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EDUCAÇÃO NA GRÉCIA CLÁSSICA E SUAS INFLUÊNCIAS NO SÉCULO XXI.

Por:   •  15/4/2018  •  1.285 Palavras (6 Páginas)  •  275 Visualizações

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Sócrates foi o primeiro filósofo e pensar acerca da universalização e construção do pensamento crítico sobre si na sociedade, comparava a sua razão com a do mundo e até perceber se existia coerência lógica e elaborava até o seu esgotamento. Após ele, Platão e Aristóteles também assumiram grande importância na construção do pensamento filosófico, ampliando a forma de pensar sobre si e levando o que era elaborado para a vida social-política. Era preciso que todos soubessem de suas posições dentro da hierarquia social para que a estrutura pudesse permanecer existindo.

A história afirma que a Grécia foi dominada por Roma, porém as configurações culturais da Grécia - e mais precisamente de Atenas - assumiram a hegemonia sobre a cultura romana. Para além de outros aspectos, o “Grande Império da Antiguidade” adotou para si o alfabeto, a estrutura política democrática, o teatro e o formato educacional grego. A forte influência de Roma nas culturas Ocidentais podem ser sentidas até hoje: o modelo de educação classista instaurado na Grécia são observados nas escolas e Universidades do século XXI, assim como os objetivos de dominação das classes presentes nessas instituições.

Ainda hoje podemos observar a divisão educacional concebida como “democrática”: às pessoas pobres e periféricas cabe o aprendizado técnico, como eletricistas e domésticas; aos homens-guerreiros cabe o exército - o qual transmite uma masculinidade agressiva e violenta, e pouco voltada ao pensamento crítico -, enquanto às mulheres-reprodutoras cabe o serviço doméstico e da eterna espera pelo “seu homem”; e às classes pertencente às elites cabe o aprendizado intelectual-acadêmico para a manutenção do status ou elevação a este. Outro ponto importante que carregamos como herança é o desproporcional valor que recebe um/a pedagogo/a em comparação a/o doutor/a ou mestre da academia. As funções de alfabetização e de primeiros aprendizados da sociedade ainda são tratadas como subalternas quando em contraste com os saberes elitistas e não universalizados da academia. Neste ponto o saber intelectual está ainda bem distante da práxis direcionada às camadas populares da sociedade.

Por último, foi possível observar também neste estudo que a mesma estruturação engessada e tecnicista de aprendizado idealizada pelos sofista ainda perdura nos dias atuais. É angustiante perceber a existência de uma prática que só faz fortalecer a divisão de classes e o sistema de dominação patriarcal. É importante haver a abertura desse debate, levar da academia às escolas, dialogando com os movimentos sociais e toda a comunidade. Caso contrário, permaneceremos “construindo” discursos monotemáticos e sem elaboração de estratégias para a organização de uma reforma educacional, que tanto idolatramos nas falas vazias da educação elitista, enquanto ignoramos quem fala da posição de oprimido/a

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