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A Evolução da mulher no mercado de trabalho

Por:   •  21/12/2018  •  3.324 Palavras (14 Páginas)  •  316 Visualizações

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Basta ver que no Brasil de 1650 não existiam tabus como o da virgindade obrigatória

até o casamento. Quebrado em tempos modernos, esse tabu ainda estava por nascer

em 1600, e até o século XVIII era difícil achar alguém que se casasse sem antes ter

tido relações sexuais. Mas o motivo era bem diferente do atual. É que, naquela época,

ter filhos era muito importante. A mulher precisava provar ao homem que era fértil,

engravidando antes do compromisso, uma regra consentida por toda a comunidade

inclusive pela Igreja, desde que tudo terminasse em casamento. (ALVES, 2011, p. 13).

Como consequência desta nova concepção de pecado e a fim de assegurar a pureza de suas filhas, os pais passaram a manda-las para conventos, além de assegurar a virgindade das filhas, os conventos era uma forma de preparar as moças para o casamento.

2.2 PERÍODO INICIAL AO PERÍODO DA CONSTITUCIONALIZAÇÃO

A luta das mulheres é uma grande jornada ao longo do tempo. Caminhando cada vez mais rápido, as mulheres foram conquistando seus direitos e ganhando espaço na sociedade. Embora, seja um caminho difícil e ainda não concluído, cada pequena conquista é uma vitória.

Um dos primeiro marcos da evolução no mercado de trabalho foi em 1802, quando surge a "Lei Pell", que foi aprovada em prol a saúde e a moral dos aprendizes garantindo a integridade, uma jornada máxima de 12 horas e a proibição do trabalho noturno. Logo em seguida, uma nova conquista: Em 1813, foi proibido na França o trabalho da mulher e do menor nas minas. Já era um grande avanço, pois as situações de trabalho nesse período são totalmente desumanas e as condições são precárias.

As conquistas foram acontecendo em cada parte do mundo, e um dos mais importantes na conquista do direito do trabalho aconteceu em 1848, quando Friedrich Engels e Karls Marx escreveram o Manifesto do Partido Comunista. Cientistas afirmam que nunca no mundo houve uma revolução de tamanha amplitude e de tão rápida aderência. Nesta obra, os autores publicaram um folheto em que tinha o intuito de conscientizar os trabalhadores sobre suas condições e sua situação no ambiente de trabalho, levando-os a uma mobilização para a revolução nas mudanças sociais do momento.

O movimento foi crescendo cada vez mais, então seus percursores viram a necessidade de criar um documento de orientação aos trabalhadores, cujo objetivo era conscientizar os trabalhadores das suas condições sociais, históricas; conscientizá-los de que o que os impediam de ter uma vida digna e boas eram as relações de trabalho às quais estavam submetidos, e que, isto poderia ser rompido quando eles abandonassem a ideologia da qual eram prisioneiros, a ideologia burguesa dominante.

Em 1890, o Papa Leão XIII publicou a carta Encíclica “Resun Novarum", que traduzida ao português significa coisas novas. O intuito do Papa quando escreveu a carta era de ajudar a organizar a sociedade trabalhista e falar a respeito das condições dos operários, pois ele via os operários como explorados pelas classes opressoras, e parte disso ele garantia que era culpa dos próprios trabalhadores, da igreja, das instituições públicas e do sistema. Como solução, ele sugeria que não fosse usado o socialismo, pois de qualquer forma a divisão igualitária dos bens entre os cidadãos iria propiciar uma comodidade aos trabalhadores. Ele previa que houvessem deveres e direitos e uma relação justa entre as partes. Deveria haver um salário digno, o respeito à dignidade do homem e em troca, o trabalho bem feito sem lesar o patrão nem seus bens.

Os caminhos iam seguindo e cada vez mais os direitos iam se aproximando. Com a criação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1919, tudo foi ficando cada vez mais próximo ao seu lugar. A criação da organização foi firmada logo após a assinatura do Tratado de Versalhes e formalizava a missão de que homens e mulheres deveriam ter a oportunidade de um trabalho decente, produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade humanas, sendo considerada condição fundamental para a superação da pobreza, a redução das desigualdades sociais, a garantia da governabilidade democrática e o desenvolvimento sustentável. Baseada na justiça social, ela torna possível abordar questões e buscar soluções que permitam a melhoria das condições de trabalho no mundo.

Uma das conquistas das mulheres foram a licença-maternidade, auxílio financeiro estatal, intervalos periódicos para amamentação entre outros direitos conquistados. Logo em seguida, outros direitos foram conquistados através das convenções realizadas.

2.3 PERÍODO PRÉ- COPORRATIVISTA

Em 1930, Vargas era presidente do Brasil e criou o ministério do trabalho, um grande passo para o direito do trabalho pra o país, organizou os direitos trabalhistas, e buscando acabar com o desemprego e diminuir as a informalidade, aumentou os trabalhos formais, embora as leis só foram consolidadas no anos de 1943.

A Primeira constituição foi a de 1934, que visava ordem econômica e social. Os sindicatos e associações foram reconhecidas por lei, buscavam melhores condições de trabalho na área urbana e rural, era para melhorar a produção do trabalhador e ele conseguir atingir seus interesses econômicos.

A constituição de 1937 trouxe o trabalho como um dever social dizendo que todos têm o direito de se manter através de seu trabalho, desde que honesto.

Em 1946, a constituição retoma as ideais da criada em 1934, visando que brasileiros e estrangeiros não tivessem seus direitos de vida, liberdade, segurança pessoa e propriedade violada.

A história da mulher no mercado de trabalho só começou com grande participação durante e após a segunda grande guerra. Os homens, patriarcas da família, foram para as frentes de batalha e as mulheres ficaram responsáveis por cuidar dos negócios da família. Alguns dos homens voltavam sem condições de trabalhar por estarem machucados ou mutilados, então as mulheres continuavam a cuidar de tudo.

Os homens que voltavam sem muitos danos, mandavam as mulheres de volta para suas tarefas anteriores, elas eram as primeiras a serem mandadas embora.

Foi na década de 40, com a industrialização, aumento de fabricas

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