Cultura: Um Conceito Antropológico
Por: kamys17 • 4/4/2018 • 1.943 Palavras (8 Páginas) • 500 Visualizações
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Um antropólogo americano, Alfred Kroeber (1876-1960) publicou um artigo mostrando como a cultura age sobre o homem, explicando contrariedades de crenças populares. Tentando evitar contradições de pensamentos do que era cultural e do que era biológico, ou seja, aquilo que era do organismo humano.
Podemos afirmar que o homem é produto do meio, ele sofre influências da mesma forma que influencia a sociedade em que vive. Cultura é bem mais do que uma herança genética é uma justificativa dos comportamentos do homem tanto na forma de viver, agir ou pensar. Todos os desenvolvimentos físicos e ate mesmo biológico sofrido pelo homem é uma herança de uma cultura exercida pelos seus antepassados os ensinaram.
- IDÉIA SOBRE A ORIGEM DA CULTURA
A principal preocupação dos estudiosos com relação à cultura era tentar explicar sua origem. A cultura seria, então, o resultado de um cérebro mais volumoso e complexo, afirma o Kenneth, ou seja, a cultura teve sua origem com homem, que foi se evoluindo e ao longo do tempo, de acordo com suas necessidades, ou seja a cultura deve ser compreendida como uma característica de cada espécie, em outras palavras nós somos produtores e reprodutores de cultura.
- TEORIAS MODERNAS SOBRE CULTURA
Ao longo do tempo, muitas teorias no meio antropológico foram construídas, para tentar a reconstrução do conceito de cultura, e não podemos jamais de forma alguma desprezar nenhum dos conceitos, já que todos de forma particular possuem a sua verdade acerca da temática que por sinal é muito ampla.
Neoevolucionistas como: Leslie White, Sahlins, Harris, Carneiro, Rappaport, Vayda e outros que, apesar das fortes divergências que apresentam entre si, tratam claramente a cultura como um sistema adaptativo. Para W. Goodenough, cultura é um sistema de conhecimento; já para Claude Lévi-Strauss, cultura e um sistema simbólico e uma criação acumulativa da mente humana.
Discutir cultura nesse sentido acaba tornando-se a discursão que nunca terá fim, por que entender a cultura e de fato entender a humanidade em todas suas formas de expressão, mais e como diz o nosso autor: “Os antropólogos sabem de fato o que é cultura, mas divergem na maneira de exteriorizar este conhecimento”.
SEGUNDA PARTE
- COMO OPERA A CULTURA
Na primeira parte trouxemos uma discursão sobre como a antropologia tenta explicar os conceitos culturais que o homem sofre na sua evolução biocultural.
Nessa segunda parte tentaremos mostrar como a cultura atua no homem e o molda na vida em sociedade.
- A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE MUNDO DO HOMEM
“A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade”.
Precisamos entender que cada cultura tem seu determinado padrão, e nisto devemos saber que a cultura se desenvolve de acordo com a visão de mundo de cada um, ou de cada grupo de pessoa. O que pra um pode ser motivo de alegria, para outros pode ser motivos de tristezas, o que para uns e motivo de abominação para outros pode ser motivo de gloria, tudo depende da visão de mundo de cada um, o que pode ser bom para uns pode ser ruim para outros, isso faz também com que a gente entenda também a diversidade que é a cultura, e olhemos pra ela e forma diferente e não discriminatória.
- A CULTURA INTERFERE NO PLANO BIOLÓGICO
A cultura interfere em nossa vida em todos os sentidos, desde nosso comportamento até nossa fisiologia como forma de pensar; isso pode entender quando nos deparemos como um determinado agir de uma cultura, e aquele agir pode causar em nós varias sensações diferenciadas, podemos nos entusiasmar com aquele agir, ou simplesmente brotar em nós um sentimento de rejeição e desprezo ou ate mesmo fazendo com que abandonemos nossa crença que geralmente deve ser aquilo que nos mantém vivo.
- OS INDIVÍDUOS PARTICIPAM DIFERENTEMENTE DE SUA CULTURA
O autor explicita que a participação do indivíduo em sua cultura é limitada e que ele não é capaz de participar de todos os elementos da mesma. Ele também cita que há limitações na cultura que são determinadas pela idade do indivíduo, assim como também sua participação na mesma. Ele diz que para entender essa questão da idade, há dois tipos de explicação; a primeira é de ordem cronológica, onde ele diz que o ser participa de determinada cultura de acordo com os limites da faixa etária, ou seja, para participar de certos tipos de “tradições” ou “rituais” da sua cultura, precisa haver maturidade, experiência, força física, etc.
O autor volta a dizer que um indivíduo não consegue dominar todos os aspectos de sua cultura, pois não existe nenhum indivíduo socialmente perfeito e que ele pode até permanecer ignorante a respeito desses aspectos. Porém, ele diz que o indivíduo deve, minimamente, saber alguns aspectos da sua cultura para que possa interagir dentro dela com a sociedade, para saber agir, respeitar, cumprimentar, se prevenir e prever ações e reações dos demais indivíduos, todavia, sempre haverá riscos do indivíduo perder o controle da situação, pois não há nenhuma sociedade onde todas as condições são previsíveis e controladas.
- A CULTURA TEM UMA LÓGICA PRÓPRIA
Toda cultura tem sua lógica própria e não passa de um ato primário de discriminação de outras culturas e meios sociais. A cultura só pode ser conhecida a partir da vivência em seu meio sistemático e do conhecimento de suas categorias. O autor cita que cada cultura depende do ponto de vista, da concepção e da opinião dos indivíduos que a forma. Sempre haverá essa diferenciação entre as culturas e os indivíduos que a compõe sempre dirão que sua cultura é a correta e a outra não.
- A CULTURA É DINÂMICA
O autor relata inicialmente que a cultura ela é dinâmica, ou seja, ela pode mudar ou se aperfeiçoar ao decorrer do tempo, pois os indivíduos tem a capacidade de modificar e questionar os seus próprios hábitos. Ele cita dois tipos de mudança cultural; a primeira, onde ele diz que a cultura pode mudar dentro do seu próprio meio sistemática, resultando assim uma mudança mais lenta e quase impercebível, e a segunda, ele
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