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INDÍGENAS NA COLONIZAÇÃO DO BRASIL SOB OUTRAS PERSPECTIVAS ALÉM DAS APRESENTADAS EM LIVROS DIDÁTICOS

Por:   •  4/6/2018  •  1.709 Palavras (7 Páginas)  •  475 Visualizações

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de um nobre.

Mas também houveram alguns portugueses que viveram com os índios por vontade própria, diferente dos índios que foram levados, estes conseguindo algum respeito por serem de certa forma bons guerreiros, ou por possuirem técnicas que os índios desconheciam, resolviam viver por lá mesmo, muitas vezes se casando com a filha do chefe da tribo, e se tornando reconhecido pelos indígenas e pelos portugueses, segundo o livro didático analisado de Vainfas et al. (2010).

DESAVENÇA DE CULTURAS

Logo chegaram os católicos, com objetivo de tornar os índios cristãos. Desde o começo, os portugueses se sentiam superiores e inferiorizavam o modo de viver dos nativos, queriendo torná-los cristãos, impor-se como sendo o correto, sem o desejo de compreendê-los, foi o que aconteceu. Após conhecerem como eram tratados os escravos de guerra conquistados por batalhas entre tribos, os portugueses começaram repudiá-los. Por exemplo, onde já havia-se visto comerem carne humana? Isto, para os portugueses era inaceitável. Após isto, os indígenas passaram a serem vistos como brutos e selvagens.

Antes desta mudança de opinião, ambos conviviam pacificamente, os nativos negociavam pau-brasil com os portugueses em troca de ferramentas por eles desconhecidas, como espelhos e facas. Mas com as mudanças, associado a necessidade de os portugueses de conseguir escravos, iniciaram a exploração e caçada destes índios para obtenção de mão-de-obra.

COMO VIVIAM OS ÍNDIOS

Os nativos conhecido como Tupi da Ámerica portuguesa eram seres humanos que andavam nus, caçavam com arco e flechas, possuiam uma econômia somente de subsistência, homens faziam tarefas como caçar, guerrear, e as mulheres cuidavam de plantios, e das crianças, viviam em tribos, e idolatravam a natureza, sua religião, ou fé, vinha de seus antepassados, era a estes que eles rezavam. O principal objetivo era ser um forte guerreiro, sua maior obrigação era conquistar escravos de guerra que fossem fortes guerreiros, era necessario isto para poderem casar-se, os grandes guerreiros tinham várias esposas. Os prisioneiros de guerra eram usados em um ritual onde se acreditava conseguir a força do inimigo comendo sua carne, que era distribuida para a tribo.

Após a chegada dos portugueses, a vida simples dos nativos mudou. Eles foram induzidos a trocar pau-brasil, por especiarias e bugigangas que já foram citadas no texto; tinham que aprender o cristianismo; também houve o contágio de doenças trazidas pelos colonizadores que foram causadoras da morte em milhares de índios; houve a escravização e extermínio, principalmente daqueles que continuavam de rituais, que era comer carne humana. A escravidão dos indígenas começou quando os portugueses iniciaram o cultivo de cana de açucar, precisando de mão de obra, e a partir daí os índios começaram a serem chamados de negros da terra, que para os portugueses, era como diferenciá-los dos negros africanos, mas igualá-los como escravos.

ÍNDIOS E PORTUGUESES: ENCONTRO OU DESENCONTRO DE CULTURAS?

Na descoberta do Brasil, os portugueses pensaram que encontraram uma terra completamente nova. O que realmente aconteceu foi uma conquista, dominação e superiorização daqueles que invadiram estas terras, em momento algum os colonizadores sentiram interesse nos nativos da terra, via-se apenas o desejo de impôr-se sobre eles, ensiná-los o seu jeito correto de viver. Não vemos nenhum desejo de aprender, a bela cultura que conhece e respeita tanto a natureza, que cuida e preserva. Há apenas o desencontro, e o desrespeito entre estas diferenças.

INDÍGENAS NO LIVRO DIDÁTICO E SUA INFLUÊNCIA

Nesta pesquisa sobre os índios, procurei sua importância e tratamento nos livros didáticos. Encontrei a importância dos portugueses nesta história, a dominação denominada descoberta. Lá os índios são descritos de forma que apenas aparecem como um contratempo, em todo momento servindo de proveito para os superiores portugueses, nada que ensina sobre sua cultura ou mostre sua importância. Na verdade hoje vemos como o pensamento dos brasileiros é parecido com o dos portugueses da época, a dominação e a exploração está presente em nossas vidas até os dias atuais, a desvalorização da cultura, o destratamento ao aprender uma outra cultura, caracteristicas presentes em nós. Por outro lado, a forma de aceitar o que a terra tem a oferecer dos índios, ou nós cidadãos aceitarmos o que a sociedade tem a oferecer também não é muito diferente. Mas a terra oferecia bons frutos, e a sociedade atual nem tanto. A dominação está presente em nosso ensino, o aprendizado nem tanto.

ÍNDIOS NA ATUALIDADE

Hoje, no século XXI, os índios ainda vivem, em reservas garantidas por movimentos socio-culturais. Mas a sua luta continua, 500 anos, contra a dominação. Hoje é contra empresários que vêem oportunidades econômicas em sua região. As pessoas vêem os índios hoje como preguiçosos e bêbados, sem muita utilidade para a sociedade. Sociedade esta que se formou em cima de sua existência, ocultou-a.

Mas a colaboração deles no decorrer dos anos, está presente em nosso cotidiano, a mandioca foi cultivada por eles, diversos alimentos tradicionais brasileiros, foram ensinados pela culinária indígena, a sobrevivência em fazendas e em lugares distantes das capitais ainda usam a caça e rios para a própria sobrevivência. Coisas que precisa apenas de atenção para serem percebidas, pois estão presentes em nosso modo de viver. Reparando nisto, conseguimos ver que foram os portugueses que se adaptaram, graças ao ensino dos nativos, e que estes ensinamentos estão presentes, e continuarão presentes, pois fazem parte da identidade brasileira. Este povo não merece continuar sendo subjugado. Este povo que é a cara do Brasil, devem ser respeitados e ao invés de tentar ensiná-los coisas como informática, deveriamos aprender com eles, coisas como agricultura e preservação da natureza.

CONCLUSÃO

Um pensamento critico é obtido quando uma pessoa esta sujeita a escolher entre dois ou mais argumentos, formulando o seu próprio entendimento e opinião a partir disto. Apenas o livro não faz ninguém criticar, mas contrapor com o mesmo assunto visto

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