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Trabalho de biologia Sociedade, Educação e Emancipação.

Por:   •  1/5/2018  •  1.869 Palavras (8 Páginas)  •  290 Visualizações

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- As formas de consciência

O trabalho e a flexão do homem, são faces da mesma moeda ao longo da história, a teoria de Max se propõe também a explicar de que modo o mundo das ideias, do conhecimento das crenças e das opiniões se relaciona com este mundo material, da produção, do trabalho. Max e Engels se questionam como explicar a consciência que os homens têm ou deixam de ter a respeito de seu próprio modo de vida, da produção material de sua sociedade e das relações de classes, sejam elas econômicas ou políticas?

A consciência está vinculada as condições matérias de vida, a troca econômica entre os homens, entretendo a consciência que os homens têm dessas relações, afirmam nossos autores, não condiz com as relações matérias reais que de fato vivenciam. Os homens criam ideias e concepções de como funciona o mundo de acordo com suas vidas, do modo como as relações aparecem na sua experiência cotidiana. Tais representações são aparência. Para Max essas representações implicam, num primeiro momento, numa Falsa consciência, numa consciência invertida, pois se perdem a aparência e não são capazes de captar a essência das relações as quais os homens estão de fato submetidos.

No capitalismo diz Max, existem os proprietários dos meios de produção, ou seja, as fabricas, as maquinas e a própria força de trabalho do trabalhador. Estes são obviamente os burgueses. Há aqueles que não resta outra saída a m

Não ser se vender o único bem que dispõem: sua força de trabalho, em troca de um salário. Mas aqueles que vivem sobre esse sistema é percebido como uma ideia de algo normal, natural. Para os trabalhadores é natural que algumas pessoas trabalhem em troca de um salário para viver, como se isso sempre houvesse existido e, mais ainda, como se tivesse que continuar existindo para sempre. Esse indivíduo não consegue ver a sociedade capitalista como uma sociedade historicamente construída pela luta de classe com intenção de ser a classe dominante a burguesia, outras classes acabaram sendo submetidas a esta classe dominante, transformando-se em proletariados.

A uma diferencia fundamental entre Durkheim e Max. Durkheim nos mostra o peso da sociedade sobre os indivíduos, aponta que a consciência individual é dada pela preponderância de uma sociedade coletiva, a qual os indivíduos não pesam com suas próprias cabeças. Max, por sua vez, mostra que isso não é assim simplesmente porque qualquer sociedade de homens deve necessariamente se exterior e coercitiva sobre os indivíduos. Mostrando que caráter dominador, não se manifesta igualmente por parte “ da sociedade em geral” sobre todos os homens indistintamente, mas sim de uma parte da sociedade sobre a outras. Que se tornam dominadas. E que esta situação não está ali desde que o mundo é mundo, mas que ela foi criada pela luta histórica entre as classes sociais. Marx afirma que se as relações de dominação existem em toda e qualquer sociedade é porque elas são socialmente construídas. E, portanto, não precisam existir para sempre, pois o homem pode construir outros tipos de relações, sem a dominação de uma classe sobre outra. Mas percebe, no entanto, que os homens, no seu universo cotidiano, dentro do qual estão submetidos a este processo de dominação, não têm uma consciência real da dominação de que são objeto.

Mas Marx e Engels não faziam ficção científica. Eles, ao mesmo tempo, tinham fé na ciência e alimentavam uma utopia. Por obra da ciência, acreditaram haver descoberto as leis da história. Essas leis lhes diziam que chegaria um momento em que o desenvolvimento das forças produtivas proporcionado pelo capitalismo inevitavelmente entraria em contradição com as formas capitalistas de propriedade e que, quando esse momento chegasse, se abriria uma época de revolução social e política. E aí entra sua utopia: acreditavam que esta revolução — à qual se seguiria uma fase de transição em que os resquícios da sociedade capitalista seriam destruídos (a fase do socialismo) — daria origem a uma nova sociedade, sem exploradores nem explorados, sem alienação e sem ideologia, sem classes sociais e sem Estado (porque o Estado para eles é uma manifestação das relações de classe, e deixaria de existir quando as classes não existissem mais). Nessa nova sociedade, a sociedade comunista, sem dúvida a mais bela utopia do século XIX, o homem se reencontraria consigo mesmo, seria um ser autônomo, autocentrado e autoconsciente, trabalhador manual e intelectual ao mesmo tempo. Daria à sociedade, por sua própria vontade, todo o esforço e trabalho que pudesse, e receberia dela tudo o que precisasse, graças ao desenvolvimento material propiciado pelo capitalismo. Os homens e as mulheres seriam, enfim, seres humanos inteiros, completos. E, é claro, seriam felizes para sempre.

- Educar no mundo industrial

Marx e Engels viam a educação com os mesmos olhos com que viam o capitalismo. Eles identificaram na educação uma das mais importantes formas de perpetuação da exploração de uma classe sobre a outra, utilizada pelo capitalismo para disseminar a ideologia dominante, para inculcar no trabalhador o modo burguês de ver o mundo. Por outro lado, pensando a educação como parte de sua utopia revolucionária, identificaram nela uma arma valiosa a ser empregada em favor da emancipação do ser humano, de sua libertação da exploração e do jugo do capital. Ou seja, para Marx e Engels não existe educação em geral. Conforme o conteúdo, ela pode ser uma educação para a alienação ou uma educação para emancipação:

Em seu livro o Capital (de 1867), ao comentar a legislação trabalhista da época, Marx nota que a Lei inglesa anterior a 1844 permitia a contratação de crianças para trabalhar nas fábricas, com a condição de que os patrões apresentassem um testado de que os meninos frequentavam a escola. Marx concluiu que o tipo de educação dada às crianças operárias era tão precário, que só poderia servir para perpetuar as relações de opressão às quais essas crianças e seus pais operários estavam sujeitos. O descaso era tanto que qualquer um que tivesse uma casa e alegasse ser ali uma escola poderia fornecer os “atestados de

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