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A CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO PROFESSOR

Por:   •  13/8/2018  •  1.910 Palavras (8 Páginas)  •  394 Visualizações

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- DIVERSIDADE: PRESENÇA MARCANTE NO COTIDIANO BRASILEIRO

Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira já ultrapassa a marca de 206 milhões de habitantes. O Brasil é composto por uma sociedade heterogênea: indivíduos com variados costumes, hábitos, crenças, conhecimentos, ou seja, diferentes culturas. Esta diversidade é uma das maiores riquezas do Brasil e faz do país um lugar completo em toda a sua plenitude.

Para OLIVEIRA (2008), Em termos de definição, diversidade é “propriedade da pessoa ou daquilo que é diverso; diferença; desigualdade; variedade; incoerência; oposição”. Num sentido mais amplo, pode-se dizer que o termo diversidade refere-se à variedade e convivência de ideias em torno de um assunto concreto, características ou elementos diferentes entre si em determinada questão ou situação.

Desde os primórdios da humanidade, o homem mostra a necessidade de conviver em grupo, seja em busca de sobrevivência ou baseados em suas crenças e hábitos. E desde então, no decorrer da história registros apontam conflitos entre os variados grupos, fundamentados na maioria das vezes na dificuldade de conviver com as diferenças.

Na atualidade, apesar da inclusão ser um assunto em destaque, a mídia impõe subliminarmente um mundo homogêneo, onde existe uma padronização da beleza e do comportamento, onde quem não se ajusta, fica marginalizado, exposto à discriminação e ao preconceito.

A diversidade está presente no cotidiano do brasileiro, manifestando-se de variadas formas: na música, na dança, na língua, na religião, no gênero etc., e encontra-se inclusive nas escolas e deve ser bastante trabalhada para que a inclusão aconteça e o individuo seja integrado no meio escolar.

- EDUCAÇÃO, DIVERSIDADE E POLÍTICA EDUCACIONAL

A escola de algumas décadas atrás era rígida e pregava o ensino com base na dominação do professor sobre o aluno, exigindo que o educando se moldasse em um padrão pré-estabelecido pela sociedade, não considerando as individualidades dos mesmos. A instituição escola, da maneira que conhecemos atualmente, é perfilhada em um modelo originário do início do século XX, ou seja, é relativamente jovem, e tem como função: promover a igualdade com a responsabilidade de formar um aluno cidadão (CANDEAU, 2008 apud BORGES et al, 2009).

Como já citado anteriormente a escola é um espaço de diversidades, onde grupos distintos de identidade e cultura convivem, buscando reconhecimento. Contudo, vivemos numa sociedade de hegemonia branca e machista que impõe uma série de regras de comportamento tida pela maioria como normalidade, que acaba por criar padrões a serem seguidos, assim, todos os movimentos que contrastam com esses padrões, são considerados anormais, conforme afirma HANNA (2009).

Segundo OMODEI e REIS (2015), Esta não aceitação e desrespeito às diferenças é uma das causas que levam à prática do bullying (palavra de origem inglesa) para designar a violência repetida, física ou verbal, sofrida por um indivíduo ou grupo que se difere da maioria, tanto em características físicas como comportamentais. Tal prática além de não favorecer a uma educação inclusiva, pode causar traumas a quem é atormentado por ela, para o resto da vida.

Ainda que o artigo 5º da carta cidadã de 88 garanta que perante a lei todos são iguais, na prática ainda existe muita discriminação contra as chamadas minorias: mulheres, homossexuais, indígenas, afrodescendentes, etc.

A educação inclusiva é um desafio, cabe à escola, não apenas perceber a diversidade e valorizar a pluralidade, mas concomitantemente incorporar esta temática ao currículo e às práticas pedagógicas, por conseguinte a função do professor é essencial para convivência e integração das variadas culturas presentes no âmbito escola. É preciso compreender e modificar o que for necessário, para total inclusão e sucesso dos alunos, independente de sua classe social, etnia, sexualidade ou religião. Portando, esta inclusão é bem mais do que aceitação do outro, é mutualidade e troca de conhecimento por meio das relações interpessoais entre pessoas de múltiplas culturas.

A escola atual é pautada no direito à educação, e este deve ser garantido a todos de forma imparcial e justa, sem qualquer distinção e considerando que cada indivíduo é único, levando em conta a diversidade tão discutida hodiernamente.

Diante desta concepção de educação, o Estado mantém um política educacional, que visa garantir, por meio de leis, a universalização do ensino, levando a educação a todos, uma educação que sirva de alicerce para a cidadania. Mantendo o foco no aluno, no processo ensino-aprendizagem, reconhecendo as diferenças, atendendo à pluralidade e à diversidade cultural, respeitando as várias manifestações de cada comunidade.

Entre estas leis, estão as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica, que consiste em um conjunto de normas doutrinárias que regulam a organização, articulação, desenvolvimento e avaliação das propostas pedagógicas da escola; apesar de sua obrigatoriedade, a intenção dessas diretrizes não é estabelecer o que ensinar, mas permitir a flexibilização do ensino, prevendo em sua redação, a gestão democrática, incentivando as instituições a elaboração do Projeto Político Pedagógico; que por sua vez é um instrumento que engloba toda a proposta educacional da escola, é através dele que a comunidade escolar pode desenvolver um trabalho coletivo, cujas responsabilidades pessoais e coletivas são assumidas para a execução dos objetivos estabelecidos.

Para que o indivíduo seja integrado ao meio escolar é imprescindível alcançar o respeito às culturas, linguagens, gêneros, crenças, etc. Uma das formas de se garantir isso é a elaboração de um Projeto Político Pedagógico (PPP) em concordância com as reais necessidades da escola, levando em conta as características da comunidade na qual a instituição está inserida; aliado a isto é preciso que direção, equipe pedagógica e corpo docente haja de maneira conjunta, objetivando a efetivação das ações propostas no projeto. Nesse contexto, para se obter uma escola inclusiva e igualitária, faz-se necessário o envolvimento de todos os agentes educacionais: governantes, gestores, professores, alunos, família e a sociedade.

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- CONSIDERAÇÕES FINAIS

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