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Historia Cinema Brasileiro

Por:   •  21/1/2018  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  349 Visualizações

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As mães e as avós na resistência

Apesar da repressão, muitos grupos de resistência contra a ditadura argentina criou-se nesse período, a associação Madres de Plaza de Mayo (Mães da Praça de Maio), fundada em 1977. O movimento tinha como objetivo reunir mães de desaparecidos político que se manifestavam na Praça de Maio, em frente á Casa Rosada (palácio governamental), em Buenos Aires, com a missão de obter informações sobre o paradeiro das vitimas da repressão política.

Atualmente, além do movimento das Mães de Maio há também o das Avós da Praça de Maio que buscam informações sobre o desaparecimento de crianças durante a ditadura.

A agonia da ditadura

Em abril de 1982, a Argentina, sob o governo de Leopoldo Galtien, entrou em conflito com a Grã-Bretanha que ficou conhecido como Guerra das Malvinas. Durantes esse conflito, o regime criou, por meio de intensa propaganda nacionalista, um clima de unidade interna, conseguindo, assim, obter relativa trégua nas críticas que recebia.

Mesmo com isso a Argentina perdeu a guerra, e os militares passaram a ser questionados pela incapacidade de defender o país, e o governo Galtieri começou a ser muito contestado. O governo argentino ainda passava por uma das piores crises de sua história, com amplo endividamento externo, taxas de inflação e desemprego altas e capacidade produtiva reduzida.

No segundo semestre de 1982, diante da forte reação ao regime, foram realizadas eleições presidências para o ano seguinte. Em outubro de 1983, Raúl Alfonsín saiu vitorioso e, dois meses depois, tomou posse como presidente da república. A Argentina voltava a ter um presidente civil.

O processo de redemocratização da Argentina foi bastante conturbado. O novo governo começou uma ampla revisão do período militar, abrindo processos para investigar e julgar os responsáveis pela repressão política. Muitos setores militares reagiram á iniciativa de Alfonsín e comandaram rebeliões e tentativas de golpe. Porém, grupos de legalistas das Forças Armadas conseguiram contê-los e assegurar a permanência do governo civil.

Os seis anos de mandato de Alfonsín foram especialmente conturbados, e a Argentina sofre até hoje dificuldades financeiras provocadas pela má condução da economia pelos governantes militares.

Chile, um país democrático

Desde sua independência até alguns anos antes do golpe militar, em 1973, o Chile se manteve á margem da instabilidade política que atingia a América Latina, vivenciando um período marcado pelo crescimento do número de eleitores e pela ampliação da liberdade de atuação política

Durante o governo do democrata-cristão Eduardo Frei (1964-1970), os movimentos sociais no Chile ampliaram sua organização interna e sua participação política. A atuação das cooperativas camponesas e dos sindicatos de trabalhadores urbanos aumentou o apoio aos partidos de esquerda

No final de 1969, diversos partidos de esquerda se uniram em torno da candidatura de Salvador Allende para as eleições presidências que seriam realizadas no ano seguinte. Nascia, assim, a Unidade Popular (UP)

O sistema eleitoral chileno determinava que, se nenhum candidato tivesse a maioria dos votos no pleito direto, o nome mais votado deveria ser discutido e aprovado pelo Parlamento. Em 1970, Salvador Allende venceu a votação popular com apenas 1,4% a mais de votos do que o segundo colocado, o conservador Jorge Alessandri. A direita chilena tentou impedir a aprovação parlamentar da vitória socialista, mas não teve sucesso. A Democracia Cristã, terceira colocada na disputa, reagiu á iniciativa conservadora e endossou a eleição de Allende

A “via chilena”

Salvador Allende assumiu a presidência do Chile no final de 1970. Sua missão era explícito: fazer transformações profundas na sociedade e na economia chilena e fazer o país tomar rumo em direção ao socialismo.

O partido de Allende (Unidade Popular) queria adotar o socialismo por meios legais e institucionais esse estratégia foi chamada, na época, de “via chilena” e provocou interesse de pessoas e governos de varias partes do planeta.

As propostas de Allende

A principal estratégia do governo Allende para viabilizar a passagem ao socialismo era na transferência gradual dos meios de produção para o Estado.

Allende queria nacionalizar e estatizar mineradoras e parte significativa do setor financeiro. Ele defendia a reforma agrária e a ampliação da participação dos trabalhadores no gerenciamento das empresas. O governo também queria aumentar significativamente o número de empregos, aumentar os salários e diversificar as exportações e as parcerias comerciais, quebrando o quadro de subordinação ao capitão estrangeiro e, de forma mais específica, aos investimentos norte-americanos

Reações internas e externas

Os chilenos se dividiram diante do novo governo. Para alguns, ele tinha a chance de recuperar a sua condição de dependência em relação ao capital estrangeiro e um caminho para combater as desigualdades sociais no país. Já outros no entanto, achavam que o avanço dos segmentos populares colocariam em risco a estabilidade econômica e o equilíbrio politico chileno.

As pressões contra as reformas feitas pelo governo avançaram rapidamente. Os investimentos vindos do exterior foram diminuídos e a produção industrial entrou em queda. Houve crises nos transportes e nas comunicações que provocaram o desabastecimento de alimentos e bens de consumo imediato, gerando insatisfação e protestos da classe média. Com isso setores civis e militares começaram pensar em derrubar Allende. Pela primeira vez, as Forças Armadas do Chile, conhecidas por seu profissionalismo e pela distância aparente que tinham dos assuntos políticos, preparavam-se para uma intervenção militar no Estado.

Allende, convicto de sua opção pacífica e

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