Os Recursos Hídricos

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Compreendido o clima, devemos analisar as características referentes há geomorfologia da região. Essa configurou-se a partir da associação entre diferentes características geológicas (litológicas e tectônicas) e contextos climáticos que, principalmente ao longo do Cenozóico, foram marcados, tanto por mudanças como por oscilações, provenientes de respostas à dinâmica atmosférica. Quando se Trata do rio São Francisco podemos citar dois eventos tectônicos significativos que foram cruciais para delimitara a bacia sedimentar do São Francisco – o Espinhaço (1 a 1,3 bilhão de anos) e o Brasiliano (0,45 a 0,7 bilhão de anos) – e estabeleceram os maciços elevados que passaram a atuar como interflúvios da bacia hidrográfica no Cenozóico. Em relação aos termos litológicos, predominam na denominada rochas sedimentares detríticas – sobretudo arenitos – e carbonáticas. Podemos notar a presença de complexos metamórficos nos interflúvios a leste e a sudeste da bacia e também em uma vasta área do alto vale do São Francisco. Cabe salientar que essas litologias são responsáveis por modelar as serras, com destaque para a Serra do Espinhaço, assim como as coberturas areníticas, provenientes do oeste baiano, propiciam a formação de chapadas que atuam como divisores de água e eficientes aquíferos.

Como citado no inicio deste projeto, a bacia do Rio São Francisco apresenta grande importância social e econômica. Encontramos expressivas atividades econômicas no Alto São Francisco, tais como, siderurgia, mineração, química, têxtil, papel e equipamentos industriais. Não podemos deixar de grifar que tanto o setor industrial quanto o setor urbano lançam efluentes nas calhas do São Francisco e de seus afluentes. Uma das áreas onde a poluição é mais crítica é a Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde se registra, além dos esgotos domésticos e industriais, uma alta carga inorgânica, proveniente da extração e beneficiamento minerais.

Outra importante atividade ligada ao rio é a sua base para o suprimento de energia elétrica da região Nordeste do país. Os represamentos construídos nas últimas décadas correspondem atualmente a nove usinas hidrelétricas em operação. O São Francisco representa ainda um extraordinário potencial para o desenvolvimento do transporte hidroviário.

Por fim, não podemos deixar de salientar que a realidade socioeconômica da bacia do rio São Francisco apresenta grandes contrastes entre as regiões, entre os estados, entre os meios urbano e rural e ainda entre as faixas da população, moldando e salientando a desigualdade.

Responda as seguintes questões a respeito do rio escolhido:

1) Quais são os principais litotipos (ou principais litologias) por onde o rio escolhido percorre?

Com relação às litologias podemos notar um predomínio de rochas sedimentares detríticas – sobretudo arenitos – e carbonáticas. É possível, também, encontrar complexos metamórficos presentes nos interflúvios a leste e a sudeste da bacia e também em uma vasta área do alto vale do São Francisco. Essas litologias condicionam o modelado de serras, com destaque para a Serra do Espinhaço.

2) Quais são os principais tipo de relevo? Por exemplo: o rio nasce nos Andes, onde o relevo é montanhoso, e desagua no Oceano Atlântico, depois de passar por planícies.

O ponto mais elevado da bacia é a serra negra possuindo 759 m e está localizada entre os municípios de Poço Redondo e Pedro Alexandre na Bahia, sendo caracterizado seu relevo por planaltos e planícies.

3) Existem elementos tectônicos que controlam esse rio? Quais?

Podemos citar dois eventos tectônicos significativos que foram cruciais para delimitarar a bacia sedimentar do São Francisco – o Espinhaço (1 a 1,3 bilhão de anos) e o Brasiliano (0,45 a 0,7 bilhão de anos) – e estabeleceram os maciços elevados que passaram a atuar como interflúvios da bacia hidrográfica no Cenozóico.

4) Qual é o principal padrão de drenagem encontrado na bacia hidrográfica desse rio?

Drenagem exorreica, ou seja, os rios correm em direção ao mar.

5) Qual é a morfologia do canal principal (de acordo com Schumm, 1986)?

É morfologicamente formada por cinturões orogênicos antigos, constitui-se por subunidades morfológicas que, em parte, coincidem com a geologia regional: depressão do alto-médio rio São Francisco e depressão do baixo rio São Francisco

6) Qual é o tipo de condicionamento da drenagem (consequente, subsequente etc.)?

Consequente.

Bibliografia:

CASCAES, M. J. Hidrigrafia. Batatais: Claretianos, 2014.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Atlas nacional do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências/IBGE, 2000a.

TIRITAN, C. D. Geomorfologia. Batatais: Claretiano, 2013

MAGALHÃES, Antônio Pereira, Júnior Ralfo Edmundo da Silva Matos, Miguel Fernandes Felippe Glauco Umbelino. Domínios hidrogeológicos como critério de identificação de territorialidades-chaves na bacia do rio São Francisco. Geografias ARTIGOS CIENTÍFICOS Belo Horizonte 03(1) 24-45 janeiro-junho de 2007.

TIRITAN, C. D. Geomorfologia. Batatais: Claretiano, 2013

Comitê da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco http://cbhsaofrancisco.org.br/a-bacia/> (Acessado em: 01/10/2016)

Agencia Nacional de Aguas http://www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/SaoFrancisco.aspx>http://www2.ana.gov.br/Paginas/imprensa/noticia.aspx?id_noticia=12936 (Acessado em: 01/10/2016)

Biblioteca Digital UFMG http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/handle/1843/MPBB-86XLMN/disserta__o_final_corre__o.pdf?sequence=3 (Acessado em: 01/10/2016)