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Cultura: Um conceito antropologico

Por:   •  27/12/2017  •  1.800 Palavras (8 Páginas)  •  536 Visualizações

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Parte

1. Acultura condiciona a visão do homem.

No capitulo inicial, o autor cita diversos exemplos de como o homem, em decorrência da cultura tem comportamentos diversos possuindo o mesmo aparato biológico, e que o homem enxerga o mundo através de sua cultura, e considera esta como a mais correta e natural. Tal tendência etnocêntrica que é responsável por diversos conflitos sociais. O autor tenta mostrar como a cultura atua no homem e o molda no convívio em sociedade.

2. A cultura Interfere no plano Biológico

O segundo capítulo explica a grande influencia da cultura em relação a questões biológicas mais complexas, muitas vezes determinante na saúde e sobrevivência de um povo, o autor cita o exemplo da apatia. Perda de referências culturais, crenças e saudades podem interferir no funcionamento de seu sistema biológico, muitas vezes levanto até a morte um individuo. Laraia também diz que a cultura também é capaz de provocar curas de doenças, reais ou imaginárias. Ocorrem quando existe a fé do enfermo na eficácia do remédio ou no poder dos agentes culturais.

3. Os indivíduos Participam diferentemente de sua cultura.

O autor começa por afirmar que o indivíduo tem interação limitada em sua cultura, e não é capaz de participar de todos os elementos de sua cultura. A idade, por sua vez, influencia na participação cultural do homem. Laraia deixa claro que cada pessoa tem um mínimo de participação em seu meio cultural, assim permitindo sua convivência com os demais membros de sua sociedade.

4. A cultura tem uma lógica própria.

Segundo Laraia, todo sistema cultural tem a sua própria lógica e não passa de um ato primário de etnocentrismo tentar transferir a lógica de um sistema para outro. Esta lógica, diz o autor que é mais comum é considerar lógico apenas o próprio sistema e atribuir aos demais um ato de irracionalismo. As explicações encontradas por membros de suas respectivas sociedades, portanto, são lógicas e encontram sua coerência dentro de seu próprio sistema. Conclui Laraia, entender a lógica de um sistema cultural depende da compreensão das categorias constituídas pelo mesmo. Assim, a compreensão do mundo em cada cultura é lógica.

5. A cultura é dinâmica.

Neste capitulo o autor diz que a cultura é dinâmica, ou seja, ocorrem mudanças ao decorrer do tempo, pois o homem tem a capacidade de modificar e questionar seus hábitos. Ocorrem dois tipos de mudanças, uma interna, esta é lenta e quase impercebível para o observador que não tenha suporte de bons dados diacrônicos. A segunda, por sua vez, pode ser mais rápida e brusca, através de um contato com outros sistemas culturais. Por fim, o autor fala que cada sistema cultural está sempre em mudança, e entender esta dinâmica é importante, para evitar problemas como o preconceito. Além disso, entender a cultura do outro.

Anexo 1: Uma experiência absurda.

O autor cita um artigo de Kroeber: “O superorgânico” e relatam duas experiências passadas, estas são utilizadas como exemplo de reflexão da natureza humana. A primeira experiência relata que um rei egípcio procurou saber qual seria a língua-mater da humanidade. Neste ponto o autor diz que não há nenhuma língua humana natural, ou orgânica. É uma coisa totalmente adquirida e não hereditária.

Anexo 2: A difusão da cultura

Laraia deixa claro que grande parte dos padrões culturais foi copiada de outros sistemas culturais, processo chamado de difusão, sem este processo não seria possível o desenvolvimento atual da humanidade.

Análise crítica

Nesta obra Laraia procura de forma acessível mostrar o conceito de cultura e suas variadas formas de se manifestar em diferentes povos. No primeiro momento, o autor fala sobre o determinismo biológico e geográfico e suas influencias sobre uma cultura. Concordo com o autor de que características genéticas não influenciam na cultura de um povo, e que seus costumes são adquiridos durante sua vivência em sociedade. O determinismo Geográfico, por sua vez, não influencia nos costumes de um povo. Cada um escolhe a melhor maneira de viver em seu ambiente.

No terceiro capitulo sua finalidade é mostrar os primeiros conceitos de cultura, são interessantes os autores que foram usados, mas creio que o conceito elaborado por Edward Taylor foi o melhor em termos de clareza, e acho que este poderia ser o mais aprofundado pelo autor, assim a obra seria mais dinâmica em termos de conceito. No capítulo seguinte, que é essencial para esta obra, pois mostra uma visão que sempre tive como certa, a de que o homem é capaz de criar seu processo evolutivo, neste ponto acho que está correto a citação do autor. No fim deste capítulo o autor ressalta a importância da comunicação oral para o desenvolvimento da cultura, este por sua vez deveria conter alguns exemplos, de como isso influência na cultura durante a nossa existência, este em minha opinião ficou um pouco superficial.

No capítulo seguinte fala sobre o volume do cérebro como fator determinante no processo cultural do homem, esta afirmativa explicita no livro me pareceu sem lógica, pois acredito que o homem desde sua existência nasceu com características especificas, como a capacidade de se comunicar e inteligência, assim como algumas aves tem a capacidade de voar. E considero bem colocado a afirmação de que somos reprodutores de cultura, é esta uma das mais importantes características do ser humano.

O conceito de cultura é relativo ao olhar de cada um, os antropólogos citados enriquecem grandemente a obra, são aceitáveis as opiniões de cada um deles, assim como acho que é aceitável também a opinião de cada pessoa, independente de qualquer característica física ou ideológica. Portanto acho que o autor deveria explicitar isto na obra, quando fala que a discussão ainda não terminou,

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