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O RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II

Por:   •  28/11/2018  •  8.178 Palavras (33 Páginas)  •  268 Visualizações

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É preciso entender, portanto, que o estágio é, acima de tudo, um momento de aprendizagens em que o estagiário aprende e ensina ao mesmo tempo: aprende com os erros, com os acertos, com os ricos conhecimentos trazidos também pelos alunos, etc. Nesse contexto, “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (PAULO FREIRE, 1998, p. 25). O estágio é, verdadeiramente, o momento de aprender a ensinar e a ter responsabilidade enquanto profissional. E o estudante deve encará-lo como uma janela da qual se pode enxergar a realidade que o espera e fazer da sala de aula o laboratório de preparação para o seu futuro como educador.

Assim, As informações inerentes ao estágio serão apresentadas na seguinte ordem estrutural; desenvolvimento, enfatizando de que forma e como aconteceram as primeiras interações com a turma e regência, com a abordagem das experiências e atividades vivenciadas nesta fase; além da abordagem teórica feita de modo simultâneo, subsidiada por alguns dos grandes expoentes da educação e, por fim, as considerações finais acerca de todo o estágio desenvolvido.

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INSTITUIÇÃO CEDENTE

A escola Oscar Cordeiro fica localizada no centro, na Rua Luiz Viana, nº 860, Alagoinhas- BA, funciona nos turnos matutino e vespertino, nas séries do 6º ao 9º ano, tem apoio pedagógico, atuantes nos ACs, participa do programa mais educação, possui planos de recuperação e conselho de classe. A escola parece mal estruturada, necessitando de reformas, pois é possível encontrar rachaduras enormes no teto e algumas infiltrações. Salas pequenas e mesmo com as janelas são quentes, pois os raios solares penetram na sala, por meio das janelas de vidros que não possuem cortinas. A escola é razoavelmente pequena, não possui biblioteca, a sala dos professores é muito pequena, possui uma sala da direção, uma da coordenação e secretária, banheiro para professores e dois para alunos, um feminino e outro masculino, possui uma quadra poliesportiva, possui um pequeno pátio no qual funciona uma cantina. Em uma conversa com a diretora da escola, foi apontado que a escola encontra-se em processo de transição para o município e por esse motivo tem estado em uma espécie de “limbo”, no qual apenas os recursos básicos são remanejados para a instituição. Apesar dos desafios encontrados no espaço físico e burocrático da escola, esta, tem sido bastante acolhedora aos estagiários e é percebido o empenho da gestão e dos professores em garantir um ensino de qualidade ao alunado, que na sua grande maioria são das zonas periféricas. Tendo como diretora, Mirella Rodrigues e Professora regente, Célia Sobrinho.

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DESENVOLVIMENTO

O Estágio nos cursos de Licenciatura é uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – n° 9394/96. Ele é um instrumento necessário e fundamental à formação docente, pois é nesse momento que o licenciando tem um contado direto com a prática do ensino, tendo a oportunidade e aliar teoria à prática para o enriquecimento da sua formação profissional. E foi justamente na fase de regência que percebi a importância dessa aliança entre teoria e prática. É nessa fase, também, que o estagiário se descobre enquanto educador. É exatamente no momento de lidar com a prática que o ser educador desabrocha no estudante de licenciatura, e essa é a hora de o mesmo certificar-se de que a docência é realmente a sua vocação. Porque ser educador é mais do que ter uma profissão. Ser educador é ter a vocação para construir no outrem um cidadão sabedor das suas responsabilidades enquanto ser social. Ser educador é contribuir para formar caráter; personalidade; consciência política, social, ambiental...; é formar verdadeiros cidadãos. Afinal, como já dizia Rubens Alves:

Educadores, onde estarão? Em que covas terão se escondido? Professores há aos milhares. Mas professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança. (RUBEM ALVES, 1980, p. 11).

A hora de experimentar a prática docente, enfim, tinha chegado. Obviamente já tinha atuado como professora (estágio), no entanto, nunca trabalhado com Ensino Fundamental. Depois de conversar com a professora regente sobre os assuntos que ela já havia trabalhado no decurso da unidade, chegamos a um consenso acerca dos assuntos a serem trabalhados na Iª unidade, depois de consultar o livro didático.

Decidimos, então, que iniciaria à Iº unidade com o assunto “O processo de colonização da América Portuguesa e a resistência indígena” revisando conceitos e desconstruindo resquícios de uma história europeizada, a exemplo, o não processo de descoberta e sim um processo de conquista e genocídio indígena, praticado pelos portugueses. Ainda, foi revisado “A dominação europeia, a luta e a resistência dos africanos no Brasil”, focalizando em uma História da África, que em outros tempos era colocada em segundo plano e/ou totalmente excluída da história do Brasil, esse foi o primeiro assunto da unidade, abordado pela professora regente, mas segundo ela era necessário que retomasse. Por fim, “A corrida do Ouro”. Esses foram, portanto, os principais conteúdos trabalhados na Iª unidade.

Elaborei planos de aulas com duração de 100 minutos (2 aulas) e por vezes planos semanais, para 3 aulas, dependendo dos assuntos a serem trabalhados – vide planos de aulas 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07, 08 e 09 nos respectivos anexos: A, B, C, D, E, F, G, H e I –, e sempre procurando fazer uma ponte entre os conteúdos. Faz-se necessário lembrar, porém, que nem sempre um plano de aula era cumprido totalmente durante as aulas e/ou semana, em virtude, muitas vezes, de contratempos como liberação da turma para participar de outras atividades; feriados; paralisações; etc. Esses foram, portanto, alguns contratempos que interrompiam a sequência dos planos de aulas. Ainda assim, foi possível trabalhar todos os assuntos citados no plano de unidade (apêndice J) , durante a Iª unidade.

Acredita-se que um bom profissional, seja qual for a área, deve entender e conhecer a fundo seu objeto de trabalho. Na educação não é diferente, antes de tudo somos profissionais, lidamos com pessoas em fase adolescente, conhecida como a mais complicada da vida, cada um com sua particularidade. O professor não deve ser uma espécie de “super man” ora,

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