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Elizabeth I: A cultura que fomenta a glória da Inglaterra Moderna

Por:   •  16/9/2018  •  3.334 Palavras (14 Páginas)  •  238 Visualizações

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CHASTENET afirmava que a era elisabetana foi um lance para o desenvolvimento, já que os antecessores do reinado não fizeram outra coisa ao não ser obter da luxuria e da ganância. Com o país praticamente com os cofres vazios, Elizabeth I sobre ao trono sem experiência alguma de política, precisava tomar atitudes para reanimar seu reino que contou com a grande ajuda de seu principal conselheiro William Cecil. Além das conspirações, várias críticas sobre seu reinado e por ela ser mulher e reinar sem um rei a cercavam e a pressionavam ainda mais. Sempre foi adoradora das artes, Antiguidade e até se arriscava em alguns sonetos, decidiu incentivar a cultura e a educação. Lembrando que a Inglaterra era um país muito atrasado em relação aos outros, até que um investidor decide financiar o início de atividades industriais no país. A cultura muda os costumes da sociedade, que eram conhecidos por serem violentos, começaram a serem admiradores das diversas atividades artísticas, mostrando uma mudança no cotidiano o que modificou a visão de mundo deles. “O que inspira acima de tudo os escritores elisabetanos é o homem, com as suas grandezas, é o espetáculo da natureza suas magnificências e das suas singularidades, é o fervilhar da vida e os caprichos do sonho” (CHASTENET, 1973, p. 224). A partir daí, várias manifestações artísticas e científicas começaram a surgir, mais nem todas tiveram a devida atenção. Dois artistas que contribuíram com a motivação cultural foram William Shakespeare e Christopher Marlowe, que deram identidade para a política, economia e a sociedade, onde expressava em suas peças o cotidiano de um reinado de várias perspectivas, tornando-as um meio de comunicação. O teatro teve grande relevância na economia da Inglaterra, que tornou Londres o centro das oportunidades e o maior centro cultural da Europa, mas só decaiam um pouco devido a peste, pois no período de contaminação evitavam-se aglomeração, e o teatro era alvo principal, já que as pessoas ficavam de pé em frente ao palco assistindo e os nobres em um tipo de mezzanino, o perigo de contágio era extremo, e só poderia ser reaberto mediante permissão da rainha.

MOURTHÉ não foge muito do que Chastenet relata apenas acrescenta alguns detalhes. Elizabeth I dava apoio para que a cultura de seu país crescesse, até bancava alguns teatros para manter o contato da cultura com o seu povo. “Sua política inteligente também atribuiu para a deslumbrante produção literária que ilumina a vida cultural a partir de 1580” (MOURTHÉ, 2006, p. 45), querendo dizer que suas habilidades políticas, que adquiriu com o tempo, fez com que o momento da renascença inglesa aflorasse. A rainha lia muito a cultura grega, e gostaria que a do seu país fosse memorável como o da época. Depois de investir no teatro até montou sua própria trupe, The Queen’s Man. O que até foi possível, pois séculos mais tarde, a Inglaterra tornou-se potência temida por muitos, e as raízes desta glória veio dos tempos de Elizabeth, que se importava com seu país em todos os sentidos – econômicos sociais e culturais -. Outro detalhe de Elizabeth, não dos menos importantes, porém, que dará um sentido melhor ao contexto do autor, era que gostava de ser bajulada em todos os termos, e todos em sua volta tentavam fazer de tudo para conseguir um sorriso de satisfação de seu rosto, como Shakespeare, que estava montando a peça Noite de reis, para agradar sua Majestade. Mas um pequeno detalhe, Elizabeth adorava o talento de Shakespeare, o que pode ter tornado ainda mais popular segundo o autor. MOURTHÉ também mencionava o público elisabetano de forma bem lúdica, de modo que, o teatro acabou se tornando uma rotina na vida dos londrinos, e que as peças deveriam ser apresentadas de dia devido a claridade e também pelo fato de que as ruas de Londres a noite não eram muito seguras. Porém, não deixavam de comparecer, e haviam vários teatros nas proximidades, então as peças tinham que estar sendo sempre atualizadas. Outro caso que CHASTENET também menciona, é o caso da peste, que no período de grande contaminação os teatros eram fechados e só eram reabertos após autorização da rainha.

BUSH acreditava que por Elizabeth ter sido criada fora da corte de um modo simples entenderia melhor os anseios de seu povo “que seu trono estava na mão de Deus, e se considerava uma mulher diferente das outras” (BUSH, 1988, p. 26), visionando assim, modos de integrar a sociedade em um mesmo local, mas não o tornando iguais, mas sim, privilegiando os menos favorecidos a cultura de requinte. Com isso, motivar a sociedade a serem mais cultos levando-os para o teatro e fazendo com que eles vivessem as várias realidades que pertenciam ao país. O autor também revela a próxima relação de carinho e simpatia que tinha com seu povo, mostrando-se sempre piedosa e compreensiva com o povo. Também afirma, assim como os outros autores, que ela bancou o teatro em seu início para deslanchá-lo para o digno desenvolvimento.

FARIA entendia que “a sua infância, adolescência e mocidade foram marcadas por temores, perseguições e injustiças que largamente justificam os assomos furiosos da sua cólera, as suas desconfianças e os atos de valentia com que se defendeu, mais, tarde, de perigos reais ou imaginários” (FARIA, 1956. Pp. 57-58) tornando um pouco receosa em relação às outras pessoas, mas sempre amável. E que as movimentações artísticas a inspiravam, motivavam, principalmente com a Espanha prestes a atacar. Então, incentivar os movimentos artísticos era um modo de fugir dessas pressões e realizar vários festejos. O autor também retrata em uma passagem uma visão um pouco controversa do que as outras, que na verdade quem controlava o reino era William Cecil, o barão de Burghley, principalmente em época de pestes, onde o prazer dele era fechar os teatros e liberar só depois da alta temporada.

SHAPIRO mostram a perspectiva do tempo a partir de Shakespeare, e o colocam e uma posição importante para o desenvolvimento da cultura junto, é claro, Marlowe e Jonson que foram os autores mais cobiçados do teatro elisabetano. Marlowe tinha noções raras sobre o seu tempo, e suas peças foram de grande importância para o desenvolvimento do teatro elisabetano, pois quando Marlowe escrevia e publicava suas peças, o público ainda mal conhecia Shakespeare, e depois que ele morreu todos os autores tentavam disputar um lugar nos lotados teatros. Elizabeth fazia questão de ir nas peças de teatro populares, de interagir com seu povo, mostrá-los que sua rainha estava lá junto deles como igual, até em peças proibidas ela chegou assistir disfarçada, o que mais uma prova da adoração dela pelos movimentos artísticos. Mas as importâncias deles não foram somente artísticas,

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