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INTERAÇÃO HOMEM-AMBIENTE NA AMAZONIA

Por:   •  21/3/2018  •  1.623 Palavras (7 Páginas)  •  236 Visualizações

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ocuparam a América e o Brasil encontram-se geralmente três períodos principais, com seus respectivos limites temporais aproximados: (1) Período Paleoindígena, ocorrido entre 15.000 e 10.000 anos atrás; (2) Período Arcaico, ocorrido entre 10.000 e 2.500 anos atrás e (3) Período Formativo, ocorrido entre 2.500 anos atrás e a chegada dos primeiros colonizadores europeus.

Característica dos períodos: Paleoindígena (caça e coleta), Período arcaico (produção da cerâmica) e período formativo (agricultura de subsistência).

CONQUISTA E COLONIZAÇÃO EUROPÉIA

Dois países dominantes na navegação oceânica eram Portugal e Espanha, que travavam intensas disputas pelas rotas marítimas que levassem à região da Índia. Tem como marco da história o Tratado de Tordesilhas, em 1494, dividindo o mundo ao meio e especificando territórios de exploração portuguesa e espanhola.

O ponto de partida para a ocupação da Amazônia pelos portugueses era o Forte do Presépio, atual cidade de Belém, fundado em 1616, pelo capitão Francisco Castelo Branco.

A colonização portuguesa na região amazônica tinha como principais objetivos garantir a posse do território, dispor de mão­de-­obra barata de origem indígena e obter lucro com o extrativismo vegetal, destaca as “ Drogas do Sertão”. E em 1622, os portugueses introduziram a pecuária na Amazônia, trazendo animais mestiços das ilhas de Cabo Verde.

A organização e a institucionalização da produção marcaram o início de um processo de mudança do uso da terra, ainda que concentrado nas regiões litorâneas e ao redor dos centros urbanos, no qual a floresta passou a ser substituída e simplificada em detrimento da produção de espécies exóticas agrícolas, com base na monocultura.

os primeiros séculos de ocupação européia representaram uma trégua para a floresta amazônica. Com a expressiva diminuição populacional provocada pelos colonizadores..

Três marcos da mentalidade europeia que, em grande extensão, dominam a forma de atuação humana na Amazônia até hoje: (1) a supressão da floresta para introdução de espécies exóticas, trazendo como consequência a simplificação da paisagem;; (2) a exploração localizada, mas intensiva, de produtos de interesse comercial para a metrópole e (3) a exportação dos recursos naturais para fora do sistema delimitado pela floresta.

CICLOS ECONÔMICOS E INTENSIFICAÇÃO DA OCUPAÇÃO

A descoberta do processo de vulcanização da borracha, que conferia uma série de novos usos industriais a esse material, o látex logo se tornou um dos produtos vegetais mais valorizados do mundo até o início do século XX, quando a Malásia, com preços mais competitivos, desbancou a produção brasileira.

Na época foi criada a Fundação Brasil Central (exploração e mapeamento da região), em 1943, Plano de Valorização Econômica da Amazônia, processo de integração nacional, Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVA) e construção de rodovias.

Em 1964 o regime militar assumiu o governo brasileiro e estabeleceu uma nova dimensão ideológica na qual a região amazônica representava um vazio demográfico que deveria ser ocupado a qualquer custo, nos mesmos moldes de uma operação de guerra. Logo, criou-se a SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia) no lugar da SPVA para o mesmo objetivo. Desconsiderando toda a história de ocupação humana precedente, o governo militar deu início aos grandes projetos de colonização e desenvolvimento da Amazônia e, sobretudo, criou mecanismos legais para transferência de terra para grandes produtores e empresas, para que essas se motivassem a iniciar suas atividades produtivas na Amazônia e logo em seguida estimulou a chegada de pequenos produtores rurais e por fim chegando até os meados de 1960 à 1970 a ocupação do território amazônico brasileiro em uma grande porcentagem populacional.

Sob esse contexto, as transformações de grande escala das paisagens amazônicas deixaram de obedecer à lógica do planejamento estatal para se adaptar à lógica econômica capitalista, com grande peso para a atividade pecuária e o diz respeito do preço da terra em relação à outras regiões..

Como consequência de todo esse processo, sem entrar no mérito dos problemas sociais, cerca de 730.000 km² da vegetação original da Amazônia Legal Brasileira foram convertidos para outros usos até o ano de 2007 (INPE, 2008). Além do desmatamento captado pelas imagens de satélite, que atingiu aproximadamente 15% da região até 2007, Barreto e outros (2006) estimam que outras áreas sejam perturbadas por atividades humanas esporádicas, como as queimadas e a extração madeireira, perfazendo um total de 47% do bioma amazônico sob algum grau de alteração antrópica. Em termos ecológicos, essa escala espaço-­temporal de supressão da floresta e fragmentação da paisagem é responsável pela alteração no funcionamento do ciclo hidrológico e da ciclagem de nutrientes, aumento das emissões de gases e diminuição da capacidade de estocagem da biomassa, interferência nas condições climáticas regionais e de grande parte do país, além do deslocamento e extinção de espécies, diminuindo a biodiversidade.

A PERSPECTIVA DE UMA NOVA POSTURA

As ações institucionais recentes, como a criação de unidades de conservação, o estabelecimento de mecanismos de fiscalização e controle, a valorização dos serviços ambientais prestados nas pequenas propriedades

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