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FICHAMENTO CASA GRANDE E SENZALA

Por:   •  17/4/2018  •  1.536 Palavras (7 Páginas)  •  377 Visualizações

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A unificação do território nacional se deu em via da língua e da religião. No Brasil não havia pureza de raças, uma vez que havia grande necessidade de ocupação territorial e colonização, se dando através da miscibilização, pois havia pouca gente no Brasil. Essa miscibilização pode ser confundida com sifilização, em termos de Brasil no período colonial, devido aos altos índices da doença no país com a chegada dos colonizadores. A facilidade de miscibilidade do colonizador português foi explicada por Gilberto Freyre pelo fato do povo português ser um povo indefinido entra a Europa e a África, posto que Portugal foi invadida e dominada por mouros. Essa indefinição gerou o hibridismo português, que contribuiu em larga escala para a adaptação e colonização portuguesa do Brasil.

Pode se dizer enfim, que o grande trunfo do colonizador português foi sua mobilidade, pois apesar das enormes dificuldades impostas, este conseguiu sobreviver, colonizar e unificar essa enorme colônia em condições adversas, coisa que muitos povos europeus não teriam condições de realizar.

Gilberto Freyre neste capítulo busca fazer uma análise dos fatores que promoveram a colonização portuguesa no Brasil. Ele desenvolve o capítulo expondo características do português que viabilizaram a colonização.

A organização econômica e civil da sociedade brasileira deu-se depois de um século de contato entre os portugueses e os trópicos. Foi no Brasil que se comprovou a aptidão portuguesa para a vida tropical, somadas a uma base agrícola, à escravidão, à estabilidade patriarcal da família e a união do português com a índia, fatos que se incorporaram à cultura econômica e social dos europeus.

A influência africana e moura veio, nos punhos portugueses, abrir caminho entre a floresta densa e terminou por misturar-se ao índio nativo, resultando num reinado europeu onde o governo era, antes de tudo, africano. O encontro dessas culturas tão diferentes alternava-se em equilíbrio e hostilidade.

A mobilidade e a miscigenação foram os principais segredos das vitórias portuguesas, pelas quais se explica o fato de um povo tão restrito em contingente ter se espalhado tanto e a tão grandes distâncias. A miscigenação, mais do que a mobilidade, foi o processo pelo qual os portugueses compensaram a deficiência em massa ou volume humano para colonizar em grande escala sobre áreas extensas.

Ao contrário de outros europeus, os portugueses tiveram grande sucesso ao colonizar o Brasil, pois se adaptaram de forma rápida e sem muita dificuldade em relação ao clima, solo e socialização com os nativos. Eles não encontraram dificuldade, pois as condições físicas e os nutrientes da nova terra eram semelhantes ao da terra pátria.

O fato da colonização particular promoveu a miscigenação entre os povos, a agricultura latifundiária, criando assim as grandes colônias agrícolas e com elas a Casa Grande. Fazendo do Brasil um grande exportador de produtos como o açúcar, o café, etc. Portanto, o povo português foi realmente o mais preparado para colonizar o Brasil, por já ter uma experiência com os povos africanos.

Para as necessidades de alimentação foram-se cultivando de norte a sul, porém, devido às pragas que atingiam as plantações os portugueses começaram a ter dificuldades, havia também a complexidade das descontinuações dos rios. “Tudo aqui era desequilíbrio. Grandes excessos e grandes deficiências, as da nova terra” (Freyre, p.77).

Entre o processo de miscigenação, ocorreu outro problema, a sífilis. Ela acabou sendo proliferada por conta da miscigenação que ocorreu no Brasil, com a chegada dos primeiros europeus. Essa doença deixou marcas grandiosas dentre a população da época colonial. Além de a má nutrição matar muitas pessoas, a sífilis surgiu também como forma de exterminação das pessoas. O que disseminava com facilidade dentro das senzalas era justamente a sífilis, e não permanecia apenas entre os escravos, mas também entre os brancos que mantinham relações sexuais com as negras.

Em suma, Freyre quis concluir que através do levantamento histórico, cultural, entre outros do período colonial, foi possível ter um entendimento da construção do Brasil como nação, e que este se deu por bases de antagonismos, e é nessa perspectiva que o primeiro capítulo de Casa-Grande e Senzala é retratado.

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