A Détente Americano-soviética
Por: Jose.Nascimento • 18/5/2018 • 1.309 Palavras (6 Páginas) • 369 Visualizações
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A Argentina não teve seus movimentos de inserção internacional profundamente alterados.
O Brasil foi o país da América Latina que teve o melhor desempenho em busca de autonomia na década de 70. O projeto nacional-desenvolvimentismo dos anos 30 se manteve nos anos 70 e o país chegou a ser qualificado como potência média ou poder ascendente e essa ideologia do “Brasil Grande” o levou à bisca de maior autonomia na ordem internacional vigente. Mas essa euforia também engendrou ilusões que levaram a vulnerabilidade econômica na década seguinte embalada por altos níveis inflacionários, desigualdades sociais internas o que acabou por reduzir sua ação internacional.
Na Ásia e África, Vietnã, Índia, China e Japão dominaram as relações internacionais. A economia japonesa volta a ganhar espaço e emergiria como uma referência definitiva no contexto asiático. A China e a Índia acumularam, cada qual a seu modo, a capacidade de articular seus objetivos estratégicos e interesses próprios na agenda internacional. O Vietnã tentou estender sua influência política e militar na região e aproveitou-se das tensões ainda presentes entre as superpotências nos tempos da dètente. A Índia estava presente não apenas pela força de sua população, mas também pela tradição profissional das suas forças militares. A China soube reabrir seus novos caminhos no sistema internacional, disposta a apresentar sua própria proposta ideológica diferenciada da União Soviética e usando seu peso demográfico, militar e econômico. Vivenciou mudanças conceituais na sua política internacional e passou a ser oficialmente membro das Nações Unidas.
Na África, uma outra onda de independência modificaria as relações de força em algumas partes.
As ilusões igualitárias
O Terceiro mundo e seu objetivo de criar um diálogo de igualdade entre o eixo Norte-Sul também foi fato marcante na década de 1970. Interesses concretos de desenvolvimento foram realizados, tas como a transferência de recursos e tecnologias para o Sul, a eliminação de barreiras alfandegárias no Norte, a reforma das regras do comércio internacional, a valorização dos produtos de exportação do ;sul, a desideologização das relações internacionais, a criação de preferências comerciais sem contrapartida e o reforço da cooperação internacional passaram a fazer parte dos objetivos políticos exteriores latino-americanos, africanos e de alguns países asiáticos. Embora com poucos resultados práticos, esforços deliberados de concentração econômica foram feitos e lutas por elevação do sentido de justiça nas relações internacionais. A reafirmação do princípio da coexistência pacífica pelos países não alinhados, por meio de uma política de solidariedade internacional, permitiu uma certa aproximação entre os regimes políticos da América Latina, Ásia e África. Inúmeras iniciativas foram feitas no sentido de fornecer ao Terceiro Mundo certa consistência pratica e suas ambições de reordenamento internacional com alguns ganhos morais e jurídicos, apesar das dificuldades.
A intranquilidade econômica
A crise econômica do capitalismo nos anos 1970 aliada a crise energética levou ao lado da détente, da diversificação de interesses no sistema internacional e dos sonhos frustrados pode pobres de participarem das decisões internacionais, ao início de uma verdadeira terceira revolução industrial e tornaram o sistema internacional da détente vulnerável e abalaram os componentes da produção, do comércio e das finanças internacionais As mudanças tecnológicas, políticas e na economia recrudesceram as relações entre os dois gigantes e modificaram para uma nova forma de antagonismo no final da década de 1970 e início dos anos 80. Durante as décadas seguintes de 1980 e 1990 a balança de poder internacional seria em parte modificada.
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