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A RESENHA CRITICA

Por:   •  1/2/2018  •  2.535 Palavras (11 Páginas)  •  305 Visualizações

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NOVO REINO NOVO TEMPO DO AMOR

Conforme o autor a esfera pública a um regime entre a soberania nacional e a Revolução Francesa, relacionando o poder público e a sociedade, e não retirando a história da sociedade em tempo de monarquia absoluta. A igreja sempre teve poder, e houver a quebra desse poder coma as guerras religiosas, onde a republica via-se unida como estado e sociedade, fazendo a guerra da religião e cultura. O Estado definia hierarquias garantindo intimidade onde faziam representação como status, inferiorizando as novas características das funções pública e privada, o negócio privado não separava. Essa análise é criticada por Alain Boureau, vendo que o rei seguia a liturgia cristã. Essa reflexão deve partir pelo comando de familiares e pessoas que fizeram investimentos sociopolíticos e não pelo poder da monarquia. Cada vez mais a monarquia crescia através do poder, permitindo saber como se constituía o espaço do rei público e permanente. Foram várias atuações do homem perante a natureza na Renascença, destacamos a alquimia que logo foi substituída pela Física moderna. Nisso percebe-se que a monarquia se tornava importante, pois havia o poder dominante, homem guerreava com ódio, fúria e nisso o Rei soberano tinha a função de manter a paz com organização social e política, sendo capaz de acabar como os conflitos.

Neste contexto a filosofia de Platão vem formando algo popular e eclético em Alexandria, fazendo doutrinas e ideias comuns ao neopitagorismo e hemérticos. O platonismo medieval sobreviveu no renascimento, com novos aspectos da cultura Bizantina, a doutrina surgida de um amor espiritual, junto com o termo amor platônico, tornou muito popular a ideia da alma garantindo pelo mundo, com isso influenciaram alguns filósofos. Nesse âmbito definia príncipe como uma pessoa especial, sábio, para guiar o povo aos bons modos, na religião, crença e no amor de Deus, outros reis agiam como tirano com opressão angustia e medo, enquanto outros davam festas nas cortes transparecendo tudo com tranquilidade. Segundo Platão Deus alternava o mal com o bem, o mundo inferior era governado pelo superior, para que o homem não fosse governado pelo orgulho, havendo assim um equilíbrio. Atração de forças e comunhão como fluxo vital, significava renascença, a religião Valois era diferente do catolicismo e protestante fazendo a política uma arte mística.

Bodin, como homem no seu tempo compõe sua obra na construção teórica da organização social, no contexto histórico e cultural, também se vale dos homens modernos como: homem do império, Inglaterra e cidades italianas, seus atos entende um valor de crença que confirmam seus argumentos (BODIN, 2005, p.5). Bodin argumentava em sua obra, direciona ao seu tempo, entende-se como antigo e novo para interpretar o presente e não criando fantasias para o futuro.

Conforme Marramo os acontecimentos como dados e segue sem sofrimento ou desorientação por haver uma religiosidade com forte responsabilidade interior trazendo um ideal de homem em questão de dar a fé, a paz, denunciar a guerra, acordar ligas ofensivas e defensivas limitando as fronteiras julgando assim diferenças entre príncipes e senhores (MARRAMAO, 1995). Segundo Bondin a necessidade forçada das leis humanas não absolutamente separando os bandidos do corsário que mantem seus Estados e Repúblicas. Ele acrescenta ainda que essa forma de atitude não deve ser chamada de amizade e sociedade igualitária de sangue, nem partilha dos termos e direitos, mas sim da conjuração dos roubos e pilhagens, por se fazer o principal ponto e a verdadeira marca da amizade o seu padrão saber que o justo governo é segundo a lei da natureza, onde o mesmo não opõe homem e Deus, razão e fé (BODIN, 2005, p.5).

Essas heranças foram herdadas em direções de valores morais medievais e neoplatônicos. Assim podendo enxergar que as qualidades de uma natureza é apresentadas de uma harmonia melodiosa do mundo vista de cima do mundo exterior ao homem. Voltando a abordar sobre a historiografia renascentista não há homem que represente ao seu tempo e nem contradição em relação a sua época o que existe é um olhar teórico reducionista quanto a necessidade dos individuo em qualquer tempo. E essas contradições ocorrem tanto no passado quanto no presente que nele é imposto. Bodin exalta que em meios conflitos religiosos há também a busca e compreensão contidas em seu tempo, ele recorre ainda dos antigos valores da espiritualidade e da sabedoria justificando assim a necessidade que o homem precisa para uma vida feliz introduzindo ainda elementos novos como três pontos principais tais como: o saber, família e soberania sendo estes comum em uma Republica (BODIN, 2005, p.5). Tendo em vista que para se obtiver harmonia é necessária ter o equilíbrio entre as partes tendo o Uno, sendo ele um poder absoluto e verdadeiro, sobretudo percebeu que as três instanciam de formas implícitas seria família, soberania, coisa publica comparadas a alma, poder e unicidade.

O trecho que melhor retrata essas evidencia segundo Monteiro é o que evidencia os valores culturais destacando o exercício da politica com religiosidade especial ao retratar em sua obra o Novo Testamento (MONTEIRO, 2003, pp.168-174):

“Tudo que por vozes e sons contrários se compõe uma doce e natural harmonia, também de vícios e virtudes, de qualidades diferentes dos elementos, de movimentos contrários, e de simpatias e antipatias ligadas por meios invioláveis, se compõe a harmonia desse mundo e de suas partes: como também a República, é composta de bons e maus, de ricos e pobres, de sábios e loucos, de fortes e fracos, unidos por aqueles que são os intermediários entre uns e outros: sendo sempre o bem mais poderoso que o mal, e os acordos mais que as discórdias. E tanto é assim que a unidade sobre os três primeiros números, o intelecto sobre as três partes da alma, o ponto indivisível sobre a linha, superfície, e o corpo, assim pode-se dizer, que esse grande Rei eterno, único, puro, simples, indivisível, elevado acima do mundo elementar, celeste e inteligível, uniu os três juntos, fazendo reluzir o esplendor de sua majestade e a doçura da Harmonia divina em todo o mundo, a exemplo de que o sábio Rei deve-se conformar, e governar seu Reino” (BODIN, 2005, p.739).

Com essa concepção de homem renascentista não há campos distintos de conhecimento, mas sim uma diversidade neoplatônica que remete ao contexto cultural que transcende de tempos em tempos da periodização da historia retratando do homem ser do saber, da religião e soberania transcendentes há seu tempo.

O HOMEM RANASCENTISTA E SEU TEMPO “FAMÍLIA”

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