Sustentabilidade
Por: Salezio.Francisco • 30/4/2018 • 2.072 Palavras (9 Páginas) • 262 Visualizações
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A partir daí deu início a uma mobilização internacional para a difusão de novas ideais em relação ao crescimento econômico que tínhamos baseado na exploração dos recursos naturais onde se tomou a consciência de que precisaríamos nos preocupar com os problemas da degradação ambiental e a poluição que são impactos que não só se restringe a uma só nação e sim afetam a todos.
Alguns anos depois em 1983 a ONU retomou o debate de questões ambientais com a criação da Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento mais conhecida como Comissão Brundtland.
Os resultados dessa comissão foram publicados em 1987 no relatório Nosso Futuro Comum que reforçou a crítica ao modelo de crescimento adotado por diversos países desenvolvidos quando aos países em desenvolvimento baseando-se na exploração excessiva dos recursos naturais.
Esse relatório apresentou uma nova perspectiva de desenvolvimento, definindo como o processo que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as suas próprias necessidades.
Nos termos do Nosso Futuro Comum, a definição de desenvolvimento sustentável envolve dois aspectos:
- A ideia de que as necessidades, principalmente as necessidades essenciais das pessoas mais pobres do mundo, devem ser priorizadas.
- As limitações importas pelo estágio de desenvolvimento da tecnologia e pela organização social sobre a capacidade de o meio ambiente atender as necessidades do presente e do futuro.
Ou seja, para a Comissão Brundtland, o conceito de desenvolvimento sustentável deve fundamentar as políticas públicas de modo que os objetivos do desenvolvimento econômico e social sejam definidos em função da sustentabilidade.
Em 1989, a ONU propôs a elaboração de estratégias para deter a degradação ambiental e promover o desenvolvimento sustentável, fazendo a criação da Agenda 21 que foi um programa aprovado em 1992 durante a Conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento do Rio de Janeiro que ficou conhecida como Rio-92, onde compareceram delegações de 175 países para discutir a implementação dos princípios de desenvolvimento sustentável em suas políticas públicas.
A Agenda 21 foi criada para ser usada como um Plano de Ação para ser adotado nos níveis local, nacional e internacional envolvendo Governos, Empresas e ONGS para cooperar para a solução dos problemas socioambientais. Um assunto central enfatizado na Agenda 21 é o planejamento de sistemas de produção e de consumo sustentável contra a cultura do desperdício onde se propôs uma reformulação do conceito de progresso, normalmente entendido como a capacidade de produção e de consumo de um determinado pais.
Com base no documento global, cada pais criou sua própria Agenda 21. No Brasil, foram definidas como ações prioritárias:
- A Implantação de programas de inclusão social.
- A sustentabilidade urbana e rural.
- A preservação dos recursos naturais e minerais
- A ética política para o planejamento rumo ao desenvolvimento sustentável.
Em 1997, a ONU promoveu um fórum de discussão no Rio de Janeiro, a Rio+5, para avaliar a implementação da Agenda 21 nos países e em 2002, houve uma nova reunião, a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável que ficou conhecida como Rio+10 só que nessa ocasião a reunião foi em Johanesburgo na África do Sul.
Nesses dois encontros, a ONU concluiu que os avanços de implementação foram praticamente insignificantes e que era necessário fortalecer políticas e ações capazes de operar as mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais para viabilizar um novo modelo de desenvolvimento e organização baseado na sustentabilidade.
O termo sustentabilidade tem muitas definições, entre elas estão a Sustentabilidade Econômica, Ambiental e sociocultural.
No aspecto econômico sustentabilidade significa basear as políticas de desenvolvimento e as ambientais numa comparação entre custos e benefícios e uma cuidadosa análise econômica que fortaleça a proteção ambiental e aumente de forma sustentável os níveis de bem-estar.
No aspecto ambiental é enfatizada a abordagem ecológica focada na resiliência dos sistemas físicos e biológicos.
Nesse aspecto a principal preocupação é em relação aos impactos das atividades humanas sobre meio ambiente, onde a prioridade é reduzir a utilização de combustíveis fosseis e a emissão de substancias poluentes, adotar políticas de conservação de energia e recursos naturais, substituir produtos não renováveis por renováveis e aumentar a eficiência dos recursos utilizados.
E por último o aspecto Sociocultural que foca na estabilidade do sistema. Ou seja. Enfoca nas estratégias de sustentabilidade de longo prazo que tem a preocupação com as consequências sociais e ambientais das atividades, tendo em vista o objetivo de contribuir para a melhoria de qualidade de vida das comunidades, para a memória cultural e para o desenvolvimento social e econômico.
Com esses três conceitos de sustentabilidade que são os pilares o inglês John Elkington criou o Tripé da Sustentabilidade.
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Para que o resultado seja sustentável cada dimensão do tripé deve receber a mesma atenção para que haja um equilíbrio.
Da perspectiva Econômica está relacionada a duas dimensões: de um lado, a gestão mais eficiente dos recursos e, de outro, um fluxo regular do investimento público e privado.
Da perspectiva Ambiental a principal preocupação é relativa aos impactos das atividades humanas sobre o Meio Ambiente onde deve-se reduzir a emissão de poluentes e reduzir a utilização de combustíveis fosseis. Assim seria possível a proteção da diversidade ecológica e ao mesmo tempo em que melhoraria a qualidade de vida da população.
Da perspectiva Social onde se enfatiza a presença do ser humano na Terra. A principal preocupação desta linha é o bem-estar e a qualidade de vida
Desde então os investimentos feitos por uma empresa ou corporação na área social ou em comunidades do seu entorno ou por ela afetadas por aspectos de seus negócios recebem a denominação Investimento
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