AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO SÉCULO XX

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Assim o homem tornou-se consumista, se esvaziou de qualquer sentimento de identidade, pois se afastou da família, das relações, da religião e se entregou ao niilismo, a ausência de valores e de sentido para vida. E o reflexo deste mal-estar da era pós-moderna é a depressão. Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), ela atinge 340 milhões de pessoas e causa 850 mil suicídios por ano em todo o mundo. Somente no Brasil, estima-se que há 13 milhões de depressivos, um número alarmante que requer uma reflexão acerca de conceitos e valores da realidade atual.

Outro mal da era pós-moderna é o simulacro, a capacidade que o homem tem de valorizar mais o objeto do que o real. E a tecnologia é o principal estimulador, pois cria uma realidade perfeita que nunca será alcançada, porque está sempre sendo modificada por recursos que a vida real não possui. É a era da simulação, que alimenta a comunicação. Esta dita regras, estipula comportamentos, super-recria signos, baseado sempre na mentalidade da sociedade.

Então a liberdade tão almejada e falsamente conquistada dá lugar a uma escravidão de desdobramentos preocupantes. Os valores são ditados pela superficialidade dos bens materiais que irão dizer quem você é, ou seja, não importa mais ser, mas sim ter, para atender aos próprios desejos guiados pela sociedade de consumo.

Os heróis que eram referência de valores e virtudes, destinados à essência humana, duradouros e universais, passaram a ser resultado de desejos individuais, cujos valores nem sequer existem e são alimentados pelo sensacionalismo e referências duvidosas.

Hoje um criminoso tem lugar garantido em uma matéria no horário nobre. E se não bastasse, ainda é reprisado milhares de vezes para não ser esquecido. O que só fortalece o caminho a não ser seguido por muitos jovens das periferias, ou jovens de classe média envoltos no niilismo.

Assim a sociedade pós-moderna encontra-se diante da incerteza do amanhã, a educação prioriza o indivíduo, mas ainda não acompanha todas as mudanças e fracassa como meio de transformação social. A ordem é passado e a liberdade é a conquista que sacrificou a certeza e a vontade de viver com objetivos.

Então surge a complexidade que procura atualizar o homem moderno à pós-modernidade, à diversidade cultural, ao inesperado, ao pluralismo de idéias e às incertezas. Descobre um novo mundo no universo sub-atômico, que explica a necessidade de ordem, mas que ela é conseqüência da desordem necessária à adaptação ao novo, ou seja, é um processo necessário à evolução humana e da sociedade. Traz a idéia da parte, do todo, da totalidade e a importância da relação harmônica entre elas. Desperta um novo olhar e aponta novos caminhos para uma adaptação a todas essas transformações.

Em 1945 foi lançada a bomba de Hiroxima, que apesar de ter causado a morte de milhares de civis foi o ponto final da segunda guerra mundial, que poderia ter continuado por muito tempo e dizimado com toda a população. Claro que esta afirmação é usada por alguns historiadores e sociólogos no intuito talvez de justificar tamanha atrocidade. O que é importante destacar aqui é que até então a sociedade estava focada somente na conquista e no poder da ciência, passando então a dar espaço para movimentos que buscavam valores perdidos, onde a vida humana passa a ser vista como um bem que deve ser cuidado e conservado.

Surgem movimentos a favor da vida, da Paz e capacitores como Gandhi, que defendia a superação das desigualdades através da não violência e do amor, Nelson Mandela que dedicou sua vida ao combate do apartheid, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier e outros.

Surge a consciência ecológica a partir de 1969, quando Neil Armstrong pisou na lua e o homem pode perceber o sentido de pertencimento, de que ele, a Terra, o Universo e o Cosmos, fazem parte de uma totalidade e que salvar o planeta da destruição era salvar a si mesmo.

O regime comunista caiu em descrédito e desabou com a queda do muro de Berlin em 9 de Novembro de 1989, o que na época parecia a prova do fracasso do comunismo. Hoje ele ainda sobrevive sacrificando o povo em Cuba e com uma versão pós-moderna capitalista na China, que promete uma abertura política que espera-se aconteça logo.

A ciência evoluiu de transplante de órgãos à criação deles, através das células tronco. Quase todas as áreas de produção vão sofrer o impacto direto ou indireto da nanotecnologia. Através dela foi possível diminuir aparelhos eletrônicos, como os celulares, os quais ninguém vive sem. Estes facilitaram a comunicação que juntamente com a internet aproximou culturas, permitiu viajar sem sair do lugar, mas que devem ser usados com bom senso, porque assim como a nanotecnologia podem ser usados para a destruição e atividades ilícitas.

A sociedade experimentou desde o início do século XX diversas mudanças que refletiam a mentalidade emergente de cada época, onde o problema é que a fluidez dessas transformações