O SAL DA TERRA

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transformadas em um parque nacional, devolvidas a natureza. Esse projeto, o primeiro, chamado de “Instituto Terra”, abriu o caminho para as possibilidades de recuperação de áreas devastadas, desmatadas, e sem água.

O enfoque do fotógrafo mudou, sua principal preocupação, hoje engajado na construção de uma sociedade mais justa, o faz relembrar de Serra Pelada, onde ficou registrado, a degradação do meio ambiente em meio a procura do ouro, levando homens há uma escravidão moderna, enriquecer a qualquer custo, mesmo que seja destruindo o meio em que vive, sem nenhuma responsabilidade por suas ações. Esse documentário de Serra Pelada revela um cenário de sonhos, trabalho, escravidão, violência, mortes, dentro do território brasileiro.

As contradições que o próprio homem impõe a sua própria sociedade, em lutas intermináveis, por poder e riqueza, traduz a sua existência, não a sua essência. E, é esse sentimento que movimenta os pensamentos e atitudes dos que abraçam a luta em favor do meio ambiente e do ser humano. O trabalho de décadas, voltados para a imagem, traduzida em preto e branco, em sua especificidade e intensidade moral e ética, são substituídos, em parte, por uma nova metodologia de defesa, não basta apenas as imagens, Sebastião associa seu trabalho a defesa do meio ambiente e do ser humano.

A História das civilizações, demonstra a violência imputada aos mais fracos, a violência física ou explícita de demonstração da dominação cultural, de um povo sobre o outro. Os processos históricos envolvem interesses econômicos e políticos, protagonizados pelas grandes corporações com uma dinâmica e estratégias politicas integradas a níveis, nacional e internacional, desorganizando as economias locais, possibilitando a permanências do poder politico regional com interesses ditatoriais, econômicos e políticos de grandes Nações. A partir da primeira Revolução Industrial(XVIII) com a queima do carvão, e logo depois com a segunda Revolução Industrial (XIX), veio o petróleo. A indústria petroquímica se tornou, em grande escala, a grande responsável pela poluição do meio ambiente, através do lançamento de seus elementos químicos pelo ar e pela água, e a partir da segunda guerra mundial, com a sintetização do petróleo e a fabricação de polímeros, utilizados na fabricação de sacolas plásticas, que são lançadas na natureza, e levam muito tempo para degradar no meio ambiente. A utilização de agrotóxicos em todas as grandes plantações, a derrubada das matas para a criação de gado, e na utilização de enormes áreas de plantio, para os agronegócios, e por fim a modificação do DNA das plantas para se tornarem mais resistentes as pragas, todos esses problemas estão associados a industrialização e ao aumento do consumo, em todas as classes da sociedade, e o avanço do capitalismo e da tecnologia.. (Aula 10, p. 101-104).

A ação e conscientização de vários ambientalistas nos últimos anos, vem possibilitando uma possível defesa de nosso planeta, através da assinatura de vários tratados de diminuição de gases poluentes, da degradação do meio ambiente, da preservação da água potável no muno, do desmatamento, mas, nem todos adotam essas medidas, e recusam-se a assinar os tratados, de preservação do meio ambiente. Há muito o que fazer ainda, o caminho é longo e nem um pouco colorido, assim como as fotos de Sebastião Salgado, e é possível mudar a nossa realidade com atitudes positivas, sem esperar pelo poder público, transformando o meio em que vivemos, num cenário melhor. Há muitas críticas em relação a posição de Sebastião Salgado e a bandeira que levantou para a defesa e reconstrução de áreas inóspitas, áridas, destruídas por desmatamentos, sua experiência no Instituto Terra, o levou a mudar sua perspectiva, associando seu importante trabalho na defesa, do que ele acredita, fazer parte do ser humano, a natureza.

BIBLIOGRAFIA:

DOCUMENTÁRIO “O SAL DA TERRA” ilustra a trajetória de Sebastião Salgado