Carlos E. de Savoral.
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