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O Governo de Getúlio Vargas

Por:   •  3/12/2018  •  1.178 Palavras (5 Páginas)  •  307 Visualizações

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O Estado Novo (1937-1945) representou, naquela época, o momento de mais forte centralismo político e intervencionismo estatal. Vargas ordenou o fechamento do Congresso Nacional e outorgou uma nova Constituição (a Polaca), pondo fim ao federalismo. Entre as realizações administrativas desse terceiro governo de Vargas, estavam: a criação do DASP, um departamento que exerceria maior controle sobre o serviço público, a criação do DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda), encarregado de censurar os meios de comunicação e enaltecer as ações do governo e a imagem do próprio presidente (agora conhecido como “o pai dos pobres” pelos programas de rádio de todo país). Percebe-se claramente, que essas medidas tinham o objetivo de dar continuidade ao populismo, na qual ele, enquanto líder carismático, tinha satisfeito lá atrás os grupos sociais de menor poder aquisitivo na adoção de leis trabalhistas, entre outros benefícios, dentro dos limites estabelecidos pela burguesia. Agora ele podia contar, de certa forma, com o apoio das massas.

No plano econômico foi intensificado o nacionalismo econômico, dando prosseguimento a industrialização ao invés de importações. Foram fundadas diversas empresas estatais fundamentais para o desenvolvimento e expansão da atividade industrial, principalmente de bens duráveis, entre elas a Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. Outros órgãos como o IBGE, o Conselho Nacional de Petróleo, etc, também foram fundados para auxiliar o governo no alcance de seus projetos.

Em 1939 eclodiu a Segunda Guerra Mundial. O Governo Vargas se mostrou indeciso em relação ao lado que apoiaria. A transferência de empréstimos vinda dos EUA, para investimentos na indústria brasileira fez com que Vargas manifestasse sua posição favorável ao grupo dos Aliados, além do mais a opinião pública já se consolidava contra o nazifascimo da Alemanha e Itália (Eixo). Em 1942 a FEB (força expedicionária brasileira) foi enviada a Itália para combater o totalitarismo, o que para os brasileiros mostrou-se uma grande incoerência, pois uma ditadura estava combatendo outra em nome de uma democracia que não existia por aqui. A vitória dos Aliados e consequente queda do Eixo e da ditadura europeia, refletiram na crise do Estado Novo brasileiro.

Vargas percebeu que a redemocratização era inevitável e estrategicamente permitiu o retorno dos partidos políticos. Ele já estava articulando a possibilidade de sua permanência, por meio do estimulo as massas. Marcou as eleições num período curto, para que não houvesse organização da oposição. Ao passo que propunha essa abertura, incentivava o movimento queremista com o lema “Queremos Getúlio!”, que utilizava discursos trabalhistas, exaltando a CLT (criada recentemente no seu governo).

Entretanto, a alta cúpula militar, liderada por Eurico Gaspar Dutra, promoveu um golpe e depuseram Vargas, garantindo a realização de eleições sem a sua presença.

Vargas voltaria ao poder em 1951, retomando sua política trabalhista e nacionalista. Seu governo investiu pesado no sistema de energia, transportes, de portos, na fundação do BNDE (Bando Nacional de Desenvolvimento Econômico) e da Petrobrás. Nesse período a inflação estava alta e as pressões contra suas diretrizes administrativas também. Em agosto de 1954, Getúlio suicidou-se, encerrando sua carreira na história do Brasil.

REFERÊNCIAS

VICENTINO, Cláudio; GIANPAOLO, Dorigo. História do Brasil. 3 ed.- São Paulo: Scipione, 1997.

COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. Vol 3 – São Paulo: Saraiva, 2010

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