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Economia e Sociedade na Grécia Antiga

Por:   •  13/10/2018  •  1.740 Palavras (7 Páginas)  •  405 Visualizações

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O texto destaca também que ao adicionar ao mundo grego o que chamamos de valores econômicos, percebemos a grande importância que se tem a agricultura em detrimento ao do trabalho manual, como o artesanato, visto que o primeiro pertencia ao homem digno, cidadão,

já o segundo pertencia aos escravos e aos estrangeiros, não considerados cidadãos, na organização social ateniense, a qual tomamos por base.

Continuando a leitura, alguns parágrafos a frente, fala-se sobre as guerras e a importância das mesmas no mundo grego. As guerras seriam para os gregos uma das formas mais comuns de adquirir serviços e bens e, dentro dos conceitos que conhecemos hoje,movimentavam a economia, já que eram essenciais para o abastecimento de escravos, considerados uma matéria-prima, que no caso eram os prisioneiros de guerra, dessa forma os vencidos sempre respeitando os direitos dos vencedores.

Outro ponto importante tocado no texto é a concepção de trabalho para o povo da Grécia durante a antiguidade, porque os gregos não viam o trabalho como ele é visto hoje, como algo importante, na qual os homens participam, numa grade de funções e isso é o determinante para a vida, para eles o trabalho não possuía nenhum valor positivo, era apenas algumas funções espalhadas sem nenhuma conexão entre si, o ócio era mais valorizados, porque apenas os ricos poderiam viver no ócio, e poderiam ir a ágora e discutir a vida na polis, e isso ajuda a entender porque a arte de cuidar da polis, a política possuía maior valor para os gregos.

Após falar sobre o trabalho, o capítulo entra no tópico da escravidão na Grécia, percebendo que o mesmo parecia, para os gregos, uma condição inerente à organização social. Os gregos conheciam a idéia de progresso, seria uma inverdade dizer que não, e sabiam que sua civilização progredia, porém a idéia de progresso desse povo era diferente da que temos hoje em dia, as técnicas de trabalho não evoluíam de certa forma, fazendo-se necessário um aumento de força de trabalho, o que justificava a presença dos escravos. Outro pensamento da época que reforça a idéia de importância da escravidão para os gregos era o de que, os que eram livres só poderiam ser livres se houvessem aqueles que não fossem, criando concomitantemente a idéia de cidadão e escravo, pessoa livre e pessoa objeto. Aristóteles, inclusive, dizia que a escravidão era algo natural, e que uns nasciam para serem senhores e outros para serem servos.

Após terem falado sobre história econômica grega e de como funcionavam as relações do que se poderia chamar de economia grega, Vidal Naquet e Austin, embarcam no tema sobre história social na Grécia Antiga, e sob uma mesma ótica relatam que os estudos sobre este tema deve também ser feito com cautela, porque conhecemos conceitos a partir do mundo moderno, os quais poderiam, da mesma forma que ocorre à história econômica, estar distantes

do contexto do mundo antigo, fazendo com que alguns estudiosos se encontrassem de frente a uma lacuna, quando os mesmos tentaram aplicar as idéias de luta de classes, definidas por Karl Marx em seu Manifesto Comunista, no mundo arcaico da Grécia, dizendo que dominados e dominantes se encontrar sempre dentro de um embate, mas essa definição se encaixa ao mundo grego? A resposta exige um pouco de pensamento, o próprio Aristóteles dizia que escravos eram da mesma forma que instrumentos, portanto destinados a obedecer, e com essa definição percebe-se que os mesmos não são encaixados na sociedade, não são considerados como uma classe social, é uma visão divergente da que possuímos hoje, e dessa forma não eram caracterizados como a “classe operaria”, fazendo com que a luta de classes fosse demonstrada de forma diferente no mundo grego, já que os mesmos não eram considerados umas classe social, os mesmos poderiam fazer serviços que o cidadão ateniense fazia, porém sem liberdade, eram propriamente, literalmente, um objeto, menos que um homem. A forma diferente em que a luta de classes se faz presente no mundo grego é a divergência entre cidadãos, a minoria proprietária de terras e a maioria sem posses, porém essa diferença não é suficiente para que haja um conflito, seria necessária uma integração política, e pelo fato de não terem acesso ao poder político, por muitos ficarem à margem das discussões civis, o conflito não chegaria as vias de fato.

Na história social da Grécia Antiga percebe-se também algumas clivagens, como por exemplo: a dominação do homem em detrimento da mulher, sendo essa excluída da cidadania ateniense assim como os escravos e estrangeiros, e também as clivagens relacionada a idade, em Esparta e Creta a idade era fundamental para a organização social, em que cada faixa etária possui sua função na cidade.

Os gregos, conforme lido no texto, não possuíam categorias econômicas, nem sociais, autônomas, tanto a história econômica quanto a social são ligadas e dependentes da política, e então não encontraremos autores desse período que tratem exclusivamente desse assunto.

Em suma, a idéia central do capítulo é fornecer àquele que lê, uma introdução de como foi feito o estudo econômico e social na Grécia Antiga, e fazer entender que não é simples estudar a sociedade e a economia grega dos tempos homérico ao socrático, porque a economia e a sociologia foram desenvolvidas mais de dois mil anos após este período, e todos os conceitos das mesmas são da era moderna, e ao encaixar estes conceitos

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