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O Egito dos faraós é a mais longa experiência humana

Por:   •  15/11/2018  •  3.256 Palavras (14 Páginas)  •  241 Visualizações

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pesca e também pela caça realizado no deserto e nos pântanos, havia também a coleta do papiro em pântanos e de madeira de má ou média qualidade, como sicômoros, acácias, palmeiras, etc.

A atividade artesanal baseava-se na fabricação de tijolos e de vasilhames com barro recolhidos após a inundação do Nilo; fabricação do pão e de cerveja com cereais; produção de vinho de uva e tâmaras; fiação e tecelagem do linho; etc.

Os egípcios dispunham sob sua jurisdição terras ricas em pedras duras, semipreciosas (turquesa) e metais (ouro, cobre e chumbo), as quais eram utilizadas para os mais diversos fins. A madeira de boa qualidade bem como a prata, o estanho, a cerâmica de luxo, o lápis-lazúli e outros artigos eram importados de povos vizinhos.

O artesanato egípcio se organizava em dois níveis, o primeiro ocorria nas propriedades rurais e nas aldeias, na qual eram produzidos tecidos grosseiros, vasilhas utilitárias, tijolos, artigos de couro, produtos alimentícios, etc. Já o artesanato de luxo, concentravam-se em oficinas mais importantes, sendo propriedade dos templos ou do rei. A mineração e as pedreiras assim como as grandes construções e as obras públicas também eram de responsabilidade do faraó.

Os registos apontam que no Reino Antigo, o comércio local assim como o trabalho, eram pagos in natura. Já as transações maiores e para o imposto, havia um padrão de pesos de metal (shat, deben). O comércio entres as diferentes regiões egípcias, eram executados por funcionários reais. Isso indica que, de alguma forma, praticamente toda a vida econômica, passava pelo rei e seus funcionários ou pelos templos.

A afirmação de que o rei era o detentor exclusivo das terras do Egito, não é exata, já que, desde o Antigo Reino, os templos também possuíam terras, isentas de impostos e de trabalhos forçados ao governo, ainda haviam diversas propriedades nas mãos de altos funcionários da corte, algumas com caráter vitalício outras transmitidas hereditariamente, sua origem prende-se ao exercício de funções públicas e à necessidade de manter o culto funerário.

A mão-de-obra do antigo Egito eram os camponeses, maioria absoluta da população, estes viviam em aldeias, pagavam tributos ao Estado, por meio de produtos, animais ou até mesmo pela corveia ou trabalhos forçados. Sabe-se ainda que desde o III milênio estes camponeses se dividiam em equipes de cinco, por sua vez agrupadas em decúrias e centúrias, comandadas por capatazes.

Já a escravidão, teve sua importância na economia, principalmente nas pedreiras e nas minas, sendo que haviam também, exércitos formados por escravos e ainda escravos domésticos, já no Reino Novo, estes passaram a ser usados nas terras reais e nos templos. Porém, no Egito, a economia em nenhum momento foi “escravista” como a Grécia clássica e helenística e Roma dos fins da República e do Alto Império.

A hierarquia social egípcia, culminava no seu ápice, com a figura do rei, considerado um deus vivo, logo abaixo vinha a família real, os sacerdotes e altos funcionários e as grandes famílias provinciais. Logo em seguida vinham os números escribas e outros funcionários, sacerdotes de menor hierarquia, artesãos e artistas que estavam a serviço do rei, dos templos e da corte. Já a base, era formada pela população entre eles, a minoria escrava.

O Poder: Sinopse da História Faraónica

Os primeiros registos arqueológicos, do surgimento de núcleos populosos sãos os de Hietakômpolis, Koptos, Negada, Abydos, período entre 3600 a 3100 a. C., nesse período também ocorrem as primeiras construções hidráulicas bem como a formação dos nomos.

Baseados em fatos arqueológicos, constata-se que a cultura de Nagada II, tenha-se estendido sobre o Vale assim como sobre o Delta, processo ainda desconhecido em detalhes, contudo suponha-se que tenha ocorrido várias guerras, nas quais os nomos foram organizados, es dois reinos ou confederações, na qual o Delta tinha como deus dinástico Hórus e o Vale, Seth.

Sem dúvida, a unificação final tenha ocorrido no sentido sul-norte, supõem-se que Narmer, sucessor de “Escorpião”, tenha unificado o Delta e o Vale, já que identifica-se em sua paleta votiva, o uso da coroa branca e da coroa vermelha, simbolizando respectivamente o Vale e o Delta.

Tudo indica ter sido a fase do Dinástico Primitivo (2970-2575 a.C.), período no qual, aos poucos, foi-se construindo a organização política e fiscal, a qual se encontra bem definida no Reino Antigo. Nesse período também foi caracterizado pela fixação da escrita hieroglífica. Já no início da III dinastia, aperfeiçoou-se o método de trabalho em pedra, expandindo seu uso – antes restrito – nas construções. A capital das duas primeiras dinastias, foi Tinis.

As figuras mais conhecidas do Dinástico primitivo, são Djoser (III dinastia) e seu arquiteto e médico, Imhotep, mais tarde adorado como divindade. O conjunto funerário de Djoser, incluiu a pirâmide de degraus de Sakkara.

Foi no Reino Antigo (2575-2134 a.C.) o qual compreende as dinastias IV a VIII, a construção das três grandes pirâmides de Giza, perto de Mênfis, pelos faraós, Khufu, Khafra e Menkaura. Sem dúvida, na IV dinastia, o rei deus como encarnação de Hórus, conheceu o apogeu de seu poder absoluto. Já na V dinastia a concepção monárquica decaiu, coma a ascensão do culto do deus solar Ra, da cidade de Heliópolis, próxima a Mênfis.

No Primeiro Período Intermediário (2134-2040 a.C.) compreendido entre a IX e primeira parte da XI dinastia, o país encontrava-se descentralizado, nesse contextos, nômades asiáticos aproveitaram para invadir parte do Delta. Houve também, fome e desorganização econômica causada por insuficientes inundações.

Os nomos se organizam em dois reinos, um com sede em Herakleópolis e outro em Tebas. Os reis de Herakleópolis são vencidos pela XI dinastia tebana, que por volta de 2040 impôs uma nova monarquia unificada no Egito. Diversos textos afirmam a importância dada a obras de irrigação, imprescindíveis para a reestruturação econômica do país. Assim como o vale do Nilo, o delta também era desprovido de riquezas minerais e pedra para construção, sendo assim, os egípcios buscavam-nas na Núbia, no deserto oriental, no Sinai, através de expedições armadas itinerantes.

Foi durante o Reino Antigo, que o Egito conheceu o regime faraônico mais absolutista quanto as estruturas governamentais, na qual o faraó exercia a suprema autoridade religiosa, civil, militar e jurídica, sendo ainda adorado como um deus. Porem a complexidade da administração forçou os faraós a delegar representantes geralmente a sacerdotes e funcionários, que exercesses partes

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