A Cultura é apropriada pela Educação, e constrói, através da história, o sujeito histórico
Por: Hugo.bassi • 26/11/2018 • 814 Palavras (4 Páginas) • 324 Visualizações
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seu contexto a participação dos sujeitos na construção histórica.
No exemplo citado, a cidade de Búzios é reconhecida por sua vocação turística devido a um personagem histórico que afetou substancialmente sua história: atriz francesa Brigitte Bardot que, em janeiro 1964, ao procurar um descanso de sua vida agitada, decidiu passar alguns meses reclusa naquela antiga vila de pescadores. Mas a história contada ignora outros personagens (pescadores, donas de casa, autoridades locais) que contribuíram para o contexto de sua estada na cidade; indivíduos que figuram como personagens importantes, tanto em fotografias, quanto em citações feitas pela atriz naquele período, simplesmente foram ignorados pela história contada.
O homem é um sujeito histórico e recordar é um ato coletivo, que está ligado a um contexto social e a um tempo que engloba uma construção também coletiva. Recordar é conferir sentido às imagens do tempo presente, onde estão encravados tempos diferentes e distantes. “O fato de me perceber no mundo, com o mundo e com os outros me põe numa posição em face do mundo que não é a de quem tem nada a ver com ele”. (Paulo Freire)
Trabalhar com a historicidade e o saber do aluno pode se dar além da sala de aula. Uma visita a um local histórico pode trazer uma melhor compreensão a respeito da história. Como era o cotidiano daquela sociedade? Quais os fatos que aconteceram e quais foram os sujeitos que contribuíram para a importância histórica daquele local?
É importante conhecer os múltiplos personagens que participaram da história e dilatar o entendimento a respeito da importância desses sujeitos. É necessária a compreensão para além daqueles que, aparentemente, figuram como personagens principais do episódio histórico: cada indivíduo relacionado ao fato histórico tem importância na pesquisa histórica. Ampliar o foco sobre a história possibilita ao aluno se fazer compreender como sujeito histórico.
Referências:
Modernidade Líquida – Zygmunt Bauman
Pedagogia do Oprimido – Paulo Freire
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