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A divisão do trabalho na sociedade atual

Por:   •  28/1/2018  •  1.540 Palavras (7 Páginas)  •  434 Visualizações

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Para Durkheim a divisão do trabalho seria algo visto como uma solidariedade entre os trabalhadores e o patrão, talvez isso fosse o ponto onde Durkheim teria se enganado, pois na divisão do trabalho é impossível essa solidariedade entre patrões e empregados e até mesmo entre os próprios empregados, pois essa solidariedade vai totalmente contra os princípios do capitalismo e o capital também jamais se interessou em fazer a sociedade ser mais justa e solidária.

Para Marglin, a divisão do trabalho não consiste em somente ter um avanço técnico, mais também proporcionar ao capitalista um controle sobre seus empregados e assim impedi-los de terem uma compreensão do que estão fazendo, deixando os assim alienados e tirando suas forças de criatividade.

Para Marx, a divisão do trabalho pode ser encarada como uma “patologia industrial” algo como uma deformação física e espiritual do trabalhador, essa deformação leva ao empobrecimento do trabalhador em todos os sentidos enquanto proporciona aos capitalistas lucros e mais lucros. Marx trata esse processo como uma vampirização do trabalhador, na qual quanto mais ele é sugado mais o capitalista se fortalece.

Com a divisão do trabalho após analisar algumas ideias de alguns grandes pensadores é possível fazer algumas afirmações sobre o que é a divisão do trabalho e quais são as consequências que ele nos remete como: Divisão do trabalho corresponde à especialização de tarefas com funções específicas, com finalidade de dinamizar e aperfeiçoar a produção industrial. Esse processo produz eficiência e rapidez ao sistema produtivo.

A especialização delimitada de funções e tarefas nas etapas produtivas industriais é derivada, principalmente, do crescimento do comércio, do capitalismo e impulsionada pela intensificação da produção industrial.

A divisão do trabalho faz com que o trabalhador adquira, com a tarefa repetitiva, uma agilidade maior e com isso fique “treinado” na execução de seus movimentos, provocando assim uma diminuição no tempo gasto, o resultado é o aumento da produção em todo período de trabalho.

Apesar de esse processo organizacional produzir um aumento na produtividade, ocasiona também o surgimento de trabalhadores alienados quanto ao processo produtivo, isso quer dizer que o trabalhador conhece somente uma única etapa da produção, tornando-se muito limitado. O ideal é possuir funcionários dotados de capacidades distintas, o que favorece a flexibilização funcional.

Hoje no estado de Rondônia as indústrias já dominam grande parte da classe trabalhadora, mais até mesmo no campo, no meio agrícola, em que não há tantas pessoas para se fazer uma boa distribuição do trabalho, já é possível notar alguns reflexos da divisão do trabalho no meio rural, até mesmo por uma questão de produção, os trabalhadores optam por trabalharem com poucos tipos de lavouras e aumentar o empenho nas que vão de fato trabalharem. Assim os trabalhadores vão criando cada vez mais destreza no trabalho em que fazem.

Já nas grandes indústrias como os frigoríficos, onde os trabalhadores trabalham em linhas de produção, a divisão do trabalho fica muito evidente, cada trabalhador cumpre apenas o que esta designado para ele, assim a agilidade que adquirem em fazer sua função torna todo o processo muito mais rápido e eficaz, e para que o trabalho tenha uma boa coordenação, há aqueles que são designados justamente para esses fins, este, portanto tem um salário maior que os seus subordinados, e também tem em suas mãos o poder para comandar o seu grupo de trabalhadores, tendo em mãos o poder para decidir até mesmo o destino do funcionário dentro da indústria.

O poder do capital exercido nas nossas vidas é muito questionado nos dias de hoje, a forte influência se da desde o surgimento da burguesia, oriunda do fim do período medieval. Desde o seu surgimento, o capital tem exercido forte influência na formação e na estruturação da sociedade, a forma como o trabalho está organizado nos dias de hoje se deu, na maior parte, por conta do capitalismo, por ter o controle dos meios de produção e almejar obter sempre a maior quantidade de lucro, explorando quem é obrigado a vender a sua força de trabalho. É evidente que a forma como o trabalho está organizado foi imposta pelo capitalismo, ele dita as regras a serem seguidas. Uma parte na história da divisão do trabalho não está vinculada ao capitalismo, é caso da divisão do trabalho na família. Mas a maior parte está sim vinculada ao capitalismo, por conta da necessidade de se produzir mais em uma menor quantidade de tempo para atender as necessidades do mercado. Toda sua organização só contribui para aumentar sua força de controle, por conta disso, o homem desconhece o verdadeiro lucro advindo do seu trabalho, sendo alienado quanto a este processo.

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