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A CRISE DE 1929 E A ZONA CAFEEIRA DO MUNICÍPIO DE CARANGOLA

Por:   •  4/6/2018  •  21.206 Palavras (85 Páginas)  •  321 Visualizações

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1.4 As influências da Crise de 1929 na América Latina.........................,,,,,,,,,,,......XX

Capitulo II

O Brasil e o Domínio das Oligarquias Cafeeiras...............................,,,,,,,,,,,,......XX

- A industrialização e sua ligação com o mercado cafeeiro.............,,,,,,,,,,,,........XX

- O Brasil: a quebra da Bolsa de Valores..........................................,,,,,,,,,,,,.......XX

- A Recessão do ano 30 e o Governo Vargas......................................,,,,,,,,,,,,,..XX

Capitulo III

O Município de Carangola e sua ligação com o comercio de café......,,,,,,,,,,,,,.XX

3.1 O Café e o processo de Industrialização na Cidade de Carangola ...................XX

3.2 Carangola e seu potencial cafeeiro.....................................................................XX

3.3 Editais de Falências e Leilões de Bens e Propriedades na cidade Carangola...XX

Considerações Finais..............................................................................................XX

Referências

Bibliográficas..............................................................................................................XX

Periódicos – Arquivo Municipal de Carangola............................................................XX

Sites consultados........................................................................................................XX

A Crise de 1929 e a zona cafeeira do município de Carangola

Introdução

As condições econômicas do mundo após a primeira guerra são elementos de fundamental importância para a compreensão da crise. Os norte-americanos supriram a Europa de armamentos, matérias-primas, produtos industrializados, recursos financeiros e alimentos, expandiram sua influência sobre os países da América Latina e da Ásia, uma vez que os europeus envolvidos no conflito tiveram dificuldades em manter os tradicionais mercados. Na década de 20, a prosperidade se manteve e a partir de 1925 verificou-se uma retratação das exportações alimentícias e industriais norte-americanas devido à recuperação da Europa. Isso sem contar os investidores da Bolsa que pegavam empréstimos nos bancos para aplicar em ações da "nova economia" daquele tempo: aviação, radiofonia e energia elétrica. O desfecho foi à catastrófica depressão de 1929 com seu séqüito de desemprego, falências e destruição da riqueza.

Esta foi uma crise econômica que atingiu os EUA, estendendo-se em seguida a todo o mundo capitalista. Pôs fim aos felizes anos 20, época de bonança econômica e culto ao dinheiro nos EUA. Além das graves conseqüências econômicas à crise financeira junta-se a crise de superprodução: apesar da descida dos preços, grande parte do mercado agrícola e industrial não tem compradores. Milhares de empresas têm de fechar, o desemprego aumenta brutalmente, provocando uma redução do poder de compra. O Brasil baseava-se sua economia em grande parte no mercado primário. O Município de Carangola durante muitas décadas foi atendido pela linha férrea The Leopoldina Railway, onde seu comércio referencial era a negociação do café, e o produto foi um dos mais afetados pela Crise Mundial, Dessa forma o objetivo principal dessa pesquisa foi identificar os efeitos da crise na zona cafeeira do município, buscando identificar uma possível recessão na História do município, a fim de ajudar no estudo da historia local.

Justificativa

Carangola, com uma população de 149.000 habitantes e intensificada renda (Jornal da Lavoura, Carangola, 18/03/1933 p.01), tinha uma grande parte da estrutura da cidade voltada para o comércio de café, “no ano de 1936 existiam em Carangola treze grandes armazéns de café e, esse numero cai até o ano de 1950 para apenas três” (IBGE, data). Nota-se que o café teve um grande peso no comércio e na estrutura da cidade, e com a chegada da crise o desenvolvimento da mesma pode ter sofrido uma recessão “a crise interrompe o processo cultural da comunidade cafeeira, que sangra e esvazia o núcleo urbano de recursos” (MERCADANTE, 1990, p.125). Partindo da afirmativa do autor, podemos dar início as pesquisas e verificar o quanto à crise mundial atingiu o comércio de café do Município, pois “com a recessão, assistimos a grandeza da lavoura cafeeira com a alta do café na década de 20 e a decadência da mesma lavoura na década de 30” (Jornal da Lavoura, Carangola 17/03/34), esse bom exemplo ver sustentar ainda mais a pesquisa.

Os mecanismos de defesa do produto criados pelo governo passam a endividar o produtor, levando a falência:

Se os lavradores não congregarem os seus esforços, se não procurarem meios de se defender da pavorosa crise que os atormenta na presente quadra que atravessamos, terão muito em breve a sua falência. Pois os poderes públicos procuram escravizar mais ainda com impostos, multas absurdas, leis e etc. Os impostos de tão elevados quase não se podem pagar-los, absorvendo a totalidade da renda de uma fazenda, sendo os governos mais beneficiados do que o próprio dono. (Jornal da Lavoura. Carangola,11/10/1933 p. 01)

Essa análise das influências da crise de 1929 na história local da comunidade cafeeira de Carangola pode ajudar os professores no momento de estudo da crise, levando o aluno ao interesse do estudo da História por se tratar de um ambiente conhecido por ele. Aumentando um interesse de estudo do fato, justificado pela curiosidade assim analisada por Paulo Freire em Pedagogia da Autonomia (2007, p. 67) onde podemos dizer que a busca pela curiosidade traduz o saber da História como possibilidade e não como determinação. “O mundo não é. O mundo está sendo. Não sou apenas objeto da História, mas sujeito atuante.” (FREIRE, 2007, p. 67)

Essa busca pela história do Município pode ser relacionada com um estudo sobre a história regional e a micro-história. Assim, na história regional, observamos a necessidade de pesquisarmos espaços e contextos que

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