CULTURA: UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO

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As discussões do segundo capítulo giram em torno da influência da cultura na questão biológica que determina saúde e sobrevivência. Esta afirmação pode ser exemplificadas nas perdas de referenciais culturais (apatia, saudade, etc.), que influencia diretamente no plano biológico, podendo levar indivíduo à morte. Quando acontece o contrário, essas crenças e hábitos podem curar, porque reestabelece o bom funcionamento biológico do ser humano.

Por revelar como uma determinada cultura transpassa as barreiras somáticas através do processo psicológico, solucionando possíveis problemas biológicos, este talvez seja o capítulo mais interessante do livro.

Seguindo mais um capítulo, o autor afirma que “a participação do indivíduo em sua cultura é limitado”(LARAIA, 1986, p. 80), e pode ser determinada por diversos fatores como o sexo, a idade e os costumes.

Aproximando-se do fim de suas considerações, o quarto capítulo da segunda parte leva o título: “A Cultura tem uma lógica própria” e é dedicado a replicar que os juízos de uma cultura são lógicos, por mais que pareça o contrário a outros povos.

Finalizando, o capítulo cinco trata sobre a característica do dinamismo da cultura, que tem como causa maior, a capacidade que o ser humano tem de questionar e modificar os seus próprios hábitos.

As considerações acerca do livro Cultura, um conceito Antropológico, de Roque de Barros Laraia, não podiam ser diferentes das do começo desta resenha. Através deste texto, podemos chegar à conclusão de que a cultura pode se desenvolver de diversas formas e em qualquer lugar. Fica claro, sob a luz de Laraia (1986), que a ideia de uma cultura superior a outra não existe. Todas as culturas possuem princípios que são válidos para os seus respectivos indivíduos, assim sendo, toda cultura tem valor. Reintero que o livro é de fácil compreensão e de máxima importância para aqueles que ingressam nos estudos acerca do tema Cultura e da Antropologia.

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