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A Educação Na Grécia Antiga

Por:   •  6/3/2018  •  1.857 Palavras (8 Páginas)  •  272 Visualizações

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religiosas, sendo utilizada para

facilitar os negócios.

Período Clássico (séc. V e IV a.C.)

Apogeu da civilização grega – papel hegemônico de Atenas.

O Período Clássico representou o apogeu da civilização grega. Na política, o auge do ideal de democracia era representado por Péricles, estratego de Atenas. Além disso, uma nunca vista explosão nas Artes, Literatura e Filosofia marcou definitivamente a herança cultural do mundo ocidental.

Do ponto de vista educativo, o Mediterrâneo antigo, e, sobretudo, a Grécia – clássica e helenística – foram os núcleos constitutivos da tradição ocidental, ou, pelo menos, de alguns dos seus elementos caracterizantes.

No centro da vida social, afirmava-se cada vez mais a instituição escola, que entre Egito e Grécia se foi articulando no seu aspecto tanto administrativo como cultural. Eram escolas ora estatais ora particulares que iam acolhendo os filhos das classes dirigentes e médias e dando-lhes uma instrução básica, que configurava, sobretudo, como cultura retórico-literária, do bem falar e do bem escrever, quer dizer, persuasiva e eficaz, além de respeitosa das regras rigidamente estabelecidas. Eram escolas que se transformaram no tempo e iam desde o tyasos (cenáculo de amigos) até o "colégio", a escola propriamente dita, sobretudo na época helenística.

Igualmente significativa foi a figura do pedagogo, já um acompanhante – na Grécia – da criança, que controlava e estimulava; figura que se transformou e se enfatizou no mundo mediterrâneo com a experiência dos "mestres de verdade" (diretores da vida espiritual e mestres de almas, verdadeiros protagonistas da formação juvenil, basta pensar em Sócrates), mas que se enriqueceu também contra a experiência dos profetas hebraicos que eram os educadores do povo, a voz educativa de Deus. O Mundo Antigo colocou como central essa figura de educador, espiritualizada e dramaticamente ativa na vida do indivíduo, reconhecendo-lhe qualidade e objetivos que iam além daqueles que eram típicos do mestre docente. Aspectos que depois – mas já a partir de Platão – seriam próprios também dos pedagogos, dos filósofos-educadores ou dos pensadores da educação, que deviam iluminar os fins e os processos de educar. (Cambi, 1999, p. 49).

Período Helenístico (336-146 a.C.)

Fase de decadência da Grécia, que passou a ser dominada pelo Império Macedônico de Alexandre, o Grande.

Com a supremacia da Macedônia sobre as cidades-estados gregas, iniciou-se um período de expansão sob o comando de Alexandre Magno, sobretudo para o Oriente e o norte da África. Os territórios logo foram transformados pela miscigenação com os elementos gregos, gerando uma cultura que mesclava suas raízes orientais com o pensamento grego. Essa nova realidade cultural denominou-se Helenismo, e contribuiu para a transformação nas relações Oriente-Ocidente, além de qualificar ambas as visões de mundo, permitindo uma maior abertura ao diferente. O Helenismo promoveu renovações na arte, no pensamento e nas técnicas dos dois mundos.

A educação heroica

Esse modelo educacional correspondeu ao do Período Homérico, já que do período anterior, da civilização creto-micênica, temos poucas informações. O que sabemos é que essa civilização desapareceu e os seus habitantes se espalharam pela região do mar Egeu, dando origem ao povo grego. Nessa fase, a escrita desapareceu e a sociedade se organizou em unidades rurais chamadas genos. Essa sociedade era comandada por uma aristocracia, formada por chefe do clã e seus familiares. Essa organização social contava também com os thetas – pessoas muito pobres que não tinham a proteção do genos – e com os demiurgos – artesãos e trabalhadores livres. O poder político e religioso era exercido pelo patriarca, e a liderança militar pelo basileu. A base da cultura grega nesse período era o conhecimento mítico, transmitido pela tradição oral pelos aedos e rapsodos.

Os poemas homéricos – A Ilíada e a Odisseia – por séculos seriam os textos básicos da educação grega. Foram inicialmente transmitidos pela tradição oral,

até ganhar uma versão escrita (a partir de 800 a.C., no Período Arcaico),

atribuída a Homero.

A educação heroica era destinada aos adolescentes aristocráticos e realizada no palácio do patriarca, constituindo-se de treinamento de combate, por meio de competições, e da declamação dos poemas homéricos, como base de uma "pedagogia do exemplo". Até os 7 anos, a criança pertencente à aristocracia permanecia em casa e, a partir dessa idade, os meninos eram enviados aos palácios para aprender os valores da nobreza guerreira. Nesse período em que viviam nos palácios como escudeiros, eram contratados preceptores, que forneciam uma educação integral, fundamentada no exemplo dos grandes heróis guerreiros.

O modelo de educando perseguido pela educação heroica era o dos heróis narrados nos poemas. A Ilíada retoma aspectos da formação de Aquiles, como exemplo ideal, propondo uma educação "prática", com forte ênfase na ensino dos valores morais da aristocracia, como coragem, determinação e honra. Completavam essa educação o ensino de Música e da Ginástica. A Odisseia, por sua vez, mostra o exemplo de Telêmaco e enfatiza a família como ambiente formativo. Esse modelo de educação iria perdurar durante séculos, sobrevivendo aos períodos subsequentes da história da Grécia Antiga. As figuras de Aquiles e Telêmaco iriam permanecer como modelo de virtude moral e física para a juventude.

Por volta do século 800 a.C., começaram a ser formar na Grécia as cidades-estados – surgimento da pólis. A sociedade rural, que não possuía escrita, foi substituída por organizações sociais mais complexas em forma de Estado, ou seja, com um governo apoiado pela lei escrita, cobrança de impostos, uma burocracia pública e um exército regular. Entretanto, cada cidade-estado iria adotar o seu modelo de organização da sociedade, da política, da economia e da educação.

Texto para reflexão:

Ilíada, de Homero

Benévola acolhida deu-me o rei Peleu.

Amou-me como um pai que ama o seu próprio

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