RESENHA DO LIVRO HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO PIAUIENSE
Por: Evandro.2016 • 14/12/2018 • 2.197 Palavras (9 Páginas) • 366 Visualizações
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O capitulo quatro, fala brevemente sobre a participação dos representantes do Piauí nas cortes de Lisboa, afim de participarem da feitura da primeira carta Magna para Portugal e seus domínios. O principal representante da capitania piauiense, foi Pe. Domingos da Conceição que tentava de todo modo defender a educação e os mestres piauienses, denunciando tanto a falta de escolas como o mal salário pago aos professores. Outro representante importante foi o deputado Dr. Miguel Borges, que não escondia a realidade da educação piauiense. Porém, a constituinte estava mais preocupada com debates relacionados a política do que sobre a educação, não ouvindo as reivindicações dos representantes.
O capitulo cinco começa tratando sobre as conturbações frequentes no período que sucede a independência do Brasil. Foi no Brasil Império que se estabeleceu a constituição de 1824, na qual solicitava a educação gratuita e para todos, e a criação de colégios e universidades. No Piauí não houveram muitas melhorias. O governador da capitania manteve as cadeiras de latim de Oeiras e de Parnaíba, e foram criadas outras escolas de primeiras letras em outras regiões, no entanto, o desempenho dessas escolas não obtiveram sucesso, uma vez que a população urbana e rural era pequena e dispersa. Houve a lei Imperial de 15 de outubro de 1827 deveria implantar escolas elementares em todas as cidades, com um novo currículo educacional dividido por gênero, na qual meninos aprenderiam a ler, escrever, as quatro operações da aritmética, decimais, noções gerais da gramática, entre outros, e as meninas aprenderiam o mesmo com acréscimo de aulas de prenda doméstica. O cargo de professor era sempre incerto, pois não havia pessoas qualificadas para o cargo e quando tinha acabavam abandonando a cátedra por falta de pagamento. Mesmo com leis que se destinavam a melhoria da educação, o processo de educação ainda permaneceu precário.
O capitulo seis cita a introdução do método Lancaster de ensino, que consistia em os alunos mais avançadas ensinarem outros alunos a aprenderem. Este método não obteve sucesso no Piauí, uma vez que não havia mestres locais preparados para a aplicação do método.
O capitulo sete explana sobre as iniciativas educacionais do poder público, como a criação de quatro importantes educandários. O quadro educacional do Piauí, até 1854, já havia se modificado bastante, ora aumentando, ora diminuindo o número de escolas primarias. Algumas dessas iniciativas foi a criação do Liceu Provincial que era um estabelecimento de educação secundaria que agregava sete cadeiras: latim, francês, inglês, geometria, aritmética, geografia, retorica e poética, e filosofia racional e moral. O curso deveria durar três anos. O Liceu não possuía um prédio próprio e as aulas eram ministradas nas casas dos mestres. Em 1852, o Liceu é transferido para Teresina com novas acomodações. Contudo, acabou sendo extinto em 1861 por não possuir uma grande frequência de alunos e em alguns anos, em 1867, é novamente restaurado pelo governador Luna Freire. O colégio de Educando Artífices também foi uma das iniciativas que teve um estabelecimento conturbado, o colégio tinha o objetivo de abrigar órfãos e meninos pobres para instrui-los ao ensino elementar e profissional, com diversos cursos. Funcionava em regime de internato e garantia alimentação, vestimentas e saúde. O educando foi transferido para Teresina em 1852. Existiu, também, a escola normal do Piauí, que tinha como objetivo formar mestres para ensinar as primeiras letras nos colégios públicos que não tinha mão de obra especializada. Mas acabou sendo extinta e depois é reinstalada em 1882, com apenas dois anos de duração para ambos os sexos e um novo currículo. A primeira tentativa de implantação educacional agrícola no Piauí deu-se pelo estabelecimento Rural de São Pedro D’Alcântara, que tinha como objetivo acolher ingênuos e libertos menores, oferecendo-lhes educação física, moral, religiosa, entre outras.
O capítulo oito menciona sobre as iniciativas particulares no Piauí imperial, com o péssimo desempenho do ensino público no Piauí, cabia as famílias mandar seus filhos para outras Províncias para que obtivessem educação apropriada ou coloca-los em colégios particulares. Uma dessas iniciativas foi a Escola Boa Esperança fundada pelo Pe. Marcos Araújo Costa, que era de ensino primário e secundário. Houveram outras iniciativas particulares estimuladas pelo governo da província e também organizadas pelo padre Francisco Domingos de Freitas, na Fazenda Peripery, que fundou uma escola primaria e um curso de Latim.
O capitulo nove é referente a Primeira República que foi o momento em que a educação era considerada ferramenta modernizadora, foi um período marcado por diversas reformas no ensino. Nas primeiras décadas do século XX, o Piauí ficou marcado pela preocupação com a educação elitista, cívica e patriótica do indivíduo. Poucas foram as mudanças em relação a educação na passagem do império para a República. Ocorreram mudanças constituintes na qual asseguravam-se os princípios da liberdade e laicidade do ensino bem como a responsabilidade de manutenção da rede escolar e sua ampliação que ficariam a dever dos estados e municípios. As principais reformas da primeira republica aconteceram nos governos de Gregório Taumaturgo que tentou normatizar a educação proclamando a obrigatoriedade do ensino e delegando a responsabilidade aos municípios na condução da educação primaria; Dr. Joaquim Nogueira que estabeleceu um novo regulamento para a instrução publica que classificou as escolas em: elementares, complementares e superiores, elaborou currículos diferenciados para cada categoria de ensino, proibiu castigos físicos, assegurou liberdade ao ensino partícula entre outros; Anísio Auto de Abreu instituiu a obrigatoriedade da frequência escolar das crianças de 7 a 14 anos do sexo masculino e sem limite de idade às do sexo feminino, financiou as escolas particulares de ensino primário e secundários nos municípios onde não existiam escolas públicas; Antonio Freire passou a responsabilidade da inspeção do ensino para ser exercida pela Secretaria de Estado, estabeleceu os princípios gerais para o desempenho do ensino público no Estado como a liberdade, laicidade e gratuidade, valorizava a educação Moral e Cívica como conteúdo curricular. O ensino Primário apresentava maior deficiência e precariedade uma vez que as escolas funcionavam nas residências dos professores e seus salários eram baixos. Mesmo com as reformas do governo de Antonio Freire que dividiu o ensino primário em foi níveis: elementar e complementar, e o aumento do currículo para as escolas primarias, não havia
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