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Relatório de Campo

Por:   •  17/1/2018  •  1.864 Palavras (8 Páginas)  •  289 Visualizações

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A preservação da maior parte dos grãos de feldspato representa o ambiente glacial, pois não foram alterados durante o processo de deposição e de formação da rocha. A alteração ocorre apenas após a exposição da rocha na superfície.

Atravessando todo o Subgrupo Itararé muda o relevo e entra-se na depressão periférica, mudando de um ambiente glacial para um ambiente pós-glacial, o marinho.

Parada 2 – km 160 – Formação Serra Alta

O local apresenta depósitos sedimentares correspondentes à Formação Serra Alta (Permiano Superior). Observou-se a presença de duas fácies, depositadas por laminação: uma de folhelho, contendo fragmentos fossilíferos; e outra de siltito, onde não se observou a presença de fósseis. Assim como os argilitos, os folhelhos são rochas sedimentares compostas por grãos de argila. Os argilitos, no entanto, apresentam aspecto maciço, enquanto que os folhelhos constituem-se de lâminas finas e paralelas. As fácies encontravam-se intercaladas, havendo uma nítida predominância dos depósitos de siltitos (figura 5).

[pic 11]As evidências sugerem um ambiente deposicional aquático, sem fluxo na maior parte do tempo (Mar Interior ou Epicontinental). Isto se sustenta pela deposição do tipo laminação plano-paralela das fácies e pela fina composição dos sedimentos que formam as rochas (sedimentos siltosos: siltito; sedimentos argilosos: folhelho). Com a ausência de fluxos, os sedimentos mais finos se acumulam no leito, formando os depósitos sedimentares. A presença de fácies de siltito indica, no entanto, que este ambiente apresentava esporadicamente fluxos de baixíssima competência, que impediam a deposição de argila, mas permitiam a deposição de silte, de granulação mais grossa. A presença de fósseis, sugere que a matéria orgânica se acumulava no leito deste ambiente deposicional; presume-se, portanto, que a região próxima ao leito era anóxica, e que a falta de oxigênio impedia a proliferação de microorganismos capazes de degradar a matéria orgânica.[pic 12]

Parada 3 – km 164 – Formação Teresina

[pic 13]Neste ponto foi possível observar três estruturas sedimentares: o siltito argilito, calcário intercalado com camadas de silexito e com interações de evaporitos e gretas de contração (figura 6).[pic 14]

As estruturas sedimentares citadas acima indicam um ambiente marinho, porém muito raso, com águas quentes pela formação do calcário e que periodicamente sofria com exposição subaérea pela formação das gretas de contração. E, que, possivelmente era rico em sais por formar evaporitos.

Parada 4 – km 167 – Parte Superior da Formação Teresina

Nesta parada foi possível observou-se uma camada inferior, de coloração avermelhada (a marga), que representa a continentalização do ambiente, e uma outra camada de coloração branca (o arenito). Essas camadas possuem estratificações plano-paralelas e plano-cruzadas.

A parte branca da formação é constituída de uma única fácies: arenito branco, que por sua estratificação cruzada e por não conter marcas de ondas indica um ambiente eólico.

A camada inferior é composta por várias fácies: arenito fino, arenito argiloso, siltitico-argiloso com folhelho e camadas de restos de conchas e outros sedimentos biogênicos; havendo gretas de contração em algumas das fácies. As duas unidades aqui descritas mostram que as unidades litoestratigráficas são Teresina e Pirambóia respectivamente e seu contato é transicional.

Todos esses sedimentos, no que se refere à parte inferior dessa unidade, indicam que no passado havia fluxo de água temporário e este depositava ali os sedimentos que carregava e em certos trechos a água ficava presa, decantando argila até que essa poça secasse formando as gretas de contração.

Essa parada representa a transição do ambiente marinho (Formação Teresina) para um ambiente continental – o eólico (Formação Pirambóia).

Parada 5 – km 168 – Formação Teresina

Esta parada foi em um ponto diferente da parada 3, porém é a mesma formação (Teresina) e com as mesmas características. As orientações de observação deste ponto eram:

- Observar um tipo de rocha chamada de “pé-de-moleque” e sua origem;

- Observar as estruturas e o que seriam as estruturas em forma de agulhas grossas.

No item a não foi possível a visualização da rocha “pé-de-moleque”, porém pé-de-moleque são nódulos de sílex encontrados em calcários.

No item b, as estruturas em forma de agulhas grossas são, possivelmente, formações de estromatólitos, por possuírem uma laminação bem fina no calcário.

Parada 6 – km 170 – Formação Pirambóia

[pic 15]Neste ponto, observa-se uma rocha (o arenito) com a presença de três fácies (figura 7): 1. Arenito com laminação cruzada; 2. Arenito com laminação plano-paralela e 3. Arenito com laminação plano-paralela deformada.

O arenito apresenta coloração avermelhada intercalada com branca e não se pode concluir se a coloração avermelhada é causada pelo intemperismo (pós deposicional) ou se esta é a cor original dos sedimentos.[pic 16]

Pode-se supor que o local foi um campo de dunas, indicando um ambiente eólico, sendo que a laminação cruzada representa as dunas e a laminação plano-paralela representa o espaço entre dunas. A laminação plano-paralela deformada pode ter sido causada por alguma perturbação ocorrida logo após a deposição dos sedimentos, antes que estes estivessem consolidados.

Este ponto encontra-se na unidade litoestratigráfica Pirambóia.

Parada 7 – km 174 – Formação Pirambóia

Nesta parada foi observado um arenito com estratificação plano-paralela e cruzada. As características são bastante similares às do ponto anterior, com a diferença de que nesta há a presença de hidrocarbonetos que se acumularam nos poros do arenito, sendo chamado de arenito asfáltico que inicialmente era um arenito betuminoso, mas por conta da exposição na superfície, o betume oxidou e se transformou em asfalto.

Parada 8 – km 187 – Formação Serra Geral

Este ponto está localizado na base do Segundo Planalto do estado

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