Por que ensinar história nos anos iniciais?

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Buscava-se nesse período reconhecer o papel de cada grupo social na constituição da nacionalidade.Assim, na década de 1860, os manuais educacionais da época dão espaço para estudar nação, e as pessoas que povos que fizeram parte de sua constituição. Os Epítomes, como eram chamados esses manuais, sintetizavam o conteúdo para as escolas primárias e por isso precisavam de aprovação das autoridades que os faziam circular pelo império para que se registrassem apenas os fatos mais importantes na história do Brasil. Assim, os epítomes eram narrados de maneira cronológica, contendo apenas os fatos mais importantes da história do Brasil. Parte desses manuais faziam entender que a história narrada no livro era a reconstrução fiel de fatos passados do povo ao qual o aluno fazia parte.

Com os novos fatos ocorridos no cenário político e das lutas em favor da República, surge uma nova preocupação quanto a maneira que esses fatos deveriam ser registrados e passados para os alunos nas escolas. O registro e a sistematização dos anos iniciais da república, bem como o fim da Monarquia. Há uma preocupação para que a escrita como homogenizador mediante as crises do sistema monárquico, é o que faz o registro da historia escolar no final de século XIX. Preocupava-se em reafirmar esse caráter patriótico afim de ser modelo paras as futuras gerações.

Com a chegada da república, surge dificuldade em redefinir conceitos como pátria, liberdade, cidadão e nacionalidade que já haviam sido definidos, mas com o novo sistema socioeconômico sofreram mudanças, pois a história está em movimento constante e com ela, tudo se modifica sob influência dos fatos ocorridos. O passado deveria ser visto como glorioso, mas alguns valores, como o de nacionalidade, por exemplo, percorreriam outros norteadores. Nesse período surge também a preocupação com o registro da história de pessoas que fizeram parte da história do Brasil e que haviam sido negligenciados pela monarquia.